Capítulo 35

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Olá...desculpe o meu sumiço...a vida aqui fora está bem agitada.....

Mas estamos na reta final.....este é de longe o capítulo mais triste do livro, tirando a histÓria da nossa Raquel.... se alguém tiver dúvidas sobre transplante de órgãos, então este capítulo será bem esclarecedor.......

Juro não demorar com o último capítulo dessa história maravilhosa.

BEIJOS NO CORAÇÃO!!!❤❤❤


Na manhã seguinte, bem cedinho, Raquel despertou com o carinho delicado da mãozinha de Bruna, que tocava seu rosto. Alexandre não estava do seu lado e ela olhou para a filha que sorrindo dizia:

- Bom dia, mamãe! 

- Bom dia, meu amor!

- Mamãe... avisou a garotinha com voz doce e meiga , o papai já levantou.

-  É tão cedo, Bruna. Por que não está dormindo? 

- Eu tentei. Fechei os olhos assim, oh! disse a pequena espremendo os olhinhos. Mas não adiantou nada. Por isso eu vim aqui dormir com você.

Raquel sorriu, levantou-se e foi se arrumar para ir á procura do marido.

Alexandre mexia em seu carro, tentando encontrar o defeito. Ao ver a esposa parada na escada da varanda, ele sorriu e avisou:

- Você nem vai acreditar! Foi um cabo da parte elétrica que talvez,pela estrada esburacada, tenha se soltado de leve por não estar bem preso, por isso a luz do painel acendeu. Quando o cabo acabou de desligar, o carro "apagou" por completo.

Indo a seu encontro Raquel o beijou e perguntou sorrindo:

- Então posso pegar as coisas para irmos?

- Fique, Raquel! com jeito seco a mãe pediu, da varanda, enquanto os observava.

Com a educação que lhe era própria, a filha argumentou:

- Obrigada, mãe. Mas é que, realmente, preciso ir.

A mulher não respondeu nada. O marido de Raquel, que havia se voltado para o carro, falou quase sussurrando, com a cabeça sob o capo que estava levantado:

- Se quiser, pode arrumar as coisas agora mesmo. Vou pedir para seu irmão dirigir o meu carro até a casa do seu tio. Tenho que devolver a pick-up o quanto antes.

Raquel empalideceu imediatamente e o marido tentou tranquilizá-la, dizendo:

- Tudo bem. Fique calma, estarei com seu irmão e voltaremos logo.

Chegando á casa do cunhado de dona Tereza, eles ouviam alguns gritos em meio a gemidos de lamentos. Ao olhar para Pedro, Alexandre assustou-se ao perguntar, sem palavras, o que era aquilo.

- Não se intrigue! Bah!!! avisou o cunhado com seu sotaque carregado e bonito, bem típico da região. É minha tia. Ficou assim desde que as três gurias morreram. Após poucos segundos, enquanto Alexandre ainda fechava a pick-up, ele lembrou: - Agora eu sei o que pesa na consciência. Ela também jurou contra minha irmã.

Alexandre, ao entrar na casa chamando, viu a cadeira de rodas de Ladislau, que novamente parecia esperá-lo.

Pedro ficou á porta e o cunhado entrou, dizendo:

- Bom dia! Com licença. Vim devolver as chaves. A caminhonete está estacionada no mesmo lugar que a peguei. Obrigado. Muito obrigado, mesmo. Ajudou-nos muito.

UM MOTIVO PARA VIVEROnde histórias criam vida. Descubra agora