O silêncio reinava naquele lugar, eu era a única naquela casa que permanecia trancafiada. Sentia-me sozinha, ao mesmo tempo doente.Queria de todo modo sair dessa casa e retomar a minha vida, com autenticidade e finalmente me ver livre de Heitor.
Um barulho alto de motor é ouvido ao longe, corro até a minha janela e consigo ver um 4×4 se aproximando.
Curiosa saio do meu quarto aos tropeços e logo já estou do lado de fora em busca de saber quem estaria por ali.
O carro é estacionado, os vidros escuros me impedem de ver qualquer coisa além e o que me resta é esperar.
Estou parecendo uma "capial" do mato, não posso ouvir ou ver nada que me surpreendo.
Meus olhos brilham em felicidade ao ver Lorenzo saindo daquele carro, vou rapidamente em sua direção em busca de uma abraço acolhedor.
Ele me rodopia, me levantando do chão e me tirando risadas altas.
— Achei que tivesse me esquecido.- Digo mais aliviada.
— Jamais esqueço a família.- Ele fala sorridente.
E a família que ele fala são as pessoas que Lorenzo verdadeiramente ama.
— Como estão os meus sobrinhos?- Pergunto morrendo de saudades daquelas lindas criaturinhas.
— Agitados, como sempre...
Rio de seu suspiro longo, ele falava dessa forma de seus filhos, mas era o melhor pai que ambos poderiam ter.
Lorenzo era muito melhor pai do que o nosso foi para nós.
— Precisamos ter uma conversa, Lora...- Seu tom mudou. — ... É algo importante e que vai te tirar daqui.- Ele afirmou.
— Seja lá o que você planeja, te agradeço por ser do tipo de fratello que se importa.- Sorrio carinhosamente para ele.
Entramos na casa e subimos para o andar de cima. Magda havia saído para a feira, Giuseppe estava a acompanhando e Matteo estava por aí paquerando mais mulheres.
Do lado de fora só sobrara os seguranças, os mesmos que não entravam na casa de forma nenhuma.
Sentamos em minha cama, minhas mãos suavam em ansiedade e tudo o que eu mais queria era sair daqui.
— O que pretende fazer?- Pergunto.
— Como havia dito pretendo te tirar daqui, mas pra isso acontecer precisarei arrumar aliados que possam me ajudar a tirar Heitor do conselho da Nostra Onore.- Ele explicou, fazendo minhas ideias clarearem.
— Então o plano é tirar o poder de Heitor?
— Basicamente, sem poder ele não poderá fazer nada para me impedir de te tirar daqui.- Lorenzo me deu esperanças.
— E como fará isso?
— Irei enrolar o máximo para que não ocorra esse casamento que Heitor arrumou para você. Nesse tempo tentarei convencer algumas pessoas influentes e realizarei um tipo de assembléia para tira-lo do poder.- Lorenzo era ardiloso.
Estava crente de que tudo daria certo.
— Eu peço para que não confie em ninguém nesse tempo, apenas em mim e em Fellipo.- Paraliso em meu lugar.
— Fellipo está envolvido em toda essa maluquice?- Pergunto aflita.
Tudo era muito arriscado e tinha a certeza que Fellipo estava lotado de problemas até o pescoço.
— Completamente.- Lorenzo afirmou.
Tento me controlar o máximo para não sorrir como uma boba, Fellipo sempre me surpreende.
— Ele está com problemas, mas eu poderei ajuda-lo melhor se tirar Heitor do poder que ainda lhe resta.- Lorenzo deixou claro.
O plano parecia bom e se fosse bem executado nos traria ótimos frutos.
— Peço que haja normalmente para não levantar suspeitas, pois o que vou te pedir requer todo o cuidado do mundo.- Franzi o cenho intrigada.
Seja lá o que fosse eu teria todo o cuidado.
— Fellipo está escondido provisoriamente em uma cabana aqui perto e ele vai precisar que alguém leve comida para ele.
Somente com essas palavras eu já pude entender tudo.
— Eu não posso ficar indo e voltando, pois levantaria suspeitas.- Lorenzo fala. — Queria te pedir pra ir levar comida por mim para Fellipo, lhe darei a localização certa e darei um jeito de comprarem comida a mais para que não haja suspeitas... O que me diz?
Eu sabia que não havia tempo de pensar, eu só precisaria confiar em Lorenzo e de quebra ajudar Fellipo.
— Levarei a comida para ele, mas até quando?- Era necessário saber quanto tempo ficaríamos dessa forma.
— Tentarei resolver tudo em dois meses, nada mais que isso.- Lorenzo afirma.
— Grazie.- O abraço forte.
Era bom ter alguém conhecido por perto e não se sentir tão só ao menos por um segundo.
— Fique bem, Lora.- Nos afastamos. — Eu preciso ir, mas volto quando puder com boas notícias.- Ele beija o meu rosto.
E o levo até o lado de fora, uma garoa fina começava a cair.
— Avise a mamma que estou com saudades e mande um abraço para os meus lindos sobrinhos.- Acenei em despedida.
Lorenzo me deixou um mapa, o qual eu escondi rapidamente. O mesmo dava a localização de Fellipo que teria que visitar muito em breve.
Lorenzo se despede pela última vez e manobra o carro sumindo pela estrada deserta.
Agora era tudo ou nada e o plano não poderia falhar, caso contrário a maior atingida seria eu mesma.
Sentia meu coração miúdo, pois voltaria a conviver com Fellipo.
Não sabia o que seria do meu coração, mas esperava que tudo desse certo no final.
Assim como em um romance açucarado ou em um clássico de contos de fada.
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Fellipo e Lora juntos em um cabana, isso não vai prestar 😏.
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Proibida Paixão - Leis da Máfia (Livro īī)
Romance2ª lei - Não se apaixonar pelo fruto proibido. Lora Bertholdi é a rebeldia em pessoa, feminista todos os dias da semana e apaixonada em uma grande confusão. Fellipo Barone é o típico badboy malvado, ótimo conselheiro e admirador de motos e...