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Jonathan Henrique ✖️


- sério, mãe? - Keth gritou subindo na cama alegre - meu Deeeus ainda não tô acreditando nisso! - falou sorrindo - tenho que desligar pra não gritar no seu ouvido! - ela falou desligando a chamada.

- pra que esse fogo no cu todo? - Daniel perguntou e ela começou a pular na cama.

- eu vou fazer intercâmbio. - gritou descendo da cama sorrindo, sorri e abracei ela.

- bora sair então! - Daniel falou levantando - tem que curtir agora que vai embora, Ketlynnyn Pereira. - falou e ela riu.

- vou trocar de roupa e a gente vai. - falou entrando no banheiro.

- só porque a gente não tá lá acontece essa treta. - Daniel falou e eu ri.

- ainda bem, não queria tá lá pra ver aquele pau de briga. - falei e Daniel riu.

- "pau de briga" - repetiu rindo.

- qual foi, é o William que falava. - falei rindo.

- gente, pra onde nós vamos? - Keth perguntou do banheiro.

- sei lá, no MC. - Daniel falou calçando um tênis.

Fui pra onde tava minha mala, peguei um Nike, calcei e Keth saiu do banheiro.

- anda logo vocês, eu hein, meia hora só pra calçar um tênis. - ela falou olhando Daniel que ainda amarrava o cadarço.

- te fode, Ketlynnyn. - ele falou e eu levantei.

- parece até que não sabe amarrar um cadarço, meia hora só pra arrumar isso. - falei e ele mandou o dedo do meio levantando.

Saímos do quarto e Keth foi dançando feito doida pelo corredor até o elevador. Ri e entrei no elevador com Daniel.

- só mais dois dias e a gente volta, bora arranjar alguma coisa pra fazer hoje. - Daniel falou sorrindo.

Valen 🌸

Fiz um coque no cabelo e fui pra cozinha. Tia Fê chega hoje de tarde e eu tô como? Toda machucada! Fiz café na cafeteira e me sentei na mesa esperando acabar.

Tirei o café da cafeteira, coloquei em uma xícara, peguei algumas torradas e me sentei na mesa. Comi e depois voltei para o meu quarto.

Me olhei no espelho e neguei entrando no banheiro.

Tomei banho, escovei os dentes e saí com a toalha enrolada no corpo.

Vesti uma blusa salmão, short jeans, calcei uma sandália aberta, peguei uma bolsa de lado e coloquei dentro celular, dinheiro, documentos e as chaves da outra casa.

Passei desodorante e perfume, depois saí do quarto. Tranquei a casa da tia Fê e fui descendo a ladeira enquanto pedia um Uber.

Eu vi algumas pessoas me olharam e falarem algumas coisas entre si. Abaixei a cabeça e continuei andando.

Vi uma multidão em uma rua e várias pessoas gritando.

Fui até lá passando pelas pessoas e vi duas pessoas no chão brigando.

Me perguntei por um tempo, como teria sido se Ana tivesse descoberto isso em outro lugar, será que a gente ia está do jeito que essas duas estão? No sol quente, brigando no chão, no meio da rua?

- para que você vai matar meu filho! - ouço Mirella gritar, não sei porque, mas me senti mal em deixar ela e outra pessoa brigarem, sabendo que não era justa, a briga.

Mirella estava por cima, a puxei pra cima e ela me olhou.

- qual foi, garota? - ela perguntou e a garota que estava no chão iria dar um soco nela, puxei Mirella pra o outro lado e depois ela levantou batendo na roupa pra tirar a poeira.

Todo mundo falou um "ah, se mete não" "sai daí" " deixa brigarem", mas não liguei, ajudei a outra menina a levantar e ela saiu de lá olhando pra trás de vez em quando, pra ver se Mirella não ia atrás dela.

- valeu, aí. - ela falou sentando na calçada do outro lado da rua e eu fui até ela.

- vem, você tá sangrando. - falei vendo o corte na perna dela.

- me tirar da briga é uma coisa, agora cuidar de mim é outra muito diferente! - ela falou e eu neguei.

- só tô querendo ser boa, vem. - falei dando a mão, pra ajudar ela a levantar, ela parou por um tempo, mas depois pegou.

Ela foi se apoiando no meu ombro até a casa dela, abriu o portão e se sentou no sofá.

- onde tem curativos? - perguntei e ela apontou para a armário na cozinha.

- parte de cima. - respondeu e eu assenti indo até lá, abri a geladeira, peguei algumas pedras de gelo, coloquei em um saquinho e fui pra sala com o gelo e a maletinha de curativos.

- então, por que estava brigando? - perguntei dando o saquinho de gelo pra ela colocar no rosto enquanto jogava água oxigenada no corte da perna.

- sério que vai querer conversar, também? - perguntou e eu olhei pra ela dando um sorriso de lado.

- se não quiser. - falei dando de ombros passando o algodão no local.

- a mina tava falando mal de mim, não ia deixar isso barato. - ela falou puxando a perna de um vez - ai, caralho!

- arde, eu sei. - falei pegando a perna dela e limpando - e como foi esse arranhão? - perguntei quando limpei melhor o local, parecia fundo de longe, mas era só arranhado mesmo.

- canivete, aquela lá é cobra prendada. - respondeu e eu coloquei uma gaze e esparadrapo no lugar.

- o que você falou é verdade? Lá na rua? - perguntei, às vezes minha curiosidade é tão chata!

- aham. - respondeu sorrindo toda boba - quase quatro meses.

- tá feliz? - perguntei passando o  algodão molhado no nariz dela e ela assentiu ainda sorrindo - e de quem é? - perguntei e ela parou de sorrir.

- não é da sua conta. - falou levantando.

- eu ainda não acabei. - falei tirando o papel do band-aid.

- eu termino, mas vai embora! - falou e eu a olhei.

Não...

- JP né? - perguntei, ela me olhou por um tempo, sem falar nada, peguei minha bolsa em cima do sofá e sorri de lado saindo da casa dela.

Senti meus olhos arderem e balancei a cabeça voltando a primeira rota que iria fazer.
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Opa, vocês pediram tanto o capítulo que aqui tô eu de madrugada postando.

Votem e comentem 🌸

Amor ProibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora