Prólogo
A sociedade, em que estamos inseridos, está repleta de ideais e conceitos pré-concebidos e estereotipados. Existe uma noção de ideal de relação e de individuo e, se nós não a seguirmos á risca, sem questionar, somos de imediato desprezados, olhados de lado, diferentes, considerados loucos.
É injusto ser assim, mas a verdade é que é.
Para estarmos inseridos neste mundo cruel e não justo, não podes ser livre e simplesmente seguires o "bater do teu coração".
No entanto, o que seria de ti se te apaixonasses por alguém que não deves, por alguém mais velho, que deve apenas ser a pessoa que te acompanha no teu percurso de vida e não uma pessoa que suporta os mesmos sentimentos que tu?
O que aconteceria se tivesses de lutar contra tudo, para que o que sonhas-te e te faz feliz não acabe, para que não se torne em meras ilusões e lembranças?
Ninguém se deve impor na vida de outro alguém e muito menos interferir na relação dessa mesma pessoa. Cada individuo tem direito a viver o amor com quem quiser e da forma que quiser.
Esta é a minha opinião, certamente contrária a todas as ideias do mundo á minha volta. Mas eu não quero saber!
Para mim, o amor que sinto não tem limites mesmo que me obriguem a acreditar no contrário. Quem o faz não ama. Insistem em proferir o que é errado e certo, separando estas duas facetas em lados completamente opostos, nunca permitindo uma conexão. Manipulam tudo e todos para que seja assim. E é por isso que, nós, humanos, somos assim, cruéis e previsíveis, por a nossa sociedade limitar os seus sentimentos e não se expressar.
Eu não vou simplesmente ceder e deixar que o seu estatuto ou a sua função nos separe, destrua o que construímos quando ambos não sabíamos o que o futuro iria prever e para o que estávamos destinados.
Não vou ficar sozinha, numa das muitas mesas perfeitamente alinhadas, na sala, rodeada por alunos, que tal como eu são ingénuos e vitimas da sua própria sociedade, a olhar nos seus olhos verdes, que eu tão bem conheço, enquanto lê as páginas do seu grosso manual ou para os seus lábios rosados movimentando-se lentamente, falando concentrado no seu discurso previamente programado, permitindo-nos interiorizar o conteúdo lecionado.
Não quero e não o vou ver a torturar-se psicológica e fisicamente para esconder os seus sentimentos e para travar as suas ações que cada dia se tornam mais difíceis de controlar, como uma simples festa nos meus cabelos assim que me vê, com medo de ser repreendido, ou acusado de não exercer a sua função adequadamente, misturando os seus assuntos pessoais com profissionais.
Não vou!
É triste e injusto desistir, e eu também não o quero. Isto foi a melhor coisa que vivi até hoje e, como tal vou lutar, resistir e sobreviver a este cúmulo do estereótipo do amor, ignorando por completo os obstáculos impostos pela estupida sociedade em que vivo.
Talvez eu não queira mesmo ser igual aos outros e garanto-vos que não vou desistir de nós.
Rachel Reifler.

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Love Affair |hstyles|
Fanfiction"About a future, you have no idea what's gonna happen tomorrow, nobody does." Após ter ido á festa de lançamento do novo livro da sua mãe, Rachel conhece um jovem adulto, Harry, dono de um futuro promissor, por quem se apaixona loucamente. Conhecem...