[...]
- É um delicioso prazer revê-la, amore.- Ele sussurou em meu ouvido.
Sinto minhas pernas bambas apenas ao ouvir sua voz rouca tão próxima a mim. Luto contra a vontade de mandar tudo para os ares e beija-lo como se não houvesse amanhã. E tento me manter firmemente com os pés no chão, não esquecendo que os nossos caminhos já não são os mesmos.
- O que está fazendo aqui?- Empurro-o para longe de mim.
Afastei-me o máximo que pude, ele agora era um homem praticamente casado e não era certo estarmos tão perto.
- Apenas mostrando para o meu coração que você já não é a mesma.- Ele não sorriu, não se mostrou triste ou afetado.
Fellipo definitivamente havia mudado e eu não o reconhecia mais.
- Como poderia ser a mesma?- Era impossível.
Os acontecimentos de tudo que aconteceu conosco havia me transformado no que sou hoje, a vida não havia sido fácil e eu convivia com as consequências diariamente. A minha mente não deixava eu esquecer por se quer um minuto, eu relembrava tudo a cada instante.
- Responda-me.
O silêncio era sepulcral, o barulho da noite era a nossa trilha sonora e eu nunca quis tanto fugir de Fellipo como agora.
- Você não foi a única que sofreu, Lora.- Ele jogou aquilo, me fazendo parecer a vilã da história.
- Nunca disse isso.- O olhei demonstrando toda a dor que sentia.
- Você fugiu quando eu lhe implorei para ficar.- Fellipo disparou.
Em seu olhar passeava a raiva e o ressentimento. Ele não havia superado, assim como eu. E tudo aquilo era prejudicial a nossa vida.
- E-eu não podia ficar...- Senti as primeiras lágrimas molharem o meu rosto.
- Você podia.- Ele gritou com ódio.
- Você não entende era o meu corpo, minha dor.- Sussurro baixinho.
Aquela conversa não parecia que teria um fim, era desgastante e não nos levaria a lugar nenhum. Só previa que nos machucaria ainda mais.
Ele se aproximou de mim, elevou sua mão até meu rosto e o acariciou carinhosamente.
- Eu teria beijado cada pedacinho de seu corpo até que ele estivesse curado.- Fellipo me fez sorrir genuinamente.
Suas palavras aqueceram o meu coração, nossos olhares se conectaram e algo nos puxava um para o outro.
Era uma droga amar alguém, pois não importava o que um fizesse pro outro nós sempre estaríamos ligados de alguma forma.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Proibida Paixão - Leis da Máfia (Livro īī)
Romance2ª lei - Não se apaixonar pelo fruto proibido. Lora Bertholdi é a rebeldia em pessoa, feminista todos os dias da semana e apaixonada em uma grande confusão. Fellipo Barone é o típico badboy malvado, ótimo conselheiro e admirador de motos e...