Diário de uma Garota Cristã 2

#49

      Algumas semanas depois.

    Acordo mais cedo que o Matt, vou me arrumar é nada é para sempre e o dever nos chama, nossas mines férias foram perfeita, depois do pronta vou acordar o Gabriel e o arrumar para ele ir para escola.
     Arrumo a mesa do café Matt e Biel vem com uma lerdeza, nós sentamos e estamos tomando café, Matt está olhando um jornal quando ele fala.

     — Hoje vou chegar um pouco mais tarde no hospital.
     — Tá bom — respondo — não querendo ser curiosa, mas vai chegar tarde por que?
     — Vou na escola do Biel, eu fui convocado para ir lá hoje, também depois vou passar na casa do Noah.
     — Tá bom, fala para ele retornar minhas ligações, se não eu vou invadir a casa dele.
     — Não você não vai — Matt fala rindo — nós dois não vamos nos meter nessa história, combinando? — eu não respondo — Elo deixa eles se acertarem, não se mete.

    Reviro meus olhos eu sei que o Matt está falando sério, pego meu celular e vejo que vou me atrasar.

    — Eu preciso ir — falo — Biel, nós vemos mais tarde.
    — Hoje  natação — ele fala olhando seu copo.
    — Ta bom, nos vemos depois da natação — respondo — tchau Matt.

     Dou um rápido beijo nele e vou para o hospital, chego no mesmo olho no relógio vejo uma grande movimentação, alguns internos estão correndo.
     Balanço a cabeça e vou trocar de roupa, eu sei que eles gostam de desafios, mas as vezes fazer uma triagem é bom.

     — E aqui está ela — ouço a voz do meu pai.
     — Benção pai — falo o abraçando.
     — Deus te abençoe, grande dia hoje.
     — Como assim?
     — Como vocês estavam de lua de mel eu não quis atrapalhar, você e o Matt serão premiados pela separação dos bebês, vocês fizeram um ótimo trabalho.
     — Isso bom, pai o senhor é meu maior orgulho.
     — E você e seu irmão os meus, eu vou ter a honra de entregar o prêmio para vocês.
     — Isso será uma honra.
     — Vai fazer seu trabalho, te vejo mais tarde.

    Meu pai sempre carinhoso acho que da para imaginar porque minha mãe se apaixonou por ele, vou para minha sala, estou revendo alguns prontuários dos meus paciente quando sem querer acabo vendo um exame solicitado pela Diane em meu nome, dou um sorriso com o resultado que eu estou vendo, sei que não é da minha conta então decido ligar para ela, já que tem alguns dias que não conversamos.

    — Oi — ela fala enquanto dirige.
    — Você esta dirigindo e falando no telefone? — pergunto.
    — Você que me ligou, eu acabei de chegar na clinica, aconteceu algo?
    — Me diz você!
    — Nada a declarar,  o que houve ai?
    — Meu irmão esta me ignorando que é uma beleza, e eu sem querer achei seus exames no meio dos meus prontuários.
  
    Diane faz uma pausa, ela pareceu pensativa, mas logo volta falar.

    — Não conta para ninguém por favor?
    — O Noah sabe?
    — Não, eu estou pensando em um jeito de contar para ele, você não pode falar nada, promete?
    — Eu não posso esconder isso do meu irmão, se bem que ele anda me ignorando por completo, por favor volta logo e conta.

    Meu bip acaba tocando olho e vejo que é uma emergência, solto um suspiro e falo.

    — O dever me chama, mais tarde vamos falar sobre isso.
    — Tchau Elô.

   Solto um sorriso e vou até a sala de  emergência, o que acaba me deixando muito irritada, meus residentes estão me esperando com alguns boques de flores e balões coloridos na mão.

    — Serio que vocês fizeram isso? — pergunto irritada — de quem foi essa ideia maluca?
    — Eu disse que ela não ia gostar, nós não deveríamos ter chamado ela no bip — uma garota fala.
    — Muito lindo eu gostei das flores e dos balões, mas não façam mais isso, eu achei que tivesse acontecido algo muito grave, agora já que vocês estão aqui, vocês vão passar minhas visitas agora.

    Pego as flores e os balões volto para minha sala, encontro Matt sentado olhando os meus papel, ele me olha e sorri.

    — Seus residentes te ama, até te entregaram flores.
    — Eles tão puxando saco, eles me colocaram até uns apelido.
    — Deve ser bem carinhoso, como é?
    —  Favorita, medusa, bruxa, rainha do hospital e o meu favorito megera.
    — Nossa, você não é nada disso.
    — Fala isso para eles, mudando de assunto hoje nós vamos ter uma premiação, você sabia?
    — Hum hum, eu gostei das flores — Matt fala cheirando elas — eu nunca ganhei flores e olha que eu sempre fui legal com os meus residentes.
    — Eu vou fingir que não ouvi isso.
    — Ué, seus residentes te admiram mesmo com todos esses apelidos, mesmo você dando bronca neles, você é uma garota precoce, fez medicina aos dezoito anos, pulou a residência por se mostrar uma ótima médica, eles tem alguém para se espelhar, fora que você é filha do Neemias o chefe da cirurgia do hospital, sua família é dona desse hospital inteiro.
    — Ual alguém fez o dever de casa, as vezes eu acho, que eles me acham a favorita por ser filha do meu pai.
    — Na verdade não, você conquistou seu espaço, você é casada com uns dos melhores cirurgião da região, então sim você é a favorita dos chefes.
    — Você é bobo Matt, mas eu te amo e muito.
    — Eu sei eu também te amo muito.
    — Que tal nós dois sairmos um pouco.
    — Não, temos uma reunião daqui a pouco, eu e você ficar aqui.
    — Chatinha, Bebe eu vi um exame na sua mesa nome da Diane, é ela esta..
    — Não é da nossa conta Matt — respondo cortando ele — ela pediu sigilo e nos como médicos devemos atender.
    — Ual cada vez mais essa historia esta ficando complicada, não queria ter que te dizer nada, mas o Noah esta planejando casar com a Margareth.
    — Ele que não ousa, a Megui só iludiu ele, mas como você disse isso não é da nossa conta.
    — Eloisa logo você me falando isso? Não acredito, você sempre caça confusão, duvido que você vai deixar essa historia para lá.
    — É — falo rindo — então vamos temos uma reunião.

    Matt me olha desconfiado, dou um sorriso e saio puxando ele pelos braços, essas reuniões são bem chatas, mas faz parte da nossa rotina, eu estou atenta ouvindo o que e meu pai falou, mas apenas finjo que estou prestando atenção para ser bem sincera.
    Eu fico em silencio então meu bip toca de novo, peço licença e vou atender, chego na recepção vejo Noah, ele está bem diferente de antes.

    — Oi maninha — ele fala me abraçando.
    — Por onde esteve? Por que não me ligou?
    — Eu fiquei com muita vergonha, me desculpa.
    — Imagina Noah, então vai me contar o que houve?
    — Nada eu só vim dizer que eu vou viajar, preciso me organizar.
    — Vai para onde?
    — África, vou ficar um pouco com a  tia Victoria, só vim me despedir mesmo.
     — Vou sentir sua falta.

    Noah me dá um abraço, eu começo a chorar, não aguento ver meu irmão nessa sofrência toda, ele me dá um beijo no rosto, o Matt sabia disso, por isso que ele foi ver o Noah.
     O dia no hospital passa voando, eu estou me arrumando para a premiação, pego minha bolsa, eu ainda não acredito que o Noah foi embora, termino de me arrumar, Matt me abraça por trás.

     — Está tudo bem? — ele pergunta.
     — Noah vai para África — falo — eu não quero que ele vá.
     — Eu sei, mas pensa por um lado o Noah precisa, ele está afastado das coisas de Deus, vamos apoiar ele, lá ele vai ocupar a mente um pouco, assim ele pode por a cabeça no lugar e  não vai ser por muito tempo.
     — Tá bom Matt.

    Arrumo o terno dele, nós íamos levar o Biel, mas como ele não gosta muito do barulho vamos deixar ele com a babá.
     O caminho até o grande hospital foi rápido, encontrei muitos médicos amigos do meu pai, comprimento todos, várias conversas aleatórias até que meu pai sobe no palco.

    — Boa noite a todos — ele fala — eu gostaria de dizer que estou muito feliz por está noite, hoje estamos aqui para parabenizar a equipe médica pelo trabalho com os quintoplos, foi um ótimo trabalho, hoje estamos aqui para entregar dois prêmios muito especial para dois médicos, eu estou muito feliz por esse momento, então eu gostaria de chamar aqui a Eloísa Stevens e Matheus Stevens.

    Subimos então meu pai pega dois prêmios, o sorriso dele vai de orelha a orelha.

    — Vocês dois merecem muito essa premiação.

    Meu pai me entrega o prêmio e me abraça, me sinto orgulhosa, meu pai me dá um beijo em minha testa, tiramos algumas fotos, quem diria que eu passaria por tudo isso.
    Obrigado Deus por esse momento, pelos privilégios que me deste, estou feliz de ver que todos os planos que eu fiz, Deus cuidou de mim.