D.C. Cap. 010.

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Samuel se desespera ao furar Pedro. O policial se afasta e arranca a faca cra-
vada em sua barriga, toda ensanguen-
tada.

Samu. _ Meu Deus! O que eu fiz? O que eu fiz? Não! - diz desesperado.

Pedro. _ Sai daqui. Vai embora! - estanca o sangue com suas mãos.

Samu. _ Quê?! Não! Eu não vou. Eu...

Pedro. _ Vai fazer o que eu tô man-
dando, porra! Vai! Vai!

Samu. _ Eu não sou covarde! Eu assu-
mo meus erros, não fiz por mal, foi reflexo, apenas me defendi.

Pedro. _ Eu podia te dar voz de prisão aqui e agora, mas não. Vai embora! ahhh! - geme de dor.

Samu. _ Calma. Deixa eu te...

Tenta se aproximar de Pedro.

Pedro. _ Não! Sai. Vai. Vai. Vai! - o impede de se aproximar de si.

Samuel assustado obedece e sai dali. Pedro se senta lentamente no chão, após; rasga um pedaço de sua blusa e estanca o sangue.

Samuel vai até Nathalia a chama num canto e conta todo o ocorrido na cozi-
nha.

Nathalia. _ Onde ele está agora?

Samu. _ Cozinha. Vai lá, amiga. Eu vou embora, ele pediu isso.

Nathi. _ Tá. Cuidado! Meu Deus! - segue até a cozinha.

Na cozinha, Nathalia o encontra sentado no chão escorado na parede.

Nathi. _ Irmão! Calma. Vou acionar uma ambulância. Vai ficar tudo bem! - diz com o celular ao pé do ouvido.

Pedro. _ Eu sei.

Alan adentra a cozinha e se espanta ao ver o amigo ferido.

Alan. _ Gente, o que aconteceu aqui? Pedro!? - diz espantado.

Nathi. _ Ele...

Pedro. _ Eu me furei sem querer com aquela faca, tava cortando uma maçã, ela caiu e na tentativa de pega-la, de-
sequilibrei-me e cai por cima dela. - mente.

Alan. _ Temos que ir pra um hospital.

Nathi. _ Já acionei a ambulância. Eles já devem tá chegando aí, viu.  

Alguns paramédicos adentram a cozi-
nha com uma maca e Pedro é levado a um hospital. Lá passa por exames, onde constam que, felizmente, o corte não foi profundo e não atingiu nem um orgão. É feito curativo após cus-
turarem a área lezada.

Nathi e Alan vão até a sala onde ele ficará em observação até o outro dia.

Nathi. _ Ôh, irmão, que bom que não foi grave! - se aproxima e o beija na testa.

Pedro. _ Graças a Deus!

Alan. _ Pois é, teve muita sorte, men!

Pedro. _ Vaso ruim não quebra fácil, mano! - diz rindo.

Alan. _ Que isso.

Nathi. _ para, palhaço! Você só vai ter alta amanhã, viu.

Pedro. _ Ixi! Passar à noite aqui, nin-
guém merece. Vem cá, e o seu amigo, melhor, amigo de vocês?

Alan. _ O samu? Ele foi embora disse que não tava se sentindo muito bem.

Nathi. _ É, foi isso mesmo, Pedro. Ele, ele foi embora.

Pedro. _ Entendi.

Alan. _ Bom, tenho que ir, pois deixei todos na festa. Fica de boa, mano. Melhoras pra ti! - diz ao sair.

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