D.C. Cap. 49. Penúltimo capítulo.

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Alan continua a encarar David, a espera de uma boa explicação do que acabara de descobrir ao seu respeito. David então quebra o silêncio. Caminha até sua mesa e põe o copo de café sobre ela, vai até a porta e a tranca, fecha também as persianas.

Leonardo. - Tudo bem! Sou eu: Leonardo! - assume.

Alan. - Meu Deus do céu! - impressionado. - Como? Diz-me. Como conseguiste? Eu vi-te morto...

Leonardo. - Não pense que foi fácil, pois não foi. - senta-se em cadeira de frente a sua mesa. - Eu insisti muito para que os médicos aceitassem meu pedido... Mas daí eles acabaram aceitando... E não, eu não os corrompi, zero propina... Fingi-me de morto por um bom motivo... Esse tempo que eu passei-me por morto, acabei fazendo muitas investigações e cheguei a quem pode ser esse assassino...

Alan. - E quem é então? - curioso.

Leonardo. - Não posso dizer! É sigilosa a minha investigação!

Alan. - Cara, eu não consigo acreditar que tu estejas aqui, na minha frente, vivo! É surreal.

Leonardo. - Tu não desconfiaste mesmo que o pudesse estar vivo? - questiona.

Alan. - Não! Mas também depois não tive mais informações tuas.

Leonardo. - Cara, nem um enterro eu tive... Simplesmente levei aquelas facadas e sumi... Qualquer um iria desconfiar, mas valeu à pena, todos acreditaram na minha morte...

Alan. - Espera aí. Aquele dia que tu foste pro hospital... - lembrando-se.

Leonardo. - Fui refazer meus curativos... - já de pé. - Aqui! - levanta sua blusa e mostra seu ferimento já cicatrizando. - Aquela enfermeira, ela é uma grande amiga, em partes, ela ajudou-me e muito no meu pós-operatório.

Alan. - Que louco! Mas que bom, né, que estás bem. Estás vivo!- sorrir.

Leonardo. - É! Só que eu quero pedir-te discrição. Ninguém pode saber disso. É importante para os rumos da minha investigação. Posso contar consigo? - o olha serio.

Alan. - Claro. Sempre. Quero que saiba que continuo a ser seu amigo, como era antes.

Leonardo. - Eu não quero sua amizade! - dispara.

Alan. - Como? - sem entender.

Leonardo. - Ainda não entendeste? Eu quero-te como homem, como meu namorado!

Alan. - Ou! Pegaste-me de surpresa agora! - um poço constrangido e envergonhado.

Leonardo. - Ficas lindo assim, todo envergonhado... - sorrir.

Alan. - Obrigado pelo elogio! - sorri sem graça.

Leonardo. - Se quiseres eu posso elogiar-te sempre...

Alan. - Se eu quiser... Como assim? - faz de desentendido.

Leonardo. - Vem aqui... - o chama.

Alan se levanta vem até ele, ambos ficam de frente um ao outro. Leonardo se ajoelha no chão, o faz um pedido:

Leonardo. - Aceitas namorar comigo?

Alan nada diz, apenas o puxa para si, o beija. Um beijo calmo, porém apaixonado e cheio de ternura... Eles param de beijar-se. Alan o olha nos olhos, sorridente, feliz, com seus braços envoltos ao pescoço dele.

Alan. - Isso responde a tua questão? - entre beijos. - Hum?

Leonardo. - Com certeza. Eu sou o cara mais feliz do mundo por estar a namorar-te. - o beija.

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