LORA BERTHOLDI
A cor vermelha nunca havia me caído tão bem como naquele momento, estava impecável e com um sorriso que iluminava todo o meu rosto. Mesmo que meu coração estivesse dividido, o fato de Heitor finalmente ir parar atrás das grades era extremamente recompensador. Faltava muito pouco, poucas horas e o meu maior problema seria resolvido.
Bryan havia me passado algumas instruções e até um ponto de comunicação estava usando, me sentia em um filme de ação e estava gostando daquela coisa.
Quem sabe não entraria para esse negócio todo, estava realmente gostando.
— Está avistando o alvo?- Pude ouvir Bryan pelo ponto.
— Sim, a minha direita ao lado de mamma.- Respondi disfarçadamente enquanto sorria para Violetta.
Ninguém me esperava por aqui, minha entrada triunfal havia demonstrado isso, porém eu era da famiglia.
Fellipo já estava no altar, com uma cara séria e distante, o verdadeiro mafioso que ele era. Virgínia ao seu lado o paparicando e quando seu olhar cruzou ao meu demonstrou um sorriso vitorioso, afinal o filho casaria com a nora dos sonhos.
Megera.
— Está tudo bem, filha?- Mamma perguntou apenas para que eu ouvisse.
— Tudo ótimo, mamma...por que não estaria?- Sorri tentando convencer até mim mesmo.
Eu só queria sumir, mas não poderia, não agora pelo menos.
— Você não me engana.- Ela sorriu para mim com pena.
Não era nenhum pouco legal estar prestes a ver o seu homem casar com outra, mas Fellipo se quer lembrava de mim. Não havia como obriga-lo a ficar comigo, mesmo que essa fosse a minha vontade.
Logo a maldita marcha nupcial foi ouvida, havia algo mais prega que isso? Não, não havia. Inclusive a noiva, que parecia sorrir até para o vento, finalmente ela havia conseguido. Após anos de luta tentando roubar Fellipo, ela havia conseguido, de maneira facilitada pela megera mor.
Ela foi recebida por Fellipo que a ajudou a subir no altar, ambos ficaram um ao lado do outro em frente ao padre que já recitava as primeiras palavras da cerimônia.
Em nenhum momento Fellipo havia me olhado, ele se quer se importava.
Doía, mas era a realidade.
— Em 5 minutos entraremos, se prepare.
Concordei discretamente.
Ouvia as palavras do padre, mesmo estando longe, poderia ser eu no lugar de Giordana, mas nada parecia contribuir e talvez eu nem quisesse um casamento, nunca havia sonhado com esse tipo de coisa. Ser do lar não era algo que eu almejava para mim, nunca foi.
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Proibida Paixão - Leis da Máfia (Livro īī)
Romance2ª lei - Não se apaixonar pelo fruto proibido. Lora Bertholdi é a rebeldia em pessoa, feminista todos os dias da semana e apaixonada em uma grande confusão. Fellipo Barone é o típico badboy malvado, ótimo conselheiro e admirador de motos e...