06. Tudo por ela, fratello.

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| FELLIPO BARONE |

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| FELLIPO BARONE |

Alguns dias haviam passado desde o meu noivado fracassado, havia sido afastado da máfia e esperava a reunião que se sucederia daqui dois dias. Era nessa mesma reunião que minha vida seria decidida.

Estava em meu apartamento no centro de Palermo e o isolamento era o meu maior aliado. Bebia mais um gole do Uísque, pensando em onde procurar Lora.

Ela havia ido passar férias em algum lugar segundo Heitor, mas eu não cai nesse seu papo mal explicado. E pedi um favor de um amigo para descobrir onde ela estava, não demoraria muito e eu iria ao seu encontro.

Queria ela para mim, como nunca.

Ela era a mulher da minha vida e não a perderia novamente.

O interfone toca e atendo um tempo depois, o porteiro se identifica dizendo que Lorenzo está subindo. Ele não precisava ter minha permissão para subir, já que o mesmo era o meu melhor amigo.

Ele mesmo abre a porta, com a chave que deixei para o mesmo. E logo me encontra em minha sala.

- Você está uma merda, fratello!- Ele se serviu do Uísque e se sentou em minha frente.

Aquilo era o mínimo da nossa cumplicidade, eram anos de uma amizade verdadeira.

- Não foi fácil me voltar contra a máfia, mesmo em algo tão insignificante.

Mas tudo valeria a pena se tivesse Lora ao meu lado.

- Sabe que tem o meu apoio, mas também sabe que os outros membros da famiglia caíram em cima de você.- Lorenzo falou aquilo que já esperava.

Deixo o meu copo vazio em cima da mesinha de centro e olho pro nada, preocupado.

- A Nostra Onore é importante pra mim, mas não mais que sua irmã.- Suspiro cansado de toda essa pressão.

— Você está disposto a largar tudo por ela?- Lorenzo perguntou, olhando pra mim seriamente.

— Quantas vezes for necessário.- Era a mais pura verdade.

— Acho que eu posso te ajudar...

Olhei-o sem entender, mas logo puder ver que tinha ao meu lado um amigo de verdade.

[...]

                    Havia voltado rapidamente do meu passeio mal sucedido sem que ninguém percebesse

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     Havia voltado rapidamente do meu passeio mal sucedido sem que ninguém percebesse. Giuseppe e Magda não poderia sonhar com minhas saídas frequentes, caso contrário estaria em mãos lençóis, se é que era possível. Estou na varanda a ler um romance de Jane Austen, a talentosa autora do livro Orgulho e Preconceito.


Como não se apaixonar por Darcy?

Sigo tão imersa na leitura que não percebo a aproximação de alguém que conheci pela manhã, de uma forma nada agradável. O homem nu como o apelidei internamente em minha cabeça está parado em minha frente, observando-me atentamente.

Levanto os meus olhos pra tal figura me perguntando como ele havia passado por tantos seguranças e ainda, como ele tinha tamanha audácia de se aproximar de mim.

— Achei que você vivesse nu para todos os lados.- Alfinetei.

Ele logo abriu um sorriso faceiro, como se tivesse um palhaço em sua frente.

— Para o seu desprazer eu não faço isso com frequência, a não ser em quatro paredes...- Sugeriu, me deixando chocada.

Não que eu fosse uma puritana, mas ele era demais até pra mim.

— Não se incomode comigo, eu não faço questão de nada.- Dispensei-o.

Antes que pudéssemos abrir nossas bocas para reiniciar uma discussão, Magda apareceu a trazer uma bandeja que foi ao chão quando vi a figura parada por ali.

Seus olhos brilharam de forma emocionada e estranhei.

Matteo, mio bambino.- Ela o abraçou apertado.

Eles se conheciam isso era certo, só me perguntava qual era o grau de parentesco. Nunca havia se quer ouvido falar do homem nu, que agora descubro ser chamado de Matteo.

Magda se afasta dele e limpa o rosto das lágrima de emoção que a tomaram.

— Esse é Matteo, meu sobrinho.-  Apresentou-o para mim.

Era por isso que eu o achava tão parecido com ele, os dois eram primos.

— É um prazer conhecê-la, senhorita.- Ele pegou minha mão e a beijou galante.

De nada se parecia com o cafajeste que havia se mostrado a mim.

— Sem se engraçar com Lora, bambino...- Magda advertiu. — Ela está noiva!- Não que eu quisesse me casar, mas tudo bem.

Matteo olhou pra mim com um sorriso demoníaco. E aproveitou sua tia estar distraída para se aproximar de mim.

— Quem sabe eu não posso fazer você mudar de ideia enquanto o casamento.- Ele sussurou atrevido.

O olhei irritada.

— Nem nos meus piores pesadelos.- Retruquei.

Eu não estava afim de viver nenhuma aventura, não quando eu se quer conseguia fazer as pazes com o meu próprio passado.

— Vou precisar subir pro meu quarto, nos vemos no almoço.- Falei tratando de fugir dali.

E daquele furacão chamado Matteo Montanari.

Só esperava que ele não ficasse muito tempo por ali, se não minha estadia por aqui não seria nem um pouco monótona.

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O que acha que Lorenzo e Fellipo irão fazer?

E esse Matteo, o que ele quer com Lora?

Confabulem, criem teorias, adorarei ler todas elas.

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Proibida Paixão - Leis da Máfia (Livro īī)  Onde histórias criam vida. Descubra agora