They won't know.

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— O que tá acontecendo? – O Sammy se levantou olhando pra enfermeira, mas ela já tinha corrido junto com outros médicos.

— Meu Deus. – A Gio disse abaixando a cabeça e colocando as mãos no rosto, todos que estavam na sala olhavam pra mim, e a verdade é que eu era o mais sem reação de todos. Eu não expressava nada, eu apenas não acreditava.

Me aproximei do Sammy, e mesmo sabendo da sua desconfiança em mim, coloquei minha mão em seu ombro e o puxei pra um abraço.

— Ela vai ficar bem. – Eu disse enquanto o abraçava e ele me abraçou com força, logo começando a chorar compulsivamente. Mantive os olhos abertos e ele começou a soluçar no meio do choro. – Eu não posso perder minha irmã. – Ele disse se desfazendo do abraço e enxugando as lágrimas com raiva.

— E não vai. – Disse colocando uma mão em seu ombro e olhei de lado pra Giovanna, que me observava com certa admiração. Ela assentiu com a cabeça como se eu tivesse feito a coisa certa e deu um sorriso fraco enquanto secava umas lágrimas.

Depois e alguns minutos naquela situação de angustia, o médico veio nos informar que ela teve uma parada cardíaca mas que agora estava bem, pediu para que mantivéssemos a fé, e olhou pra mim nessa hora.

— Você não pode ficar desacreditado. – A Gio disse olhando pra mim.

— Eu? Por que tá falando isso pra mim? – Perguntei enquanto passava a mão no cabelo e franzia o cenho.

— Você não quer rezar, não quer conversar, mal olha nos meus olhos. – Ela disse e nesse momento olhei em seus olhos que ainda estavam tristes. – Você não demonstra nenhuma emoção, mas se duvidar é o que mais sente com tudo isso.

Respirei fundo e a Gio voltou a se sentar. Coloquei as mãos nos bolsos da frente da calça e andei pelo hospital meio sem rumo, só queria sair um pouco dali.

Passei por uns quartos e umas pessoas andavam pelo corredor, avistei um que as portas estavam abertas e vi que não se tratava de um quarto, e sim de uma capelinha.

Fiquei olhando pra dentro, duas pessoas rezavam ali, eu olhei pra imagem de Jesus na cruz e senti um aperto no peito, a minha falta de fé só fazia com que eu me sentisse pior.

Me virei rapidamente e voltei pra onde estava, logo avistando a Beatriz chegar com o Gilinsky.

— Como ela está? Vim assim que pude. – Ela disse preocupada enquanto abraçava a Gio e o Gilinsky se aproximou de mim, me puxando pra um abraçado.

— Vai ficar tudo bem. – Ele disse danto um tapa fraco em minhas costas durante o abraço e eu fechei os olhos.

— Valeu. – Disse me afastando e dando um sorriso sem jeito.

Nos sentamos um pouco afastados do Sammy e da Emma, a Annie não estava ali.

— Mas ela está bem agora, né? – A Bea perguntou depois que a Gio disse da parada cardíaca.

— Sim, espero que melhore logo. – Ela disse com a voz trêmula e depois de um tempo começaram a conversar sobre outras coisas na tentativa de se distraírem.

— Você soube que a Tori saiu do colégio? Ou melhor, da cidade? – A Gio perguntou pra Bea e eu sorri ao me lembrar disso, ao me lembrar que não precisaria fingir mais nada com aquela garota.

— Digamos que eu que descobri o que ela estava fazendo e disse pra diretora. – Ela deu de ombros e a Giovanna arregalou os olhos.

— Você o que? – Perguntei surpreso e ela deu de ombros.

Hold on TightOnde histórias criam vida. Descubra agora