Um só coração

9 - Faça o que quiser

20:35

Assim que chegamos, percebi a movimentação de carros luxuosos na entrada do portão de meu pai.

- Seu pai sabe bem como dar uma festa hein, Sarah. - Disse Daniel, olhando pela janela do carro.

- Eu que o diga. - Respondeu Marina.

O motorista entrou pelo portão de entrada do enorme pátio que ficava em frente à casa e estacionou o carro. Em seguida saiu e abriu a porta traseira para que eu e as meninas saíssemos. Estava tudo lindo e com muita sofisticação. De um lado um bar com três bartenders e uns banquinhos pra quem quisesse ficar por lá bebendo, uma pista de dança e a mesa do DJ de frente pra ela, e do outro, mesas de jantar e uma iluminação muito legal. Não sei como ele conseguiu combinar isso tudo, mas deu certo.

Fui a segunda a descer do veículo e estendi a mão para Valentina sair.

- Seja minha dama essa noite. - Propus enquanto ainda segurava sua mão.

- Será um prazer. - Ela respondeu com um sorriso.

- Que isso? É pra a gente dar uma de pessoas ricas e esnobes que tem um ótimo emprego? - Brincou Daniel. - Porque se sim, Marina será minha esposa, que tem um caso secreto com outra mulher. - Acrescentou ele ao estender o braço para que ela segurasse.

- Oh meu amor, vamos logo. Mal posso esperar para fingir que somos um casal perfeito para todas essas pessoas quando, na verdade, eu queria mesmo é estar transando com minha amante. - Disse Marina imitando ridiculamente a voz de alguém mesquinho.

- E que tipo de casal nós seremos? - Valentina me olhou, intrigada.

Cheguei perto de seu ouvido e respondi.

- Do tipo que faz sexo em qualquer lugar, desde que esteja vazio.

- Isso será interessante.

Finalmente entramos na casa, que pode ser chamada de mansão, já que meu pai é exagerado.

Valentina estava atrás de mim e sussurrou.

- Imagine em quantos cantos dessa casa dá pra fazer sexo. - Na hora meu pai descia as escadas e eu dei uma cotovelada de leve no braço dela.

- Filha, está deslumbrante! - Disse ele enquanto me abraçava e depositava um beijo em minha testa. - Daniel, Marina, como vocês estão? - Ele deu um aperto de mão nos dois. - E você, ainda não conheço.

- Pai, essa é a Valentina. Valentina, esse é meu pai. - Ele pegou sua mão e a beijou.

- É um prazer. - Valentina o cumprimentou.

- O prazer é todo meu. - Ele se direcionou a mim. - Seu irmão foi buscar a namorada e já já chega. Os garçons já irão servir as bebidas, mas se quiserem ir até a cozinha para pegar, podem ir.

- Não, tudo bem, a gente espera.

- Pessoal, vocês podem aproveitar a festa lá fora enquanto eu converso com minha filha por um instante?

Eles assentiram e voltaram ao pátio.

- Tenho uma notícia sobre a empresa e acho que vai gostar de saber.

- O que?

- Resolvi fazer algumas mudanças e colocar uma mulher na direção da empresa. - A porta da sala se abriu e meu pai voltou a atenção para a mulher que acabara de entrar. - Chegou na hora certa! Falávamos justamente de você.

Eu olhei para trás e vi uma moça morena e alta, com o cabelo castanho claro que ia até quase a bunda. Ela usava um vestido vermelho bem justo que destacava suas curvas. Fiquei impressionada com tamanha beleza.