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Valentina Gomes🌸

- Valentina, vem aqui, meu bem. - vovó me chama e eu logo vou até ela.

- Oi, vó. - respondo me sentando.

- Seus pais não vão poder vir esse ano! -ela fala me olhando meio preocupada, eu só assenti.

- Novidade isso! - falo irônica.

- Ô meu bem, é que eles são ocupados. - falou e eu neguei.

- Ocupados seriam se não conseguissem vir uma vez, agora deixar eu com você e me verem uma vez por ano e olhe lá, já é falta de interesse com a própria filha! - digo e ela assente me abraçando.

- CHEGUEI, CHEGUEI CHEGANDO BAGUNÇANDO A CASA DA MAMÃE TODA. - gritou minha tia entrando em casa - Meu Deus do céu, tu tá enorme menina! - falou me abraçando - Vai lá pegar suas coisas que eu tenho que ir no supermercado comprar várias besteiras pra nós duas comer. - ela falou se sentando no sofá.

- Fernanda, por favor, tenha modos, minha filha! - vovó pediu e tia Fê riu abraçando ela.

- Mamãe, você é linda demais. - falou beijando vovó.

- Então, Valentina, como você já sabe, eu tenho que ir em Genebra pegar os bens que seu avô deixou pra mim, quando morreu,  já que seus pais não vão poder vir e eu já dei férias pra todos os meus funcionários, você vai ter que passar esses cinco meses com sua tia, até eu conseguir ajeitar as coisas na Suiça. - explicou e tia Fê sorriu.

- Nós vamos curtir demais, cê pode ter certeza. - falou tirando o sapato.

- Eu juro que não queria ver você naquele lugar nojento, mas vai ser o jeito. - vovó falou e tia Fê revirou os olhos.

- Mãe, posso jurar pra ti que o Vidigal não é o que você pensa. - falou e eu fiquei bastante surpresa - Você não é preconceituosa como a dona Vanessa aqui não né? - tia Fê pergunta e eu nego.

- Vai lá arrumar suas coisas, Valen. - vovó pediu e eu subi para meu quarto.

Peguei algumas roupas e dobrei, coloquei só roupas em uma mala, em outra eu coloquei somente sapatos, em uma malinha menor eu coloquei maquiagens, perfumes, hidratantes e outra coisinha de higiene pessoal. Demorei horrores pra arrumar tudo, mas terminei. Desci com aquelas duas malas enormes e a malinha pequena.

Vovó já tava chorando. Minha avó, nem parece ser avó, ela é bem nova, tem 50 anos, só teve duas filhas, gêmeas, que é tia Fê, a "ovelha negra" da família, como ela mesma fala que é, mas não é nada disso, e minha mãe, dona Fabrícia, que particularmente nem sei direito quem é, porque às vezes ela passa de 2 anos sem me ver. Já até me acostumei.

- Caralho, você vai fazer maior sucesso por lá viu. - falou pegando nos meus cabelos. - Mas marmanjo nenhum vai tocar na baby mais linda que existe. - falou sorrindo e pegou uma mala.

- Tia, eu tenho 14 anos, já sei me cuidar! - falei e ela riu.

- Vou ficar com saudades. - vovó falou me abraçando. Ficamos assim por um tempo e logo nos soltamos.

- Tchau, vovó. - falei beijando sua bochecha, saí de casa com tia Fê.

- Eu juro que cê vai gostar de passar esse tempo comigo. - fala ligando o carro e saindo de lá.

- Como é lá? Quero dizer, como é morar no Vidigal? - perguntei colocando meu cinto de segurança.

- Assim, eu não sei explicar, às vezes é bom, as vezes é ruim, mas posso te dar total certeza que não é nada do que mamãe falou. - fala sorrindo.

Ela parou em um lugar onde tinha alguns homens armados e senti meu corpo estremecer.

- Vitin, abre aí. - pediu e um homem me olhou.

- quem é? - perguntou me olhando.

- minha sobrinha, vai passar um tempo aqui. - tia Fê falou e ele continuou a me olhar desconfiado - e sim eu já falei com teu chefe, agora deixa eu passar, tenho que abrir o salão ainda. - pediu e ele deu dois tapinhas no capô do carro.

- abre aí. - falou olhando quatro homens que estavam na frente. Eles saíram e tia Fê passou.

- eles não costumam fazer isso, é porque viram você, - falou e eu a olhei rápido - Ah não pensa isso, é que eles nunca te viram aqui, aí estranharam. - explicou parando o carro em frente um casa.

- tudo bem. - falei e ela saiu do carro, saí também e olhei ao redor, tinha algumas pessoas na rua, elas olharam pra nós duas. Tia Fê abriu o porta-malas e eu peguei minhas malas, ela me ajudou e a abriu uma casa.

- Bom, essa é minha casa, não é como as casas que você é acostumada andar, mas beleza, tem dois quartos ali, cozinha é só ir em frente, tem um banheiro no corredor e nos quartos também, o resto você vai descobrindo. - falou abrindo a porta e eu assenti.

- tia, se tem uma coisa que eu não sou, é como a mamãe. - falei e ela riu deixando as malas no canto da sala.

- olha, eu trabalho em um salão daqui mesmo, - explicou colocando a malinha no sofá. - consegui criar meu próprio salão há um ano. - falou e eu assenti. - você pode ficar aqui, ou ir comigo, você decide. - falou e eu pensei por um tempo.

- vou com você. - falei e ela assentiu.

- vem eu vou indo e te mostro o lugar. - falou e eu coloquei meu celular no bolso.

Saímos da casa dela e ela foi me mostrando o lugar. Até agora não vi nada do que o povo falou, fora os caras armados lá na frente, é um lugar normal.

- bom, chegamos. - tia Fê falou, isso foi a única coisa que eu prestei atenção.

Tava distraída vendo o lugar.

Ela abri uma grade branca e depois uma porta de vidro. Entramos no lugar, é bem organizado e bonito, confesso.

-  bom, daqui alguns minutinhos, as meninas chegam. - avisou se sentando em uma poltrona, me sentei em um sofá e logo vi alguém parar na porta.

- menina, que coisa mais linda é essa? - um cara perguntou entrando no salão. Ele parece ser gay.

- sai fora, Rafael, minha sobrinha tu não chega perto. - falou tia Fê e eu ri.

- se preocupa não, eu não gosto do tipo de vocês! - ele falou e tia Fê riu.

- você pega mais homem que eu, Rafael! - falou tia Fê e eu me segurei para não rir, mas acabei não aguentando.

- é porque ao contrário de você, eu sou maravilhosa. - Rafael falou e eu ri. - mas me diz seu nome, gracinha. - falou pra mim.

- Valentina.

Amor ProibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora