#39 - Matt

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     Eu estava feliz em saber que ela havia acordado, mas o que doeu foi saber que ela não se lembrou de mim, eu estou na cafeteria do hospital junto com o Noah e a Diane

     — Nossa — Noah diz — ela demorou para processar que a mamãe era a mãe dela.
     — Pode ser passageira — Diane se manifesta — geralmente ela pode ir recordando as lembranças aos poucos, eu não acho que ela precise de uma cirurgia.
      — O que importa é que a Suzan não vai mais fazer mal a ela — falo tomando meu café.
      — O que você fez? — os dois me encaram.
      — Entreguei ela para polícia, não sei se vocês sabiam? Mas a Suzan estava em condicional, ela poderia estudar e não poderia aprontar se não voltaria para a cadeia, agora nesse exato momento ela está em um presídio de segurança máxima.
       — Eu sempre achei a Suzan bem estranha — Diane diz — ela nunca foi com a Elô por sua causa.
       — Suzan era doida — falo — ela tinha uma paixão por mim sem explicação, eu conheci ela quando eu tinha meus dez anos, depois que meus pais sofreram o acidente eu fui morar com uma tia, quando voltei de volta para cá foi a primeira pessoa que me ajudou a me reerguer foi ela, eu agradeço muito a Suzan por isso, ela só é meia louca.
     — Totalmente fora da casinha.

    Dou risada, ouço meu bipe tocar o dever me chama me despeço do Noah e da Diane e vou para o hospital, assim que chego a babá que eu contratei está toda suja de sangue, eu estou nervoso com a cena me aproximo e pergunto.

     — Cadê o Gabriel?
     — Está na emergência — ela diz desesperada — foi um acidente ele começou a surtar e caiu da escada, uns dos quadros cortou a perna dele.

    Dou um suspiro e vou até a emergência ver o que aconteceu realmente,  uma das residentes levou ele para fazer um curativo, quando vejo ele pergunto.

     — Biel o que aconteceu?
     — Biel caiu escada, quadro foto Elô quebrou cortou Biel — ele diz.
      — Entendi que susto.
      — Não foi nada de mais — o doutor diz — como você disse foi apenas um susto.

    Depois que eu voltei para o Brasil eu descobri que tinha um primo em um orfanato, eles estavam procurando os parentes próximos e eu descobri que o Gabriel é meu primo, eu nem sabia que meu pai tinha uma irmã que morreu no parto quando o Gabriel nasceu, ele estava com uns módulos no cérebro a Suzan operou ele depois de formada e removeu rodo o tumor dele, eu sabia que poderia ter alguma sequelas e e foi na fala dele, ele já falava pouco, agora ele fala um pouco enrolado mas com a fono ele vai se aperfeiçoar aos poucos.
    Estou ao lado dele, logo ele vai ter alta, estou mexendo no celular a babá dele entra no quarto.

     — Senhor Matheus — ela diz — amanhã entregarei minha carta de demissão.
     — Não é para tanto Olívia, foi um susto acontece, ele vai ficar bem não foi nada.
      — Esse é o problema isso não é para acontecer!
      — Mas aconteceu, você não pode se demitir pedido negado, o Biel já está acostumado com você, quando eu estou de plantão eu confio em deixar você com ele, você ainda trabalha para mim.

     Olívia é uma babá formada em pedagogia, ele trabalha com criança especial por isso que eu contratei ela.
     Depois de alguns minutos eu vou assinar a alto do Biel, levo ele para o carro, fico lembrando dos cuidados que a Eloísa teve com ele.

     — Elô volta para casa?
    
    Paro para responder, eu não contei para ele do acidente.

     — Elô voltou sim — respondo.
     — Ela avião voou?
     — Sim Biel no avião que voa.
     — Ver Elô, saudades!

   Então encosto o carro na lanchonete que ele gosta, vou até o lugar de sempre e explico o que aconteceu com a Elô, Gabriel já está com 10 anos ele já entendi bem as coisas, depois que a Elô mudou eu sei que os dois conversava, mas ela não sabia que ele estava morando comigo.

      — Vamos ver Elo? — ele pergunta.
      — Ok Gabriel vamos ver ela.

   Entramos no carro e vamos para casa dos pais dela, eu tinha uma ideia que ela iria para quando recebesse alta, encosto o carro Gabriel fica animado em ver que chegamos na casa dela, Noah abre o portão e me abraça.

      — E aí Noah como ela está? — pergunto.
      — Diane está com ela, vejo que trouxe o Gabriel, oi tudo bem?
      — Tudo.

    Ele sorri e sai o Noah não tem mais tempo para nada também, adentramos da casa Lia vem me dá um abraço e fala.

     — Matt fico feliz em ver você!
     — Oi Lia eu trouxe o Gabriel, eu expliquei para ele que ela sofreu um acidente, bom vamos ver se ela vai reconhecer ele.
     — Nossa Gabriel como você está grande e bonito — Lia diz ele sorri.
     — Machuco hoje — ele diz mostrando o curativo.
     — Como você fez isso?
     — Escada caiu.
     — Caiu da escada, entendi bom leva ele lá Matt, vai ser bom assim ela conversa um pouco.

     Lia sempre foi carinhosa e nunca me julgou pelo o que eu fiz, em tentar proteger ela, subimos as escadas bato na porta Diane e ela estão dando risadas, quando ela me vê sei semblante muda.

     — Eu sei que não lembra de mim — falo — mas o Gabriel queria muito ver você, vou deixar vocês aí.

   Saio do quarto e vou para sala, eu fico mexendo no meu celular não demora muiuy Diane trás o Gabriel.

     — Ela o reconheceu?
     — Sim ela quer falar com você — Diane diz — pode subir lá.

   Subo as escadas e vou para o quarto dela, dou um sorriso e abraço, sei que não deveria más é mais forte que eu.

     — Diane disse que você queria falar comigo — falo.
      — Queria agradecer você por cuidar do Gabriel — ela diz — eu sei que não me lembro de você, mas algo me diz que tínhamos alguma coisa!
      — Nós éramos grandes amigos — falo — eu espero que você se recupere mais.
      — Sim o doutor disse que vão retirar esse pino da perna e eu vou precisar fazer fisioterapia no meu braço, algo me diz que não vou poder operar mais.
      — Creia em Deus que tudo dará certo.

    Ela me encara dá um sorriso, dou um beijo em seu rosto e descido ir embora, agora é hora de dar minha atenção cem por cento ao Gabriel.

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