Diário de uma Garota Cristã 2

#44

     Acordo com o despertador tocando, minha noite foi perfeita eu ainda não acredito que estou noiva, estou sentada na cama, me levanto e acabo sentindo uma fisgada nas minhas costa, decido fica deitada, ouço batina na porta e a mesma é aberta.

    — Bom dia minha querida — mamãe diz — Elo, seu pai pediu para lhe avisar que ele já foi para o hospital.
    — Tá bom mãe — respondo me ajeitando na cama.
    — Elo antes que eu me esqueça, o doutor Cléber ligou, disse que queria falar com você.
    — Ele disse o que queria?
    — Não só disser que queria falar com você.
    — Nossa mãe — falo me lembrando — mãe eu ainda estou escalada para trabalhar em Paris.
   — Elo longe de mim querer se meter na sua vida — mamãe diz — mas talvez seja melhor conversar com o doutor Cléber e conversa, você está no meio de um tratamento e não pode interromper o mesmo assim
   — Eu sei mãe — respondo— vou falar com ele.
    — E também agora você está noiva, eu longe de mim querer palpitar na sua vida, mas eu não acho que o Matheus vai querer ir para.
    — Você tem razão mãe.
    — Bom desce para tomar o café.

    Quando me levanto sinto uma fisgada na minhas costas, dou uma gemida minha mãe olho e pergunta preocupada.

    — Está tudo bem?
    — Eu estou com uma dor nas costas.
    —  Bom melhor você ir no médico, vou trazer seu café.

    Ela sai do quarto, eu pego o notebook e faço uma ligação para o doutor Cléber, ele atende me dá um sorriso reconfortante.

    — Bom dia — ele diz — como está minha médica favorita?
    — Bom dia, estou me recuperando — respondo.
    — Se recuperando? O que aconteceu com o seu braço?
    — Então doutor, assim que eu  cheguei no Brasil eu sofri um pequeno acidente.
    — Pequeno o quanto?
    — Bom meu carro capotou eu sofri um traumatismo na coluna, um traumatismo craniano, tive uma fratura exposta no braço e o rompimento do meu nervo, quebrei minha perna e tive que fazer algumas cirurgias, eu recuperei a memória a pouco tempo.
    — Eloísa isso não foi um pequeno acidente e como está agora?
    — Em recuperação, estou fazendo fisioterapia.
    — Bom Elô o quê posso te dizer é que você se recupere rápido.
    — Esse é o plano doutor Cléber.

    Desligo o notebook me arrumo na cama e sinto outra fisgada nas minhas costa, será que meu pino nas costa inflamou? Dou um leve suspiro a porta se abre, minha mãe entra no quarto com uma bela bandeja de café da manhã, ela coloca na cama eu fico deitada nem me mexo ela estranha um pouco, ela sabe que eu amo café da manhã, eu estou imóvel não eu quero preocupar ela com isso.

    — Elo eu te conheço o que está acontecendo? — mamãe pergunta.
    — Não é nada mãe é só uma dorzinha nas costa, acho que não é nada de mais.
   — Vou ligar para o seu pai, vou te levar no hospital, você não pode falar que é uma simples dorzinha, você é uma medica querida.

     É ela tem razão mas eu não quero deixar meu pai preocupado, ele é um cirurgião e não pode passar nervoso.

    — Mãe liga para a Diane, ela vai comigo eu sei que a senhora tem muitas coisas para fazer, por favor? 
    — Eu só vou ligar porque é a Diane, bom então eu já vou indo, eu não acredito que trabalho para o noivo da minha filha.
    — Eu bem sei que o Matt te colocou como diretora geral da editora, tudo o que a senhora não gosta, né mãe?
    — Nossa filha você me conhece muito bem, bom agora eu vou indo beijos te amo e me de noticias, se não eu juro que ligo para o seu pai e o Matt.

   Dou um sorriso para ela, minha mãe é uma verdadeira peça, me arrumo e Diane está me esperando, vamos para o hospital, eu estou muito preocupada com a Diane e meu irmão.

    — Me conta por que vocês terminaram — falo quebrando o silêncio.
    — Margareth, essa garota não tem limites.
    — Diane o Noah ama você e você ama ele.
    — Talvez ele não me ame tanto assim.

     Percebo que ela limpa uma lágrimas, não gosto de ver a Diane assim. Chegando no hospital vou fazer a triagem, então vejo Matt andando pelos corredores, quando ele me vê vêem em minha direção.

    — O que houve? — ele pergunta preocupado.
    — Não é nada de mais — respondo — é só uma dorzinha nas costas.
    — Eloísa você fez uma cirurgia na coluna alguns tempos atrás, não vem me dizer que é só uma dorzinha — Matt fala me olhando nos olhos — deixa eu dar uma olhada.

    Revirei os olhos, não é nada de mais eu tenho certeza, estou deitada de bruços e levanto a blusa, Matheus analisa e fica em silêncio.

    — Está inflamado — ele finalmente fala — vou pedir alguns exames, pode ser que não seja nada, mas pode ser que teremos que refazer a cirurgia.

    Ele anota algumas coisas em sua prancheta e sai, Matt médico é uma coisa que nunca imaginei, ele sempre foi tão reservado, uma enfermeira vem e tirar meu sangue.
     O pior é que agora só vão me liberar depois que os exames estiverem prontos. Estou deitada na cama com muito tédio, então vejo Noah entrando no quarto, seu rosto está bem pálido.

    — Noah — falo — o que você tem?
    — Mamãe disse que você tinha vindo para o hospital com dor nas costas, fiquei preocupado.
    — Não é comigo que você deveria se preocupar Noah — falo irritada.
    — Vish que mau humor, que bicho te mordeu?
    — Nenhum, eu só acho que você tem que parar com essa palhaçada que está fazendo com a Diane, você é um homem Noah e não um moleque para com essas atitudes de crianças.
    — É a Eloísa está de volta.
    — Voltei sim, seu irresponsável.

    Eu sempre fui a cabeça dura e o Noah o responsável, mas parece que os papéis estão invertidos.
    Não demora meu pai entra no quarto com uns papéis nas mãos, ele olha para o Noah com um olhar de repreensão.

    — Elô não é nada de mais — papai fala — você vai tomar um antibiótico para inflamação, garanto que em poucos dias você estará bem.
    — Então eu já posso ir embora?
    — Claro apressadinha, Noah fique para almoçar comigo, precisamos conversar.

     Eu me levanto e saio do quarto, eu que não quero estar aqui e ouvir o sermão que meu pai vai dar no Noah, vejo Matt ele vem e me dá um leve abraço.

    — Já recebi alta — falo — estou indo embora.
    — Claro — ele responde — te pego mais tarde para irmos para o culto.

     Dou um sorriso para ele e um rápido beijo em seus lábios, o Matt me surpreende a cada dia mais..