16. Um pacote de pipocas?

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LORA BERTHOLDI

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LORA BERTHOLDI

    
         Moscou era uma bela cidade, rodeada de construções grandiosas e que lembravam de seus antigos Czares. Um lugar frio, assim como homem que eu estava sendo destinada a casar nesse momento.

Algumas horas haviam se passado desde o momento em que cheguei em terras russas e não estava nenhum um pouco contente. Estava em uma casa grandiosa, com luxo espalhado em cada detalhe e era ali onde Lucca Montanari seguia o seu "reinado" perfeito.

Ele era um lunático, um homem que apesar de belo exteriormente não passava de uma alma feia.

Terminava os últimos detalhes do meu penteado, estava bonita, porém não estava feliz. Não ficaria enquanto não saísse desse pesadelo.

Sentia-me vazia, o brilho que tinha em meu olhar já havia sumido a algum tempo e a preocupação dessa história não ter um bom final me corroía.

— Está na hora, querida.- Mamma avisou.

Ela era a única que me apoiava, a única que sempre estava por mim. Porque quando se cresce em uma família da máfia, você não tem grandes escolhas e mamma fez com que eu conseguisse ter algumas.

— Ele está lá embaixo?- Tinha medo da resposta, mas sabia que seria afirmativa.

Ela balançou a cabeça confirmando e se aproximou de mim, pegando a minha mão em um gesto carinhoso.

— Tenha calma e haja naturalmente...- Mamma aconselhou. — ... Logo mais você não estará mais aqui.- Ela sorriu marota.

E um vinco se formou em minha testa.

— O que você está aprontando, dona Patrícia Bertholdi?- O meu tom era desconfiado, porém brincalhão.

Mamma não dava ponto sem nó, isto era fato.

— No momento exato você saberá.- Toda misteriosa respondeu. — Agora vamos, porque aquele ragazzo além de lunático é impaciente.- Ela falou com desprezo, me fazendo gargalhar.

Eu tinha a melhor mãe do mundo.

Mamma desceu por primeiro e eu logo em seguida, a minha expressão era séria e nada feliz. Não iria me fazer de noiva contente, ainda mais quando não estava ali por minha livre e espontânea vontade.

A sala estava sem os sofás e poltronas luxuosas da noite anterior, os mesmos foram substituídos por mesas e cadeiras, além de alguns objetos que remetiam um noivado. Tudo muito bem feito, porém totalmente a toa.

Nada daquilo era real.

Quando pisei no último degrau, meu braço foi segurado com firmeza e sentia olhares em cima daquela cena.

Lucca estava diante de mim com um sorriso de bom moço e um olhar tão frio quanto ele, aquilo não havia mudado.

O circo estava armado era fato e eu não iria ser a fera domada, não mesmo.

Proibida Paixão - Leis da Máfia (Livro īī)  Onde histórias criam vida. Descubra agora