Diário de uma Garota Cristã 2

#4

   Acordo com alguém entrando no quarto, olho no relógio vai dar sete horas olho pra ver quem é, Diane tenta fechar a porta com cuidado mas é em vão.

    – Poderia tentar fazer menos barulho da próxima vez – digo me sentando na cama.

    Ela olha para mim e depois direto para minha cama, Noah está em um sono profundo ela coloca a mão na boca pra segurar os risos aposto que ela está pensando besteira.

    – Quem é o rapaz?  – ela pergunta.
    – Meu irmão – respondo.

   Diane já se anima surgi um sorriso em seu rosto, então olho e digo.

    – Tira esse sorriso do rosto, sou uma irmã muito ciumenta.
    – Há que pena – ela diz desapontada.
    – Fiquei sabendo que ontem o Simón quase apanhou.
    – Diane – a chamo – vamos deixar regras bem claras entre nós, não ligo se você gosta de baladas e bebidas alcoólicas essas coisas, mas não me chame mais eu não vou, ontem você saiu me deixou sozinha sem dar explicação e eu não quero ficar falada por ir nessas festa.
     – Acordou de mau humor?
     – Não, eu só estou avisando que não adianta me chamar, que eu não vou.
     – Tá bom – ela diz entrando no banheiro.

     Vou até meu armário Noah acorda sorrindo me dá um abraço e diz que vai me esperar no lado de fora, depois que Diane sai do banheiro de toalha sai um pouco desapontada por não achar meu irmão, vou no banheiro me arrumar coloco minha roupa saio do quarto Noah está mechendo no seu celular.

    – Você tem que escovar seus dentes maninho – digo.
    – Sua amiga já se arrumou?
    – Sim pode ir.

    Ele vai para o banheiro eu fico mechendo no meu celular, Diane está me encarando eu pensei que eu e a Diane poderíamos ser amigas inseparáveis, mas é difícil ela é baladeira e eu não.

    – Estou pronta – ela diz – já podemos ir tomar café!
    – Vou descer com o Noah, pode ir na frente te encontro no refeitório.
    – Tá bom.

    Ela sai do quarto espero o meu adorável irmão se arrumar, ele sai do banheiro e assopra no meu nariz e diz.

    – Estou pronto já podemos ir.
    – Então vamos, Noah eu quero saber porque você realmente veio aqui.
    –  No refeitório eu te falo vamos.

    Descemos para o refeitório Simón está vindo em minha direção, quando ele vê Noah abaixa a cabeça e volta para trás, sento na mesa e Noah me entrega uma carta.

    – O que é isso? – pergunto.
    – Chegou ontem pra você, eu descidi vir te entregar, até porque senti que alguma coisa ia acontecer – ele responde – e aconteceu né Maninha!
    – É uma carta da Pantheon-Sorbonne University, Páris.
    – O que está escrito?
    – Eu fui escalada para representar a UFG  em um torneio internacional de Medicina com uma equipe.
    – Você vai? – ele pergunta.
    – Mas é claro, sonho de qualquer médico ir para maior universidade de medicina, mas esse torneio o certo seria ir os veteranos, eu ainda sou caloura porque eles me escolheriam?
    – Você é boa por isso te escolheram, papai vai ficar feliz com isso – ele diz tomando uma xícara de café.

    Olho para aquela carta não acreditando, eu vou pra Paris estou terminando meu café quando Matheus chega perto de mim senta ao meu lado e pergunta.

    – Você está melhor bebê?
    – Eu tenho nome e não é bebê, sim obrigado por se preocupar.
    – Elo não vai me apresentar seu amigo? – Noah pergunta.
    – Assim, Noah esse é o Matheus ele foi o rapaz que me ajudou ontem – digo com um pouco de vergonha.
    – Obrigado por cuidar da minha irmã – Noah diz estendendo a mão para ele – foi você que atendeu o telefone dela?
    – Sim eu mesmo.
    – Você faz o que Matheus?
    – Fotografia – ele responde.
    – Entendi que legal, qual a sua idade?
    – Noah – o repreendo.
    – O que foi Elo?
    – Tenho 21 anos.
    – Assim entendi.
    – Bom eu preciso ir, tchau bebê a gente se ver por aí.

    Ele sai da mesa estou morrendo de vergonha, com toda certeza meu rosto deve estar todo vermelho minhas bochechas estão ardendo, Noah me olha e pergunta.

