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    Paro bem enfrente a uma sorveteria desço do carro e entro no ambiente saudável, pego meu potinho e vou pegar os saberes que eu gosto, tem vários olhos curiosos em minha direção e na do Matheus.
    Fico saboreando meu belo sorvete até que me sinto um pouco constrangida com ele me olhando o tempo todo.

    – O que foi? – pergunto.
    – Nada, só estou pensando o que leva a filha de um grande médico de nome vir estudar aqui, tão longe da sua família?
    – Faculdade são tudo a mesma coisa só muda o nome e endereço, a única coisa que eu quero mesmo é me forma e ser uma excelente médica.
    – Você sempre quis ser médica ou você tem outro robe?
    – Eu realmente amo medicina, mas antes eu tocava instrumentos até que decidir que queria ser médica.
    – Você não tem cara de musicista!
    – A é? E eu tenho cara do que?
    – Não consegui decifrar ainda, mas pelo pouco que estamos juntos já sei algumas coisas suas.
    – É mesmo o que?
    – Você tem uma personalidade forte, não tem medo do perigo e nem dos outros, mas ao mesmo tempo você é doce sensível, é o estilo de garota que todos querem ter um relacionamento sério, uma garota com um grande futuro e que daria uma ótima esposa com belos filhos.
    – Você realmente não me conhece, nunca fui sensível e nem sou doce e já mais pensei em casamento essas coisas, acho que isso é para quem pensa em um outro futuro belo com crianças correndo para todos os lados,  e quer realmente saber por que eu estou aqui e não na USP?
    – Mas é claro sou todos ouvido.
    – Por ser filha do Neemias eu ganho grandes vantagens, eu desobedeci meu pai e me matriculei aqui, não quero ganhar vantagens por ser filha dele.
    – Você não tem cara de ovelha rebelde!
    – Não preciso ter cara para fazer o que me der vontade, me fale de você Matheus!
    – Não tem  muito o que falar.
    – Sempre tem, pensa bem!
    – Eu realmente não tenho o que falar.
    –  Está contando sua primeira mentira.

    Ele para e me olha, seus olhos estão ilegíveis não sei o que está se passando em sua cabeça, adoraria saber.

    – Vai ficar me olhando? – pergunto.
    – Como pode dizer que estou mentindo?
    – Seu semblante muda quando você menti, me fala de você!
    – Já disse que não tem muito o que falar – ele diz se levantando – eu preciso ir, nos vemos por aí bebê.

     Ele sai dou um suspiro em ver ele indo em direção da porta, olho para o meu celular tem algumas ligações da Diane, o que essa menina aprontou saio daquele ambiente e volto para faculdade, será que esse menino tanto esconde? Para ele não me falar sobre a vida dele é porque coisa boa não é.
     Chego no quarto jogo minhas chaves em cima da mesinha, me deito na cama vejo a porta abrir olho vejo Diane que se aproxima.

     – Hello a onde você estava? Estou tentando falar com você desda hora em que acabou a aula!
     – Sai, fui na igreja teve um encontro de jovens eu achei divertido e quis participar.
     – O coordenador do curso está nos esperando no anterfiatro.
     – O que ele quer?
     – Sei lá, ele só mandou te chamar vamos.

     Ela sai me puxando pela faculdade o que será que esse professor quer comigo? Ele deve estar querendo conversar comigo sobre o último dia em que eu o desafiei na sala de aula, tenho quase certeza que ele queria que eu errasse para ele fazer da minha vida um inferno, assim que chegamos tinha uma turminha sentada vou me aproximando não sento muito na frente perto deles.

    – Boa tarde alunos – o coordenador diz.
    – Boa tarde – respondemos.
    – Bom, vocês foram escalados para participar de um torneio mundial de medicina entre Calouros e Veteranos, nós professores descidimos que finalmente temos uma equipe de primeira com ótimos alunos.

   Ele vasculha pela sala até que me olha e diz sorrindo.

    – Sra Bittencourt por favor  fique em pé, fizemos uma votação e escolhemos você para ser a capitã do time.
    – Obrigado senhor – digo honrada com a oportunidade.
    – Eu me recuso a ser mandada por essa caloura – uma voz irritante diz –isso é um insulto aos veteranos.
    – Se não gostou Suzan é só se retirar – diz o professor – vocês não tem que querer, quem escolhe é o concelho de professores, quem recebeu a carta foi ela, é muito simples ou vocês participam ou saiam da sala  e não participam.

    Todos ficam em silêncio ninguém vai querer sair de um torneio que pode gerar coisas boa, já até ouvi dizer que se o aluno é bom o bastante ele consegue uma bolsa completa de estudos em Pantheon-Sorbonne University. Minha equipe será formada por filhos de grandes médicos e experientes, tem chances de ganharmos, temos o Simón Bolívar, filho de um excelente cardiologista o pai dele Carlos Alberto Bolívar estudou na maior universidade federal de Santa Catarina UFSC, não é pra menos ele ser um bom cardiologista.
    Suzan Godoy Parck, esse nome Godoy não me é estranho, Suzan é filha de um neurologista Derrick Parck, ele foi o primeiro a estudar o transtorno de Psicopatia, dizem até que ele se casou com uma psicopata isso fez com que ele ficasse reconhecido por todo o mundo.
    Diane Keaton minha melhor amiga, filha de um famoso casal de obstetra Maikon Keaton e Luna Keaton, são os melhores médicos da região.
    Douglas Kipling, cheio de marra por seu pai ser escolhido por muitos famosos para os procedimentos plástico, Albert Kipling tem um hospital reconhecido no mundo da plástica, vários famosos passa com ele.
    E não esquecendo eu Eloísa Green Bittencourt, filha do mais famoso casal Lia e Neemias, meu pai é reconhecido no mundo todo, ele já ganhou dois prêmios Nobel de medicina passando na frente dos pais dos meus colegas de sala, eu pretendo ser igual a ele quando me forma.
     Essa é a equipe vai dar muito trabalho, me levanto e saio da sala estou indo para o meu quarto e vejo Douglas se aproxima de mim.

     – Ei espera aí – ouço alguém grita.
  
    Me viro pra ver quem está a me chamar, vejo que é um rapaz o mesmo que saiu com a Diane na festa de boas vindas da faculdade.

    – Sim o que você quer? – pergunta indo direto ao assunto.
    – O que acha de darmos uma volta hoje?
    – Não – respondo curta e grossa – eu respeito minhas amigas, vai procurar sua turma.

     Me viro continuo andado, esses homens acha que pode sair com as amigas dos outros e depois vir com graça para o meu lado. Vou indo para o meu quarto, Diane me olha pergunta.

     – O que o Douglas queria com você?
     – Nada de mais – respondo – eu vou voltar para o quarto e você?
     – Não vou no refeitório mesmo.

    Quando estou me virando para sair a sinto alguém me abraça, fico assustada então pergunto.

     – Ei o que é isso?
     – Desculpa – diz Isa – é que você não me passou seu número.
     – Verdade.
     – O que vai fazer no seu final de semana?
    – Vou para casa dos meus pais.
    – A que legal.
    – Então Isa eu já vou indo.
    – Tá bom.

   Vou para meu quarto e fico olhando para os lados,  e pensando o que ele tanto esconde? Será que ele tem medo da família dele? Será que todas coisas que a Diane me contou é verdade? Penso em tantas coisas que acabo dormindo.

Diário de uma Garota Cristã 2Onde histórias criam vida. Descubra agora