FIM

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Alguns meses depois...





Abri os olhos e vi que Christopher ainda dormia. O barulho constante de conversas sem sentido vinha da babá eletrônica. Soltei um suspiro e me sentei na cama.

A noite tinha sido um pouco maluca e eu estava exausta, mas Christopher pelo que parecia, estava mais. Não eram nem sete horas da manhã ainda e lá estava eu, procurando alguma roupa para me vestir.

Depois de vestir uma calcinha e a blusa de Christopher que estava jogada no chão, escovei os dentes, lavei o rosto e desci para preparar as mamadeiras. Preciso confessar que depois que eles pararam de mamar no peito, as coisas ficaram mais tranquilas. Era mais fácil colocar uma mamadeira na boca de cada um do que um par te peitos para quatro bocas.

Já com as mamadeiras prontas, deixei-as sobre a bancada esfriando e fui pegá-los. Duas viagens até o andar de cima e lá estávamos nós cinco na cozinha, enquanto eles tomavam as mamadeiras, cada um em seus respectivos cadeirões.

Enquanto eles mamavam, comecei a picar algumas frutas para eles comerem depois do leite.  — Nic, vai com calma tá?

Pedi, vendo-a tomar o leite apressada para ganhar as frutas. Isso virou um vício pra ela, e se não desse logo, ela começaria a gritar, brava. Tudo tinha que ser no tempo dela.

Como previsto, ela foi a primeira a terminar e estender a mamadeira na minha direção. Aquilo tinha sido rápido demais, até mesmo pra ela. Olhei para aquela garotinha e fiquei pensando como podia comer tanto? Ela não parecia aquela menininha frágil que ficou semanas no hospital.

— Vai ter que esperar seus irmãos terminarem, sua gulosinha. — Fui até ela e dei um beijo na bochecha enorme que ela tinha.

Ela fez um biquinho de choro e cruzou os bracinhos, começando a fazer birra. Cruzei meus braços e fechei a cara pra ela.

— Vai fazer pirraça à essa hora da manhã? Sério mesmo?

— Dadadadada, nanana.

— É? — Segurei o riso. Ela jurava que estava mesmo formando alguma frase. — Você tá é muito mal-acostumada, tá?

— Mama... — Artur me chamou, entregando a mamadeira quase vazia.

— Toma tudo, amor. — Ele negou. — Só falta mais um pouquinho. Não? — Ele voltou a negar. — Tudo bem.

Eles tinham acabado de fazer um ano e exatamente nesse dia seria a grande festa de aniversário dos quatro. O tema foi escolhido por Marcela, que fez questão, de junto com minha mãe, arranjar tudo.

Esperei Vitória e Guilherme terminarem e então dei as frutas para eles, depois fiquei de pé os olhando, enquanto tomava um pouco de café. Os meninos à essa altura, era idênticos a Christopher quando criança. Os cabelos loiros e lisos, os olhos castanhos escuros e os traços, além do formato do nariz, eram dele. Já as meninas, apesar de ainda parecerem comigo em vários requisitos, não tinham mais os cabelos negros, a sim loiros, como os dos irmãos. E os olhos delas também eram da cor dos olhos da avó materna, Christopher costumava falar que eram os olhos de cristais dele.

— Papa. — Vitória abriu um sorriso cheio de banana na boca, mostrando os dentinhos de baixo e apontando na direção atrás de mim.

Christopher me abraçou por trás, já beijando meu pescoço. — Bom dia, papai.

— Bom dia mamãe mais linda do mundo.

— Dormiu bem?

— Hurrum, e você?

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⏰ Última atualização: Jul 22, 2018 ⏰

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[REVISÃO] Inevitável - RedençãoOnde histórias criam vida. Descubra agora