D.C. Cap. 007.

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Lobo ri da cara de Caio, e César o acompanha na risada.

Caio. _ Que foi? Perdi alguma piada?
- os encara.

Cesar. _ Mano, esse cara é muito comédia.

Lobo. _ Vem cá, tu ficou maluco, rapá? - sério.

Caio. _ Eu? Não. Imagina!

Lobo. _ Inventando mentiras que não tem nada a ver. Véio, tu pirou, né? Só pode. Eu irmão do Samuel? Rá! 

Caio. _ Lobo, não subestime a minha inteligência. Sei que é irmão dele, eu investiguei, fui a fundo nessa história.

Lobo. _ Vem cá, tu usou alguma parada, né? Qual foi? Hum? Fala pra nós! - de braços cruzados.

Caio. _ Quero falar a sós, somente eu e você, sem esse aí. - encara César sério.

Lobo. _ Tá exigente demais, tá não? César, nos deixe a sós, por favor.

Cesar. _ Falou, chefia! - sai os deixando a sós.

Lobo. _ Fala. Como que tu descobriu isso?

Caio. _ Ôh. Já tá confirmando a história mano, porra!

Lobo. _ Não estou confirmando porra nenhuma. Responde logo a pergunta, caralho! Já estou perdendo o meu limite.

Caio. _ Ui! Eu investiguei sua vida, e descobri que seu pai, o ex-traficante, dono desse morro aqui, teve um caso com a Rosa, mãe do Samu. Logo, constatei, constatei, não. Tive a certeza. Sei também que mensalmente deixa grana lá, pra ajudar, já que o irmão perdeu o emprego.

Lobo. _ Tudo isso por culpa tua, né? Teu plano de acusação por tráfico, não rolou, mas ele acabou sendo preso por desacato, calhou muito bem pra ele ser mal-visto na escola.

Caio. _ É. Já aí, eu não tenho culpa, né, se seu irmão não consegue se contro-
lar, se desacatou lá o policial bonitão,  até. Enfim...

Lobo. _ Fala logo, o que tu quer? Fala porra!

Caio. _ Quero grana, muita grana! Meu silêncio: R$ 200, 000 mil reais.

Lobo. _ Tu fumou maconha, só pode. Tá maluco, meu irmão? - saca sua arma, vai até o mesmo e põe contra a cabeça de Caio. Achou que ia vir aqui, me chantagear e ponto, foi isso? Sinto muito, mas tu se ferrou, otário.

Caio. _ Isso, me mata! Só que... eu deixei um vídeo, assim, de dois minutos, onde conto pra todos que o Samuel é seu irmão e, claro, que vim ao seu encontro. Logo, se eu morrer, todos saberão quem foi o assassino.

Lobo. _ Filho da puta! Sai da minha frente. Agora! Sai!

Caio. _ Ok. Vou te dar um tempo. Pensa. Até logo mais, lobão! - diz e sai.

Furioso Lobo, soca a parede e acaba cortando seu punho.

Lobo. _ Ah! Porra! Caralho! - grita de dor.

Pedro volta da delegacia e encontra Nathalia vendo séries na tv. Cansado, ele põe suas chaves no chaveiro, joga sua mochila no chão e se joga no sofá.

Nathi. _ Como foi lá com seu amigo? - o questiona.

Pedro. _ Foi afastado de suas obriga-
ções por tempo indeterminado. - tirando seu tênis.

Nathi. _ Que nada a ver. Esse delegado é um idiota, ignorante. Senhor! Já se viu. O que isso intefere na carreira dele? Eu, hein?

Pedro. _ Pois é, até tentei argumentar, né, mas ele já me ameçou; daí, não pude fazer mais nada também. Vou sentir uma falta, viu, do meu com-
panheiro, ele um irmãozão, sabe?

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