42 - A Confraternização.

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A semana passou voando e logo já era quinta-feira. Saí do trabalho e fui direto para a casa da Naya, onde iria ser a confraternização do Marcus. Serena não pois ela mesma achou melhor irem só os amigos mais próximos dele, então chamou Rebeca para passar uma noite com ela.

Assim que cheguei, todos já estavam lá.

- Oi, gostosa! - Disse Marcus, ao me cumprimentar.

- Oi, gay. - Respondi, dando um tapa em sua bunda.

- O que tem de bom nessa caixa? - Pegou-a da minha mão.

- Donuts, dos seus preferidos e alguns dos nossos misturados.

- Disso eu sentirei falta, com certeza. - Brincou, pegando um e mordendo. - Serena não vem?

- Não, preferiu que deixasse nosso grupo a sós hoje. - Adentrei o apartamento e peguei a caixa de volta, para pô-la na geladeira. - E eu meio que agradeci por isso.

- Ih, o que foi? - Dani se aproximou e me abraçou. - Problemas no paraíso?

- É basicamente isso. - Revirei os olhos e voltei para a sala, cumprimentando o resto do pessoal.

- O que houve amiga? - Questionou-me Marina.

- É, vocês estavam tão bem. - Acrescentou Lea.

- Ah, a gente tem brigado por umas coisas muito bobas. - Comecei, sentando-me ao lado da Mari. - Semana passada, depois da balada e antes de eu ir pro Dani, a gente brigou por causa de uma menina que deu em cima de mim enquanto a gente estava lá.

- Ué, mas só por isso? Você não fez nada. - Naya me defendeu.

- Então, mas ela chegou bem na hora que a menina tentou me beijar, e daí ela já concluiu que eu estava dando confiança pra garota.

- Aí é foda. - Isa se pronunciou. - Mas se você disse que não fez nada, já deveria ser o suficiente.

- Não, mas eu até a entendo. - Protestou Lea. - Porque, eu nunca falei isso pra Naya, mas nas primeiras semanas depois que ela já tinha me pedido em namoro, eu tive um pouco de medo. Porra, todo mundo aqui é prova viva de como a Naya era antes, então o meu medo era normal. - Enquanto isso, Naya fazia um carinho na coxa dela. - Mas não demorou para que ela se mostrasse completamente fiel ao sentimento que tem por mim e eu enxergasse isso. Foi muito fácil confiar nela, o problema era todo comigo com medo de ela achar outra garota mais bonita em cada esquina.

- Se não tivesse ninguém aqui eu transaria com você bem agora. - Naya a interrompeu. - Tu consegue ficar ainda mais linda falando essas coisas.

Lea deu um tapa em seu ombro.

- Amor! - Repreendeu-a

- Ei, nos poupe das suas atividades lesbiônicas, por favor! - Intrometeu-se Marcus, fazendo todos rirem.

- Mas Lea, é exatamente isso! - Eu disse. - Poxa, no domingo eu fiz uma declaração pra ela, dizendo que eu nunca encontrei ninguém igual a ela e, muito menos, procurarei outro alguém. Dei um violoncelo de presente para ela, já que era seu aniversário e, na terça, já voltamos no mesmo assunto, só que numa situação diferente.

- Qual situação? - Perguntou o Dani.

- Minha mãe nos convidou para jantar na casa do meu pai e nós fomos, mas advinhem quem estava lá… - Fiz uma pausa.

- Se eu disser “Valentina”, estarei delirando demais? - Isa se pronunciou.

- Claro que sim,né! - Mari logo foi do contra. - É mais fácil ser a Sofia.

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