49 - Não é fácil ficar longe.

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Quando chegamos, Naya e Lea já estavam lá e o Dani chegou instantes depois de nós, com as meninas. Logo apresentei Derek, Helena e Daiana para o resto do pessoal e todos os receberam muito bem. Então entramos na casa.

– O primeiro que dormir hoje vai ser acordado e obrigado a pagar uma bela consequência, hein. – Anunciou Marcus, seguidos de alguns gritinhos e risadas nossos. – E isso serve pros novatos também.

– Se eu soubesse dessa brincadeira, nem teria vindo. – Indagou Derek. – Serei o primeiro a perder. 

– Ah, relaxa, eu garanto que não vou te deixar dormir. – Marcus pôs um braço em volta de seu pescoço. – Venham, novatos, vou mostrar a casa pra vocês. – Ele foi andando na frente, agarrado com Derek e as meninas foram atrás.

Enquanto isso, eu e meus amigos que ali sobraram trocávamos olhares e ríamos; a gente sabia que Marcus iria tentar ficar com Derek até ter total certeza de que ele é 100% hétero.

Após termos arrumado nossas coisas, dei a ideia de irmos ao mercado comprar comida para passarmos os dias e, por sorte, havia um ali perto que fechava apenas uma da manhã. Como eu, Isa, Daniel e Marcus ficamos responsáveis por cozinhar, nós escolhemos a maioria das coisas, mas é óbvio que também colocamos algumas porcarias como salgadinhos e doces dentro do carrinho.

Voltamos para a casa e, imediatamente, ligamos o som no último volume, ao mesmo tempo que Naya e Mari traziam as bebidas para a sala.

– Um brinde a Sarah! – Marcus levantou um copo uma bebida e todos o acompanharam. – E que ela volte a ser piranha porque ser o único a sustentar esse posto nesse grupo não é fácil. 

Todos caímos na gargalhada e, em seguida, bebemos num único gole o líquido em nossos copos. Não lembrava da última vez que havia tomado um porre, logo, resolvi aproveitar; alguma coisa tinha que me fazer esquecer daquela ruiva.

Em algum momento em que estava observando o pessoal, Valentina se aproximou.

– Tá tudo bem, mocinha?

– Sim. – Dei um sorriso. – Só estava pensando numas coisas.

– Sei… coisas ou pessoas? – Ela arqueou uma de suas sobrancelhas.

– Ah, cala a boca. – Dei um empurrãozinho em seu ombro e nós rimos.

– Posso ser bem direta com você agora? – Eu assenti. – Tu ficaria chateada se eu ficasse com a Helena hoje?

A pergunta me pegou de surpresa. Não imaginava que a Val tinha tanta consideração assim pelo o que nós vivemos. Afinal, apesar de não termos namorado, o sentimento que costumávamos ter uma pela outra era bem forte.

– Não, sua boba. Pode ficar.

– Tudo bem. Só perguntei porque gosto muito de você e, mesmo que já faça um tempo desde que “terminamos” não queria te deixar mais mal ainda.

E eu queria que a Serena tivesse me falado isso antes de ir atrás de outra pessoa.” Pensei, mas afastei o pensamento o mais rápido possível.

Abracei Valentina e a mesma me envolveu em seus braços.

– Você é muito fofa. Obrigada por sempre ter sido tão boa pra mim.

– Imagina. Conte comigo sempre, okay? E nada de ficar aí no canto tristinha. – Concordei com a cabeça. – Agora posso te pedir um favor?

– Pode. – A soltei.

– Descubra se a Helena é hétero, por favor.

Soltei uma gargalhada.

– Tá bom, mas vai ter que esperar.

Um só coraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora