Capítulo 11

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Espero de coração que estejam gostando....a Raquel é uma personagem sem igual, na minha opinião a mais querida de todos os livros espíritas que li..... o Alexandre então nem se fala.

Qual é a personagem preferida de vocês no mundo literário espírita. Põe nos comentários o nome do livro e o personagem...vou adorar saber....

Por favor avaliem, comentem e passem pras amigas.... isso dá ânimo...




Na manhã que se fez radiosa, Raquel despertou confusa e amargurada. Algo estava errado! Lembrou-se do que Vagner lhe fizera e sentiu-se como que enojada com aquela recordação. Mais do que nunca uma angústia a castigava e, como uma dor, seu peito apertava incomodando-a muito.

Na cozinha, ao encontrar com seu irmão e sua cunhada, Raquel nada comentou. Arrumou-se logo e foi para o trabalho bem mais cedo, sem nem mesmo fazer o desjejum.

Alice também não se sentia normal, um cansaço a dominava. Parecia que não tinha dormido. Dores musculares se estendiam por todo o seu  corpo e um mau humor passou a ser expresso.

- Que noite horrível! reclamou Alice ao esposo. Dormi tão mal. Tive um sono confuso...perturbado.

- O que você sonhou? Sei lá... Era tudo muito estranho. Eu lembro de poucos detalhes. Vi um lugar que parecia uma aldeia da Idade Média. Só que havia várias cavernas nas rochas que nos circundavam. Parece que vi tochas acesas e um homem grandão falando muito.

- O que ele falava? interessou-se Marcos.

- Não sei. Ah, credo! Não quero me lembrar disso. Nem parece que eu dormi. Estou tão cansada. Marcos aproximou-se da esposa, abraçou-a com carinho e lhe disse -generoso: - Calma, Alice, todo esse cansaço vai passar. Lá na empresa tudo está indo muito bem. Daqui a algum tempo eu creio que você poderá parar de trabalhar e aí tudo será como antes. Você voltará a ficar em casa e tranquila.

Alice reagiu imediatamente. Afastando se do abraço, com o olhar expressando rancor, semblante sisudo, revidou ao que acreditou ser uma audácia de seu marido.

- Nunca! Não vou parar de trabalhar, nunca! O que você está pensando? Acredita que vai me

dominar novamente deixando-me dependente das suas migalhas? Pensa que eu esqueci o dia em que me chamou de improdutiva?

- O que é isso, Alice? surpreendeu-se Marcos, com amargo desapontamento. Olha aqui, meu filho! Se você está pensando que eu vou voltar a viver á sua custa, está muito enganado. Tenho capacidade e valor, vou lhe provar isso.

Marcos ficou perplexo, incrédulo!

Aquela reação inesperada da esposa o fez perder as palavras.

Com modos rudes e um tanto violentos com os objetos da casa, ela se arrumou, pegou sua bolsa e foi para o trabalho pensando, contrariada, nas ideias de seu marido. Alice sentia-se indignada! Sissa, sempre próxima, continuava a orientá-la e a envolvê-la.

- Isso mesmo! Você não é escrava dele. - Você tem capacidade e valor, sim.

Alice não podia ouvi-la, entretanto, ininterruptamente, as impressões  e os desejos daquele espírito a faziam repudiar o marido.

Enquanto isso, na empresa onde Raquel trabalhava, mesmo sem esperar pelo início do expediente, Alexandre já se encontrava em atividade, concentrando toda sua atenção em alguma tarefa que ficara pendente. Em dado momento, ele se surpreendeu ansioso desejando que Raquel chegasse logo. Precisava vê-la o quanto antes. Mas, contrariado consigo mesmo, ás vezes relutava com as próprias ideias.

UM MOTIVO PARA VIVEROnde histórias criam vida. Descubra agora