CAPÍTULO TRINTA E OITO

762 58 46
                                    

Acordei assustada com um barulho alto vindo da cozinha. Sentei-me no sofá sem entender bem o que tinha acontecido e lá estava Christopher, olhando-me com receio de que eu brigasse com ele. Provavelmente ele tinha deixado cair alguma, ou algumas coisas no chão, pelo barulho que fez.

— Desculpa, não queria acordar você.

— Agora já acordou.

Voltei a me deitar, fechando os olhos. Minhas vistas estavam doloridas, talvez pela claridade e por acordar tão rápido como aconteceu.

— Eu fiz café, mas já é quase hora do almoço, então não sei se vai querer esperar.

Eu ouvi a voz dele bem perto de mim, e depois senti um movimento no sofá. Voltei a abrir meus olhos e agora ele estava sentado no chão, com a cabeça perto da minha.

— Christopher.

— Paz? — Ele estendeu seu dedinho na minha direção enquanto fazia um biquinho com a boca. — Cansei de brigar com você.

— Mas eu gosto. — Ele fez uma careta. — Mas tudo bem, vamos dar uma trégua, por eles. — Cruzei meu dedinho com o dele e ele sorriu.

Observei ele afastar-se um pouco para o lado e depois deitar levemente a cabeça na minha barriga. — São todos meus. — Ele deu um sorriso bobo. — Vou poder guardar eles num potinho?

— Christopher! — Dei um tapa no ombro dele, que fez uma careta fingindo dor. Depois ele fechou os olhos, como se tivesse tentando se concentrar em ouvir alguma coisa.

— Por que não deixou seus amigos verem sua barriga?

— Ah, sei lá.

— Tá ficando tão linda, não tem que ficar com vergonha.

— Não é vergonha. — Ele pegou minha mão e depositou em seu rosto. — Só não quero todo mundo olhando pra ela o tempo todo, me sinto insegura.

— Mas eu posso, né? Você tá fofinha, parece o ursinho Pooh. — Dei um tapa forte nele. — Au!

— Eu estou sexy.

— Sim, você está. Já viu o tamanho da sua bunda e dos seus peitos? — Ergui a sobrancelha o olhando e ele riu.

— Eu vou ao banheiro. — Sentei-me e ele se fastou.

— Tá fugindo de mim?

— Por que fugiria de você? — Perguntei, já me levantando do sofá e indo na direção da escada. — Sabe onde me encontrar, só espera um tempinho. — Dei uma piscada.

Fui para o banheiro, fiz minhas higienes matinais, tomei um banho rápido para tirar o suor da noite e quando saí do banho, lá estava ele, sentado na cama, completamente nu.

— Nossa!

— Sem perda de tempo, vem cá. — Ele me estendeu a mão e eu recuei. — O que foi? — Não respondi, por que nem eu entendia aquela reação. — Dulce, você tá bem?

Me encolhi perto da porta e ele soltou um suspiro alto. Levantou-se e veio na minha direção, dando um beijo na minha testa. Ele ficou um tempo me olhando nos olhos e depois tomou meus lábios em um beijo calmo. Sorrateiramente ele desfez o laço em meu roupão e o tirou de mim, deixando-me tão nua quanto ele, então ele pegou minhas mãos e me levou até a cama enquanto nos beijávamos.

Ele se sentou e eu me sentei em seu colo, de frente para ele e com uma perna de cada lado. Deixei de beijá-lo na boca e desci meus lábios até seu pescoço, chupando sua pele com vontade enquanto sentia ele tocar meu corpo de uma forma tão sutil que tive a impressão de que ele estava com ledo de me machucar.

— Posso te pedir uma coisa? — Perguntei, mordiscando em seguida a pontinha de sua orelha.

— Claro.

— Me fode até eu gritar? Eu preciso tirar o atraso.

Ele começou a rir. Saí do colo dele e subi na cama, ficando de quatro só esperando ele agir. Sem perder tempo ele veio atrás de mim, posicionou-se e começou a acariciar-me, penetrando-me com seus dedos. Fechei meus olhos e fiquei sentindo aquilo.

Não sabia se era o tempo sem sexo, se tinha a ver com or hormônios ou se era apenas da minha cabeça, mas eu senti algo mais forte que o comum. O choque da mão dele contra minha pele me fez gemer alto. Comecei a mecher meu quadril querendo intensificar aquilo e ele só parou quando eu já estava excitada o suficiente.

Depois ele tirou a mão de lá e trouxe seu membro até mim. Primeiro ele penetrou a cabeça e tirou, repetindo isso várias vezes, até eu empurrar meu quadril para trás, completamente impaciente, e fazer ele me penetrar de verdade.

— Eu estou adorando isso. Como se virou esse tempo todo?

— Ainda tenho o vibrador que a Mai me deu, mas isso não vem ao caso.

Ele deu uma gargalhada gostosa enquanto apoiava suas mãos em meu quadril e começava a acelerar os movimentos de vai e vem em mim.

— Ah! Isso! Muito bom! Me bate!

— O quê?

— Me bate, Uckermann!

— Não! Tá maluca? — Ele começou a dar beijos em minhas costas e eu bufei. — Sou contra violência, sabe disso.

— Eu quero gozar!

— Caramba! Desde quando você é assim?

— Desde que você plantou espermas em mim, seu desgraçado, agora me faz gritar!

Ele parou o que estava fazendo, saiu da cama, me fez deitar de barriga pra cima, puxou minha perna fazendo com que meu corpo ficasse mais perto da beirada da cama e voltou a me penetrar, colocando minhas pernas sobre seus ombros.

Então ele caprichou. E eu gritei como eu queria quando o orgasmo chegou. Mas não foi o suficiente. Depois ele saiu de dentro de mim, deitou-se na cama e eu me sentei em cima dele, onde tomei conta da situação.

Peguei suas mãos e trouxe até meus seios, que, apesar de doloridos, deu uma sensação maravilhosa. Fiquei cavalgando em cima dele enquanto rebolava e gemia com gosto. Então ele gozou e apertou meus braços enquanto o fazia e eu não parava de me movimentar. Pouco depois eu cheguei ao ápice e caí deitada ao seu lado, com a respiração ofegante.

— Dulce? — Ele chamou com a voz falha. — Eu quero que você continue assim o resto da vida.

[REVISÃO] Inevitável - RedençãoOnde histórias criam vida. Descubra agora