08. Bela Visão.

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                        Magda me fazia perguntas estranhas, como se tivesse a desconfiar de algo

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          Magda me fazia perguntas estranhas, como se tivesse a desconfiar de algo. Perguntou-me o que Lorenzo viera fazer aqui milhares de vezes e em todas elas dei a mesma resposta: " Ele veio apenas me visitar".

Agora mais do que nunca tinha a certeza que estava sendo constantemente vigiada e deveria achar o melhor horário para poder me embrenhar pela mata atrás da cabana que abriga Fellipo.

Como prometido Lorenzo já começava a mexer alguns "pauzinhos". Havia percebido uma cesta em meu quarto cheia de comida que daria por pelo menos uns três dias.

Estudava com atenção o mapa que Lorenzo havia me dado e tinha uma breve noção de onde a cabana se localizava. Era perto do rio que cortava nossas terras com as terras vizinhas, a cabana ficava escondida em meio às árvores que tinham por ali.

Por precaução coloquei a cela do  cavalo e deixei o estábulo aberto enquanto fazia minha caminhada pela tarde. Observei a troca de horários e as pausas dos seguranças pela propriedade e principalmente observei quais eram os horários que Magda e Giuseppe iam dormir.

Matteo estava o dia inteiro fora, nenhum sinal dele e esperava que continuasse assim até que eu fosse e voltasse da cabana.

Sem que possa me prevenir a porta é aberta e trato de esconder o mapa embaixo do travesseiro em meu colo.

Magda me olha estranhamente, mas para a minha sorte ela não havia visto nada que pudesse me colocar me maus lençóis.

— Algum problema, Magda?- Pergunto, fazendo a maior cara de paisagem.

— Nenhum.- Ela observa ao redor e para os seus olhos de águia em mim.

Sinto-me como se estivesse sendo estudada e investigada. Não gosto de nenhuma das duas coisas, minha vida estava realmente complicada.

— Apenas gostaria de saber se deseja algo?- Magda perguntou.

— Não, estou bem.

— Irei então me recolher... tenha uma boa noite, bambina.-  Ela se despediu, fechando a porta atrás de si.

Esperei cerca de meia hora até me levantar da cama para poder seguir com o meu plano. Achei uma mochila no armário e nela coloquei toda a comida que pude, juntamente com o mapa e uma lanterna para iluminar o caminho.

Tranquei a porta e fiz um corpo de travesseiros por debaixo da coberta, isso me relembrava de minhas fugas na adolescência. Não poderia dar o mole de sair pela porta da frente, minha melhor opção era a janela do quarto que dormia.

A sacada dava exatamente para os fundos da casa e longe dos olhos dos seguranças que agora faziam uma breve pausa.

Usei o galho grosso da árvore como escada e agradeci por ter sido tão peralta na infância. Corro para o estábulo e pego o cavalo tentando fazer o mínimo de barulho.

Para a minha sorte o estábulo ficava em direção que deveria seguir para encontrar a cabana. Ando puxando o cavalo por alguns minutos, até que já não vejo mais a casa principal.

Monto no cavalo e logo o mesmo está seguindo a galope. O caminho é aberto, porém ao chegar no rio preciso deixá-lo amarrado em uma árvore. A ponte que me levará pro outro lado é estreita e está caindo aos pedaços.

Um tanto medrosa passo calmamente pelas tábuas que rangem a cada passo que dou. Respiro aliviada quando chego ao outro lado e sigo o meu caminho.

Adentro a pequena mata desconhecida por mim, rezando para que todas aquelas coordenadas estivessem certas. Estou ofegante em poucos minutos, mas logo avisto uma cabana de madeira no meio de todo aquele mato.

Finalmente havia achado o meu destino.

O lugar parecia ter sido abandonado a anos. Não era os dos mais bonitos por fora, porém para um "fugitivo" era a melhor opção.

Vou me aproximando cautelosamente e não sei se devo bater na porta ou simplesmente entrar de uma vez. A segunda opção me agrada mais, já que  bater na porta seria estranho nesse caso.

Abro a porta e adentro o lugar. O lado de dentro está um pouco mais conservado do que o de fora. Deixo a mochila com a comida em cima da mesa e estranho não encontrar Fellipo por ali.

Chamo o seu nome algumas vezes, porém apenas o barulho dos grilos são ouvidos por mim. Não há se quer um objeto que mostre que Fellipo está vivendo naquela cabana. Ele era esperto e sabia como despistar, disso eu sabia bem.

Exploro um pouco os três cômodos da cabana e acho uma porta na cozinha que dá para os fundos do lugar. Surpreendo-me em ver uma cachoeira tão bonita e uma cena que não esperava ver.

Fellipo estava dentro da água, se banhando despreocupadamente como se ele fizesse parte daquele lugar. Ele está selvagem, um verdadeiro homem da selva.

Ele ainda não me viu, estou parada no mesmo lugar e sinto minhas bochechas ficarem vermelhas com a cena que se passa em minha frente.

Fellipo está saindo das águas como um modelo em uma propaganda publicitária, ele passa as mãos nos cabelos demoradamente e já fora da cachoeira fixa o seu olhar no meu.

Era tolice achar que ele não havia notado minha presença, pois ele sempre sabia quando qualquer pessoa estava por perto. O mesmo era um mafioso, sempre precisava estar atento.

Eu me controlava para não olhar demasiado para o seu membro que parecia muito bem acordado. Ele não parecia envergonhado e ainda teve a audácia de abrir o seu sorriso cafajeste.

Sua marca registrada.

Ele pegou uma toalha que estava em cima de uma pedra e a enrolou finalmente na cintura. Fazendo com que eu soltasse o ar que eu nem sabia que estava segurando.

Fellipo se aproxima como um predador, confesso estar tremendo por dentro e tenha a certeza que não é de medo.

Talvez eu vá pro inferno, mas irei com gosto se a causa for Fellipo.

Não consigo me entender, em um dia não quero nem ouvir Fellipo, no outro estou parecendo uma ninfomaníaca louca por ele.

Ele para a poucos centímetros de mim, estuda todo o meu corpo mal coberto e ergue o meu queixo com sua mão.

— Estava te esperando ansiosamente, piralha.-  Ele falou, acariciando o meu rosto cuidadosamente.

Eu estava ferrada, isso era certo e nunca esse pensamento me agradou tanto.

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As coisas irão pegar fogo🔥no próximo capítulo, chama o bombeiro para apagar tudo com sua mangueira rsrs.

Brincadeiras a parte, me digam o que acham que essas saídas até a cabana vão proporcionar ao nosso casal? Comentem muito.

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Proibida Paixão - Leis da Máfia (Livro īī)  Onde histórias criam vida. Descubra agora