Olá, queridas leitoras!
Antes de começarmos o capítulo, gostaria de pedir desculpas pela demora ao atualizar o livro. Porém há tanta coisa acontecendo em minha vida que precisei dar uma pausa na minha face de escritora.
Para algumas leitoras, eu estou voltando com tudo, não se preocupem rsrs.
E por último, espero que estejam conseguindo acompanhar a história, mesmo com as memórias do passado invadindo até mesmo um capítulo inteiro.
Obrigado, minhas lindas! E não desistam de mim e dessa série de livros fantástica.
Bora para o capítulo!
LORA BERTHOLDI
Olhava para a luz branca como se fosse a coisa mais interessante que existisse, porém a dor que me consumia era inexplicável e eu tentava maquia-lá. Já não havia lágrimas para chorar, não havia vasos para serem jogados a parede e não havia Fellipo para me abraçar dizendo "te amo".
Eu nem sabia ao certo o que houve com Fellipo depois de tudo. Apenas o meu bebê ocupava minha mente.
Eu o havia perdido, havia perdido meu bebê. E o pior de tudo, era que eu não poderia mais ter filhos, eu era uma mulher estéril agora. E tudo porque furaram o meu útero no procedimento de raspagem.
Tudo era tão cruel e injusto.
Eu queria tanto o meu bebê, mas tanto que chegava a doer. Heitor havia matado o próprio neto, de uma forma ou de outra.
Ouvi a porta se abrir, porém não me dignei a olhar para a mesma. Apenas senti o perfume doce de mamma e suas mãos macias a acarinhar os meus cabelos.
— Ele está bem?- Sussurei fracamente.
E mamma sabia muito bem de quem falava, minha preocupação era nítida.
— Não se preocupe, bambina.- Ela beijou meu rosto. — Lorenzo não deixará nada acontecer com ele.
Lorenzo e Fellipo eram grandes amigos desde crianças e sabia que no meu fratello eu poderia confiar.
— E você Lora, como está se sentindo?- Deu-me um sorriso acolhedor.
Mamma estava preocupada, as olheiras escuras abaixo de seus olhos a entregavam e eu me sentia culpada por isso. Ela sempre fora uma boa mãe, apesar dos pesares.
— Acho que bem.- Tentei sorrir, mas falhei miseravelmente.
O clima não era dos melhores.
— Eu não deixarei que nada nesse mundo roube teu brilho, bambina.- Ela me abraçou com todo amor.
E naquele momento me senti amada, como nunca.
Eu não sabia ao certo qual seria meu destino agora, mas no momento isso era o que menos importava. Haviam muitas outras coisas em jogo.
E a vida de alguém que eu amava sem medidas estava em julgamento. Era tudo ou nada.
[...]
.. Dias Atuais ...
Lucca era um maldito doente, pois ele olhava para todo aquele circo que montou com devoção e um sorriso vencedor nos lábios. Fellipo estava ao sofá oposto, ainda desacordado e dessa vez todo amarrado.
Estávamos perdidos.
E como se não bastasse tudo aquilo, havia uma maldita bomba com minutos contados para explodir.
— Tic...tac...tic...tac.- Lucca soltou uma gargalhada assustadora.
Ele era maluco, totalmente.
— Dessa vez não terá os felizes para sempre.- Ele segurou o meu rosto pelo queixo. — A mocinha não vai ser feliz com o príncipe encantado.- Seu sorriso era de escárnio.
E eu já rezava baixinho.
— Eu vejo medo nos seus olhos e acredite eu gosto deles dessa forma.- Ele suavemente passou um pequeno canivete em meu braço, cortando-o.
Gritei pelo ador que aquilo me causava.
Lucca riu, como um louco.
— Por que disso tudo?- Tive forças para perguntar.
As lágrimas já rolavam pelo meu rosto.
— Vendetta.- Ele sussurou.
E tudo fazia ainda mais sentido, ele não havia feito sua vingança. Fellipo havia escapado da maledetta vendetta e agora Lucca queria cobrar o que não teve.
— Agora eu preciso ir, amor.- Ele sorriu. — Até nunca mais!
E assim ele saiu pela porta, deixando o barulho ensurdecedor da bomba no ambiente.
Eu precisava lutar de alguma forma.
Olhei ao meu redor tentando achar algo que arrebentasse aquelas cordas, até que vi o pequeno canivete ao chão. Lucca havia deixado cair e essa era a minha grande chance.
Ao lado de fora podia ouvir os tiros que eram disparados, uma grande batalha estava ocorrendo lá fora.
Temia por eles, mas no momento eu precisava me salvar e salvar Fellipo que ainda estava desacordado.
Arrastando o meu corpo da forma que consegui tentei pegar o canivete, porém aquilo era mais difícil que imaginava.
Tic...tac...
Aquele som irritante ainda estava ali apenas para me deixar ainda mais nervosa. Ele havia programado a bomba para explodir em 1 hora exatamente, mas não sabia quantos minutos já haviam passado.
Com muito esforço, peguei o canivete com as pontas de meus dedos e tentei cortar a corda que me prendia. As cordas que amarravam meus pés eram as primeiras, porém eram resistentes e tinham um nó de marinheiro muito bem feito.
Meu desespero e medo apenas me atrapalhavam, tentei olhar para a maldita bomba que até mesmo cronometrava o tempo e a mesma marcava 10 minutos.
Estava perdida, totalmente.
Soava frio e um tremelique chato apenas me fazia mais lerda. Porém após algum tempo tentando consegui desfazer o nó que amarravam os meus pés e os da minha mão achei na escada a minha salvação, a mesma tinha uma ponta afiada e que me ajudaria.
Tic...tac...
Corri rapidamente e logo a corda estava roendo diante aos meus olhos, até que finalmente estava livre.
Não houve tempo para comemorações, não quando a bomba já marca 2 minutos.
Eu tinha 2 minutos para salvar o amor da minha vida.
Mais rápido ainda voltei para onde Fellipo estava e enquanto cortava as malditas cordas o chamava desesperada.
— Fellipo, por favor acorda!- Gritava sem parar.
Os segundos passavam tortuosos, porém nada de Fellipo acordar.
As cordas já estava longe de seu corpo, mas eu não conseguiria carrega-lo.
Ele era pesado demais, mas eu teria que tentar.
Tic...tac...
O peguei da forma que pude e logo senti o peso do seu corpo pesar em meus passos quase que lerdos.
Faltavam 60 segundos.
Era tudo ou nada.
Não poderíamos acabar assim, não depois de tudo.
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Proibida Paixão - Leis da Máfia (Livro īī)
Romance2ª lei - Não se apaixonar pelo fruto proibido. Lora Bertholdi é a rebeldia em pessoa, feminista todos os dias da semana e apaixonada em uma grande confusão. Fellipo Barone é o típico badboy malvado, ótimo conselheiro e admirador de motos e...