Good night.

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— Não acredito que estamos de férias e teremos que ir pra esse acampamento! – A Giovanna disse irritada enquanto colocava as roupas na mala.

— Mas quando voltarmos teremos o baile, Gio, relaxa. – Disse enquanto ela parecia socar as roupas. – Giovanna! – Chamei sua atenção rindo.

— O que é? – Ela perguntou colocando as mãos na cintura e eu ri mais ainda daquilo.

— Nós vamos pra uma acampamento... – Disse tirando um vestido de gala da sua mala. – Não pra uma formatura ou casamento. – Ela revirou os olhos e pegou o vestido da minha mão, o jogando na cama.

Gio se virou e entrou em seu closet, eu iria com ela, minha mala já estava pronta, percebi que ela estava um pouco mais nervosa que o normal.

— Tá tudo bem, Gio? – Perguntei e ela parou de andar, se virando e olhando pra mim.

— A minha menstruação tá atrasada. – Ela disse mordendo o lábio inferior com preocupação e eu me aproximei dela.

— Como assim? E você tem feito sexo com alguém? – Perguntei e ela abaixou a cabeça. – Giovanna. – Segurei em sua mão e ela olhou pra mim. – Pode falar.

— Você vai me matar. – Ela disse com seus olhos marejados.

— Fala, Gio, eu juro não te julgar. – Disse colocando minhas mãos em seus ombros. Ela respirou fundo e voltou a olhar pra mim.

— Jake. – Ela disse e abaixou a cabeça, eu levei minhas mãos à minha boca e me virei. – E eu sei que vocês já namoraram, ele me disse, me desculpa, eu achei que...

— Achou o que? Que eu ficaria com raiva por isso? – Disse me virando e olhando pra ela. – Qual é, Gio, fazem anos, eu já o superei. – Disse dando de ombros. – Isso não vem ao caso. Vocês usaram camisinha? – Perguntei e ela abaixou a cabeça. – Meu Deus...

— Se eu estiver grávida eu tiro, juro pra você! – Ela disse determinada e entrando no closet novamente.

— Você tá louca? É uma vida, Giovanna, se você teve consciência de transar sem camisinha, tem que ter a responsabilidade de lidar com as consequências disso.

— Eu não quero um filho dele, ele me tratou que nem lixo, eu o esnobei, mas depois me toquei que eu realmente gostava dele.

— Não importa se o filho é dele ou da pior pessoa do mundo. – Disse segurando seu rosto entre minhas mãos, fazendo-a olhar pra mim. – Ele não tem culpa. – Disse olhando pra sua barriga negando com a cabeça e as lágrimas que ela conteve em seus olhos começaram a cair. Ela me abraçou e eu fechei os olhos enquanto afagava seu cabelo. – Vai ficar tudo bem...

— Meu pai vai me matar... – Ela disse enquanto se afastava do abraço e secava as lágrimas.

— Você não tem certeza, Gio, tem que fazer o teste.

— Eu já fiz. – Ela disse e eu arregalei os olhos.

— De farmácia? – Perguntei ansiosa.

— Não, eu fui na clínica com uma tia.

— E o que deu? – Ela parecia demorar de propósito.

— Eu não sei, não tive coragem de abrir, e nem quero. – Ela disse voltando a entrar no closet e saiu de lá com um short jeans na mão. – Por favor, não conta a ninguém. – Ela disse segurando a minha mão.

— Claro que não conto. – Disse sorrindo sem jeito e a ajudei a arrumar a mala.

Não achei que alguém tão próximo a mim pudesse passar por tanta coisa em silêncio.

Hold on TightOnde histórias criam vida. Descubra agora