    – Por que você está corada?
    – Eu não estou corada, maninho preciso ir se não vou chegar atrasada na aula de novo.
    – Leva seu amigo pra jantar em casa qualquer dia desse.
    – Noah ele não é meu amigo – respondo – beijos te vejo no almoço?
    – Não vai dar não, só vim trazer a carta e ver como você estava, qualquer coisa me liga maninha.
    – Tá bom, Noah posso te pedir um favor?
    – O que você quiser.
    – Não conta para o papai sobre ontem por favor?
    – Pode deixar eu não conto, mas você vai contar, principalmente da festa.
    – Tá bom maninho.

    Me levanto dou um abraço nele e ele sai do refeitório eu vou até meu armário, pego meu jaleco e visto ele pra ir para sala quando estou fechando meu armário vejo Simón do meu lado, ele me olha e começa com seu discurso.

    – Me perdoa ontem eu bebi, eu não sou isso que você viu ontem, eu já mais faria mal a você me perdoa?
    – Simón – digo – está tudo bem, mas eu não quero que você se aproxima de mim não, você pode até vir aqui com um discurso feito a mão ou a pensamento, ontem você ia me tirar algo que eu estava guardando para uma pessoa certa.
     – Mas ia ser só um beijo – ele diz.
     – Mas eu não queria, você me fez mal eu te perdoo mas é cada um para o seu lado.

     Ele abaixa a cabeça eu acho que fui muito dura com ele, mas não quero que ele pense que sou do tipo que ele faz o que quer, vou para sala estava prestando atenção na aula, estava bem cansativo o professor estava passando muitos slides, assim que a aula acaba começo a guarda meu material, então vejo uma turminha envolta de mim, fico observando a turminha que está me cercando, não fico muito surpresa com as garotas.

    – Você se superou em Eloísa – ela diz colocando a mão na minha mesa – não perdeu tempo em dar uns pegas no Simón e dispensa ele,  e ja aparece com um garoto novo no  refeitório e agora atrás do Matheus!
     – É pois é né? Isso quer dizer que sou melhor que você – repondo, minha mãe sempre disse que eu puxei  a tia Esther – agora me dá licença que eu tenho mais o que fazer.

    Me levanto para sair dali e evitar uma confusão, então ela levanta a sua mão pra me dar um tapa e eu seguro sua mão.

    – Você tá ficando doida? – pergunto.
    – Não agora me solta.
    – Suzan né? Só vou avisar uma vez, eu não sou essas garotas que você humilha e bate no rosto e elas ficam quietas, eu posso ser crente ser filha de crente mas não sou otária, e só pra deixar claro o rapaz do refeitório é meu irmão.

    Solto sua mão e saio da sala, vou para o meu quarto coloco um vestido bem confortável vou até o meu carro, hoje vai ter um encontro de jovens na igreja e eu quero ir, o caminho todo vou ouvindo louvores até chegar no lugar, era em um ginásio encosto meu carro e adentro do lugar cheio de jovens, me sento na arquibancada eles estão louvando então fechos os meus olhos pra que o o louvor flua mais em mim, quando percebo que já estou ajoelhada e chorando, isso é bom então começa a palavra, estava bom de mais quando acaba começo a descer da arquibancada e vou até o meu carro, vejo Matheus tirando algumas fotos e uma menina se aproxima toda alegre.

    – Oi – ela diz – me chamo Isabella, mas pode me chamar de Isa, sua primeira vez?
    – Aqui sim – respondo – sou Eloísa, mas pode me chamar de Elo.
    – Você já vai em alguma igreja?
    – Sim eu ia, mas estou um pouco parada, acabei de me mudar estou a procura de uma.
    – Bom, se você quiser na sexta vai ter culto eu posso te buscar.
    – Mas é claro vou adorar.
    – Tudo bem, me passa seu endereço.
    – Bom eu moro na república da Seusp.
    – Que ótimo eu também, então eu passo pra te pegar no seu apartamento.
     – Ok sem problemas, agora eu preciso ir.

   Isa sai de perto de mim, quando estou entrando no carro um fleche em minha direção, me viro e nossos olhos se encontram.

    – Pode parar – digo ele continua a tirar fotos minhas.
    – Bebê só porque você quer – Matheus responde.
    – Já te disse que meu nome não é bebê.
    – Mas você não me disse seu nome!
    – É Eloísa.
    – Nome bonito igual a você bebê.

    Ele tira mais uma foto coloco meu cabelo atrás da orelha dou um sorriso bem tímido, ele olha e pergunta.

    – Está afim de tomar um sorvete? Eu pago.
    – Tá bom entra no carro.