26. Venda para o governo

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LORA BERTHOLDI

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LORA BERTHOLDI

    
         O barulho dos aparelhos era o único barulho presente naquele quarto de hospital, onde Fellipo estava em um sono profundo. Não sabia ao certo o que ele tinha, os médicos ainda não haviam me dado nenhuma resposta desde o momento em que chegamos e ainda me preocupava com Heitor talvez a espreita.

Lorenzo havia deixado alguns homens do lado de fora e contatado outros "amigos" para cuida-lo, estava ocorrendo uma mini guerra dentro da Nostra Onore, porém eu esperava que Heitor saísse com a pior.

Eu não deixaria que ele machucasse Fellipo, isso nunca.

Desperto dos meus pensamentos quando vejo Violetta entrar pela porta, ela era uma ótima cunhada e fazia o ogro do meu irmão feliz.

— Como você está, Lora?- Ela sorriu pra mim de modo acolhedor.

Quem a via tão serena, mal sabia o furacão que era e o que era capaz de fazer pela família. Essa era Italiana até o último fio de cabelo.

— Nada bem. Ele não acorda.- Olhei para Fellipo com pesar.

Ela se aproximou me dando um longo abraço e eu me permiti chorar por alguns minutos.

— Vamos descer para comer algo, você precisa ficar forte para quando ele acordar. Está bem?

Assenti com firmeza.

Eu devia isso a ele.

Em poucos minutos estávamos na ala do refeitório do hospital, nos sentamos em uma das mesas e pedimos um café.

— Como estão os meus sobrinhos lindos?

Estavam com muitas saudades dos dois, eu era a tia preferida, apesar de que única, mas ainda sim era a tia preferida.

— Brigando feito cão e gato, mas não se largam.- Rimos.

— Nada que seja pior que eu e Lorenzo quando pequenos, mamma tinha um trabalho intenso.

Sorri ao relembrar cada memória, eu e Lorenzo éramos umas pestes quando crianças.

— E Heitor...sabe algo?

Se tinha uma pessoa que não esconderia nada e me ajudaria esse alguém era Violetta.

— Ainda tramando contra o próprio filho e se achando dono do mundo. Ele está querendo a cabeça de Fellipo em uma bandeja, mas Lorenzo prometeu proteger o amigo.

Violetta explica o que não era nenhuma novidade.

— Me assusta esse silêncio repentino, sinto que ainda não acabou.

— E não acabou, Heitor não vai parar e todos sabem disso. O que mais me assusta nessa história é que ele não está nem aí se vai levar consigo a própria família por conta desses ideais ultrapassados da Nostra Onore.

Proibida Paixão - Leis da Máfia (Livro īī)  Onde histórias criam vida. Descubra agora