Diário de uma Garota Cristã 2

#15

     Depois de um dia na companhia do Matheus tenho que admitir ele não é nada do que o povo fala, até que ele é bem legalzinho. Já estamos em casa pra ser mais sincera eu eu estou me arrumando para ir pra igreja, mas meus pensamentos esta bem longe daqui.
     Eu estou sentada de frente com o computador, meus pensamentos volta no que meu pai disse sobre a bolsa de estudo, eu acho maravilhoso essa ideia mas como será se eu me mudar para Paris, será que vou perder contato com as pessoas? Eu estou na duvida se é o certo a se fazer.
     Depois do meu momento pensando no que vou fazer da minha vida desço para sala com a minha mala, eu decidi viajar a noite é melhor do que ter que sair de madrugada e ainda correr risco de não conseguir chegar a tempo para aula, guardo as malas no meu carro Matheus me segue e entra no carro, eu estou em silencio não quero conversa com ninguém, estou prestando atenção na estrada até que chego de frente com a igreja, saio do carro e subo as escadas e vou até a galeria, eu sei que devia sentar no conjunto mas hoje eu não estou com muita vontade, me ajoelho e falo com Deus, então sinto vontade de chorar então meu avô me chama para louvar.
     Me levanto eu vou até o púlpito, pego o microfone e olho para o alto os olhos do Matheus estão em mim, dou um suspiro e começo a cantar Orar do Samuel Mariano, estou apenas com o violão na mão eu sinto como se Deus estivesse do meu lado, meus olhos estão cheios de lágrimas e elas começam a cair, fazia tanto tempo que não sentia algo assim, término de louvar entrego o violão e o microfone e volto para o meu lugar, me sento Matheus segura minha mão e me dá um abraço, eu sinto algo bom.
    Depois do culto acabar eu estava na porta junto com o Matheus e o Noah, estou esperando meu pai e minha mãe.

    – Vocês não querem jantar antes de ir?  – mamãe pergunta.
    – Não mãe, eu prefiro pegar a estrada agora, assim quando for antes da meia noite nós já estamos lá.
     – Tá querida estou te achando estranha.
     – Mãe eu estou bem, bom beijos eu te amo eu ligo avisando que eu cheguei.
     – Tá bom.

     Vou até o meu pai que me abraça, meus pais me conhece também eu vou até o carro e dou uma buzinada, saio e uma garoa fina começa a cair estou observando a estrada e a chuva começa a ficar mais forte, então ouço Matheus dá uma tossida forçada.

     – O que é Matheus? – pergunto.
     – Nada você é tão falante e agora está quieta – ele diz – fala o que está acontecendo?
     – Não sei dizer ao certo, você me disse que não sabe como vai ser depois da faculdade.
     – Não falei mentira, realmente eu não sei o que eu quero da vida, mas de uma coisa eu sei você está preocupada.
     – Eu preocupada? Não sei com o que!
     – Você está em dúvida se vai ou não aceitar a bolsa de estudos em Paris, você está com medo de se decepcionar lá fora?
     – Você ouviu a conversa minha e do meu pai?
     – Sim eu ouvi, eu tenho um concelho para te dar, você já mais será igual sua mãe e seu pai, mas você pode tentar ser igual a eles ou você pode fazer o seu próprio caminho.
      – Então qual vai ser o seu caminho!
      – Não sei talvez eu vou engressar em outra faculdade nova, talvez eu faço o que os meus pais queria que eu fizesse.
      – É isso que eu não entendo, você poderia ser um grande publicitário ou até mesmo um grande escritor e dono de uma editora, mas você escolheu fotografia não desmerecendo a sua profissão, mais sei lá.
      – É eu poderia ser tantas coisas, mas o importante é o que você quer não eu, se você acha que Paris é importante para sua carreira vai.
      – Eu não sei nem o que é mais importante para mim.
      – Bebê, aproveita essa chance.
      – Obrigado Matheus – digo parando o carro num semáforo – a chuva está muito forte, acho bom pararmos em um hotel a estrada está muito lisa.
      – Sem problemas e pegamos a estrada quando a chuva parar?
      – Pode ser, tá com fome?
      – É tô sim.
      – Então vou te levar pra jantar e eu pago!
     – Tá bom.