LORA BERTHOLDI
Aquela mesa parecia pequena demais para mim, não gostava da ideia de ter Lucca tão perto e não poder correr para bem longe.
Patricia e Heitor estavam sentados no lado oposto e estavam absorvidos em uma conversa. Enquanto a mim mexia no prato sem a mínima vontade de comer, tudo era indigesto no momento.
— Ninguém morreu ainda para você estar com essa cara de velório, Lora.
Ele era um desgraçado. E aquele ainda era a previsão de algo nada bom.
— Tem razão, até porque quando você morrer eu não estarei com cara de velório.- Dou um sorriso amplo, apenas para o provocar.
Ele jamais me teria, não mesmo.
Lucca riu, gargalhou e eu não podia entender o que tanto tinha graça.
— Não se iluda, meu amor.- Ele desliza seu dedo por minha face. — Se eu morrer, te levarei junto.- Sussurra apenas para mim ouvir.
Poderia parecer loucura ou até que ele não seria capaz disso. Porém ele era capaz de tudo isso e mais um pouco.
— Pra mim já deu por essa noite.- Levantei-me determinada.
Porém meu braço foi segurado com força.
— Não ouse sair daqui, não irá me fazer passar vergonha.- Lucca esbravejou baixo, porém prepotente.
— E por que te obedeceria?- Retruquei.
Uma coisa que não possuía era freio na língua, nunca tive e não seria agora que começaria a tê-lo.
— Acho que não deseja a cabeça de Fellipo em uma bandeja, estou errado?- Ele sorriu.
Sabendo o meu ponto fraco e que me faria fazer todas as suas vontades.
Maldito.
— Não.
Sento totalmente irada à mesa e mal olho para os convidados. Aquilo era insuportável e o momento seguinte apenas piorou todo aquele teatro barato.
Lucca bateu com o talher sobre a taça cristalina chamando a atenção de todos. Eu não queria acreditar que aquilo estava a acontecer, mas infelizmente era a realidade do momento.
— Peço a atenção de todos!- Imediatamente as vozes cessaram.
O desgraçado sempre fora imponente, nunca gostou de ser contrariado e se achava o rei de tudo. Ele tinha conquistado um grande lugar na máfia russa, um poder que antes não tinha e até mesmo a preferência de Heitor, algo que poucos conseguiam.
Porém isso não era admirável, ele não passava de um homem louco e que não media as consequências de seus atos mais insanos.
Ele era a personificação do próprio demônio encarnado e ninguém deveria estar feliz em ser o seu alvo.
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Proibida Paixão - Leis da Máfia (Livro īī)
Romance2ª lei - Não se apaixonar pelo fruto proibido. Lora Bertholdi é a rebeldia em pessoa, feminista todos os dias da semana e apaixonada em uma grande confusão. Fellipo Barone é o típico badboy malvado, ótimo conselheiro e admirador de motos e...