Bônus➕
Andressa❤️
- eu sou a pior mãe que existe! - falei e Digory negou.
- não é cara, se for assim, eu também sou. - falou me olhando.
- é a segunda pessoa que eu faço passa por isso. - falei chorando e ele negou me abraçando por um tempo, depois me soltou.
- ninguém sabe o que passa de verdade na cabeça e vida de uma pessoa. - falou me olhando - a gente tá junto há anos! Mas eu não sei de 100% das coisas que acontecem na sua vida, e nem você sabe de tudo que acontece na minha. - falou e eu o olhei - tem coisas, que a gente prefere guardar pra si, e foi isso que ele fez! Jonathan sempre foi fechado, nunca falou a real das coisas pra gente como o JP e a Ana fazem, mas a gente não pode julgar ele, é o jeito dele! - falou enxugando meu rosto - você não tem culpa de nada que aconteceu, nem hoje, nem há anos atrás. - falou com as mãos no meu rosto - a culpa é do psicológico fudido e das idéias erradas que o povo faz a gente pensar, tu sempre deu o melhor de si pra os três, a gente tinha que ter prestado mais atenção nas ações dele? Tinha! Mas não adianta a gente se lamentar, já aconteceu, agora a gente tem que ter mais atenção nele, mas sem demostrar, quanto mais ele ver a preocupação da gente, mais sobrecarregado com tudo isso ele vai ficar. - falou enxugando a outra lágrima que caiu - não se preocupa com isso agora, só arruma essa cara, respira fundo e vai falar com ele. - falou e eu olhei pra ele sentindo um nó na garganta - deixa que eu vou primeiro. - falou levantando.
Digory Henrique🖤
Bati na porta e depois entrei vendo Jonathan olhando para um canto do quarto.
- veio dar sermão? Se for nem vem. - falou e eu neguei sentando na poltrona do lado da cama.
- na verdade, vim ter o papo mais verdadeiro que já tive com um filho meu. - falei e ele me olhou com deboche.
- aham. - falou e eu assenti - e qual seria o papo mais verdadeiro? - perguntou me olhando.
- quando JP nasceu, tinha um povo atrás da Andressa. - comecei a falar olhando pra janela - pra proteger ela, todo mundo chegou em um acordo, ela passaria um tempo fora do Vidigal, longe do Rio pra fugir dessas pessoas, fazia uma ou duas semanas que o JP tinha nascido, e ela teve que ir embora. - falei e ele me olhou - ninguém tinha a mínima idéia do que seria dali em diante, de como iria cuidar do JP recém nascido sem a mãe, de como ficaria o casamento marcado e como ficaria todo mundo aqui e ela lá sozinha.
- era só ter levado o JP. - falou e eu neguei.
- quando tu fugiu com a Ketlynnyn uma vez, vocês levaram alguma coisa? - perguntei e ele negou - vocês não queriam arriscar perder nada enquanto fugiam.
- o que isso tem a ver comigo?
- voltando, eu não conseguia fazer tudo ao mesmo tempo, cuidar do JP, do Vidigal, de mim e da Giovanna. - falei olhando pra ele - foi aí que eu comecei a me sentir estranho, diferente, não tinha motivação pra nada, deixei tudo de lado. - falei fazendo ele me olhar - eu não tinha vontade e força para continuar a fazer tudo que fazia antes, passei quase um ano assim, até que Soph não aguentou mais me ver deixar o JP todo dia na casa dela, largar a Giovanna de qualquer jeito e ver tudo que eu tinha se afundar e procurou me ajudar. Ela me levou na tal psicóloga, de primeira eu falava que ia e mudava o caminho, ia pra casa da Andressa, até que ela me obrigou realmente a ir, aquilo não foi nada mais nada menos que tempo perdido - falei com sinceridade - até eu conhecer alguém, conseguir criar intimidade e confiança, continuei do mesmo jeito.
- e quem seria? - perguntou e eu olhei pra ele.
- Talitha. - respondi - ela tinha acabado de perder os pais, se sentia igual a mim e fez de tudo para me ajudar, mesmo não me conhecendo, um ajudava o outro, um aconselhava o outro, dividimos a mesma dor, de formas diferentes. - falei e ele me olhou com atenção - sofri pela mesma coisa que você tá, por dois anos, quase três. - falei ele me olhou.
- você tá aí. Normal. - falou e eu assenti.
- a única coisa que cura alguém, é o tempo. - falei olhando ele - não adianta querer apressar as coisas, querer que o tempo passe rápido, que tudo isso vá embora em um estalar de dedos. - falei batucando os dedos na poltrona - daqui alguns anos, você vai olhar para o que tá passando agora, e ver o quanto foi forte, e levar isso como aprendizado. - falei e ele e negou - eu pensava igual tu agora, achava que ficaria desse jeito pelo resto da vida, mas olha agora, nem tu tá acreditando nisso que eu tô falando, porque não parece que eu já tive depressão. - falei olhando ele - tudo isso vai passar, demora, mais passa. - falei levantando - pensa nisso, agora tenho que ir, tua mãe quer te ver. - falei e ele negou.
- não quero ver ninguém agora. - falou e eu assenti.
- quando quiser, só falar. - falei pegando no trinco da porta - ah, quando quiser conversar tô aqui, só chamar - falei e ele assentiu - Ketlynnyn também. - falei saindo do quarto.
Andressa ❤️
- ele não quer me ver? - perguntei sentindo meus olhos arderem.
- é normal ele se isolar mais que antes agora, cara. - Soph falou me olhando - cadê a Ketlynnyn? - perguntou e Késia apareceu com o celular na mão.
- dormindo, na casa da Valentina lá no asfalto. - falou e eu balancei a perna.
- deixa ele pensar por um tempo. - Digory falou olhando a porta do quarto o tempo todo.
Nós estávamos na sala de espera, no início de um corredor, no outro era o quarto que Jonathan tava, dava pra ver a porta direitinho, só não entendo porque Digory olhava tanto pra lá.
A porta de abre e Jonathan aparece.
Digory levanta e vai lá, Jonathan fala alguma coisa no ouvido dele e fecha a porta depois.
Digory parou na nossa frente e olhou pra Késia.
- Ketlynnyn, cadê? - perguntou olhando Késia.
- casa da Valen. - respondeu e ele saiu de lá meio rápido.
+100 (capítulo novo só amanhã de noite, vou assistir endgame de tarde ❤️)
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Amor Proibido
Teen FictionAmor Bandido II AUTORA: UMSER12 Valentina sempre foi criada pela a avó, Vanessa, seus pais não davam a mínima para ela, depositavam dinheiro em uma conta e achavam que estava tudo bem. Quando sua avó precisou viajar, foi preciso Valentina ir passa...