61: mi-ahn-hae-yo

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No final da tarde Jin estava desatento e distraído com os próprios pensamentos quando Hoseok o chamou algumas vezes até que fosse visto, e se levantou. Diversas coisas ainda corriam em sua cabeça quando lembrava quanto tempo precisou estar internado, receoso que Jungkook tivesse de fazer o mesmo. Então não queria mais entrar no quarto, mesmo que os outros o tivessem feito, e parado no corredor Hoseok afirmava que a saúde do outro estava boa e poderia entrar.

Um passo dentro do quarto e pode ver Jungkook sorrir d espreita ao lhe olhar de volta jurando estar bem, fazendo o coração acelerado bater ainda mais forte ao dar um segundo passo.

— Jin, eu estou bem. Você me salvou! — garantiu Jungkook em agradecimento.

Sorriu de volta sem perceber, correndo para abraçá-lo sem notar que seus olhos se derramavam pela felicidade extrema que sentia, deitando-se sem se importar se caberiam ou não, encarando-o ainda com um sorriso.

— Você está bem, 'Kook! Você está bem! Bem! — Jin falou.

— É, eu estou bem. E hoje saímos daqui. — afirmou Jungkook.

— N-não. Appa não pode vir. Se sairmos ele vai... Não!

— Jin, seu padrasto está com a polícia. Não pode nos machucar. — Hoseok lembrou-o.

— E tem viaturas na frente de casa, ele não conseguiria entrar. — concordou Yoongi.

— Promete? — Jin pediiu.

— Estamos bem, Jin. — garantiu Namjoon.

— Voltamos pra casa agora. — Jungkook afirmou.

— Casa do Namjoon, por favor. — pediu.

— Certo, está decidido... — concordou Namjoon.

Hoseok ainda estava paralisado, de lábios apertados que quando Namjoon percebeu molhados com as lágrimas e o abraçou suas costas, apoiando o queixo em seu ombro.

— Não acreditei quando você contou que Jin tinha um belo sorriso e boa risada — Namjoon observou. — Não... Não honi (kor: querido), não chora assim...

— Ele não sorri desde... desde... eu não sei... desde criança, possivelmente... — lamentou Hoseok ainda que estivesse feliz.

— É, você se esforçou bastante por esse sorriso, então vai lá mantê-lo.

Hoseok se aproximou hesitante, tocando o ombro de Jin como se pedisse permissão para também abraçá-lo, o que foi mais breve do que gostaria uma vez que o interesse de Jin era o outro amigo. Ao verem aquilo os outros riram, então abraçou suas costas, obrigando-o a aceitar até que terminasse de falar, ao menos.

— Jin... Jin, presta atenção! Não pare de sorrir nunca mais, certo? Sua risada é muito bonita pra guardar. — Hoseok pediu.

— Não entendo. — falou Jin.

— Não precisa entender, apenas lembre de sorrir sempre.

☼☼☼☼☼

Três dias depois do incêndio, no seguinte a alta do hospital, Jin não imaginava que o padrasto estaria na sala ao lado ao ser interrogado com a presença da psicóloga e do solicito amigo — mesmo que Hoseok se mantivesse calado. Com o agravante parecia que apenas agora, com a tentativa de homicídio, o andamento do processo se acelerava.

O amigo lhe pedira que falasse com as suas palavras e era o que fazia agora. Não gostava de estar ali, com pessoas desconhecidas, no entanto soube que eram pessoas desconhecidas que haviam tirado não apenas ele do incêndio, e talvez aqueles desconhecidos pudessem se tornar amigos como os outros.

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