MEU PECADO 🔞 Trilogia BAILE DE MÁSCARAS 1

Medo

Grazi vai viajar amanhã e fomos convidados para um jantar em sua casa hoje.

Fomos recebidos com muito carinho. Jogado no sofá sorri ao ver os três casais que ali estavam.

Thiago pode até querer negar. Porém, seus olhos mudam cada vez que Grazi fala alguma coisa ou sorri.

Thomas não é diferente, cada olhar de Júlia derrete meu maninho, que sempre a olha sorrindo.

A felicidade que sinto é completa ao ver que meus irmãos também estão amando, mesmo Thiago lutando contra isso.

Papai vai realmente enlouquecer quando descobrir que todas as suas noras são lindas mulheres negras.

A lembrança do desafio me trás um desconforto e percebo que não posso deixar de falar urgentemente sobre isso com Becca.
Minha mulher vai ficar com muita raiva e isso até me amedronta um pouco. Porra! Quando passei a ser tão medroso?

E por todos os demônios, é Grazi quem chega perto da verdade quando após o jantar fala:

-Não sabia que os irmãos Parker eram chegados em um chocolate quente. -Fala ela dando uma risada.

-Thales e Thiago, eu não sei. Porém, Thomas sempre saiu com mulheres loiras. -Completa Júlia.

Becca que até o momento sorria parou e me olhou, o constrangimento estava estampado em meu rosto assim como no dos meus irmãos.

-Realmente eu não tinha pensado em tamanha coincidência. -Falou olhando minha alma. -O mais curioso é que nunca antes eu tinha visto nenhum dos três com mulheres negras.

O olhar dela não sai do meu e pelo silêncio no recinto, imagino que meus irmãos estão na mesma situação.

Não sei eles. Entretanto, eu preciso falar com minha mulher.

-Vamos amor, estou cansado. -Falei tentando ser sutil.

-Calma amor, acabamos de jantar, uns minutinhos a mais não vai fazer diferença. -Fala irônica.

-Vai sim, vamos agora por favor. -Falei me levantando e cruzando os braços.

Thomas aproveita o momento e faz o mesmo. Juntos deixamos o apartamento de Grazi com um Thiago bem aflito lá dentro.

No caminho para casa ela passou todo o momento me olhando e eu, nem saliva engolia.

Estacionei clamando aos deuses que ela não me colocasse para correr depois do que eu revelaria. Ou melhor confirmaria.

Assim que o carro parou ela desceu sem me esperar abrir a porta, apressado à segui.

Em casa ela me deu passagem segurando a porta. Para ganhar tempo ou criar coragem, fui até a cozinha beber água. Demorei o máximo que pude e na volta ela estava parada no mesmo lugar. Seu olhar parecia decepcionado e eu sabia que não adiantaria tentar enrolar.

-Senta amor, vamos conversar.

-Primeiro me responda uma coisinha.
Isso foi algum tipo de aposta?

-Não.

-Então qual foi do B.O?

-Senta amor.

-Estou bem dê pé.

Andei em sua direção e ela deu um passo à trás.

-Não posso te tocar? -Perguntei com carinha de cachorro que caiu da mudança.

-Descobriremos depois que você me contar o que tem por trás disso.

Coloquei as mãos no bolso e novamente dei um passo em sua direção.