Stop making me smile.

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Victoria P.O.V.:

Voltei pra dentro do restaurante e fui em direção ao banheiro. Apoiei minhas mãos na pia e me olhei no espelho.

O que esse garoto quer comigo? Por que ele fica jogando esse charme pra cima de mim? Ou sou eu que sou fraca demais? Qual é, Victoria, é apenas mais um garoto que acha que pode ter qualquer garota em suas mãos.

— Eu não serei uma. – disse em voz alta, mas baixo. Percebi que os cachos já estavam caindo, meu cabelo era muito liso e não segurava por muito tempo. Droga.

Saí do banheiro em direção à mesa e o Shawn já estava lá.

— Está tudo bem, filha? – Meu pai me perguntou enquanto eu me sentava. Eu apenas assenti com a cabeça e olhei pro Shawn, que me olhava com um sorriso misterioso.

Eles continuaram conversando sobre o trabalho que eu nem quis prestar atenção. Peguei meu celular e vi que tinha umas mensagens.

"Como está a sua vida de vizinha do Shawn Mendes? Hahaha Ro."

Mandei pra ela: "Como conseguiu meu número? Ah, e não está nada fácil, ele é super estranho." Logo ela respondeu "Tenho meus contatos, haha. E boa sorte com o Shawn."

Dei um sorrisinho de deboche e bloqueei o celular. O que eu mais queria era pegar meus fones e escutar minhas músicas favoritas até aquela "reunião" chata acabar.

Aquilo levou mais uma hora. Depois que eles jantaram (eu disse que não estava me sentindo bem pra comer), fomos embora e eu agradeci por sair daquele lugar sufocante.

— Não estão curiosos pra saber se deu certo? – meu pai disse no caminho de casa.

— Tanto faz. – eu disse encostando minha cabeça no banco e fechando os olhos. Senti um leve empurrão e abri os olhos assustada. O Shawn me olhava com repreensão no olhar. Revirei os olhos e suspirei fundo. – Como foi, pai? – dei um sorrisinho enquanto ele olhava pra mim pelo reflexo do espelho e ele sorriu.

— Nós fomos contratados. – a tia do Shawn bateu palmas e ele os parabenizou. – Não está feliz, Victoria?

— Se eu pelo menos soubesse do que se trata... Vocês podem ser traficantes ou sequestradores de crianças inocentes, podem traficar órgãos ou coisas piores, não vou me arriscar a parabenizá-los por algo que eu não tenho conhecimento. – olhei de lado e percebi que Shawn me olhava. Do nada todos do carro começaram a rir e eu fiquei sem entender.

— Você e suas brincadeiras.

— Eu falei sério, pai. – disse cruzando os braços. Ele respirou fundo e um silêncio pairou no carro.

— É um trabalho secreto, eu já te expliquei isso quando entrei no ramo, e...

— É, eu sei, é para a minha segurança, você me explicou isso quando eu tinha dez anos e eu me lembro muito bem.

— Dá pra você parar de ser chata pelo menos por um minuto e nos parabenizar? – ele disse parando o carro em frente a nossa casa e se virando pra mim.

Mordi o lábio inferior na tentativa de segurar toda a minha raiva. Respirei fundo e olhei em seus olhos.

— Parabéns, pai, por sempre pensar na sua felicidade antes da minha. – Saí do carro rapidamente e bati a porta com força. Caminhei até a minha casa e abri a porta com a minha chave. Escutei o meu pai me chamando mas não me dei ao trabalho de olhar pra trás.

Subi rapidamente pro meu quarto e tranquei a porta, logo depois ligando a luz. Me joguei na cama e fiquei fitando o teto.

Desde pequena que o meu pai trabalha muito, sempre vivi com babás e ele ainda acha que isso foi bom.

Hold on TightOnde histórias criam vida. Descubra agora