D.C. Cap. 025.

3.2K 223 136
                                    

Rosa quebra o silêncio que ali havia se estaurado.

Rosa. - Entra.

Lobão. - Com licença! - ao entrar. E o Samu, está aí? - questiona.

Rosa. - Não, ele saiu, o que é bom, não é? Pra conversarmos. - ela fecha aporta e se aproxima.

Lobão. - Olha sobre o que ocorrou hoje mais...

Rosa. - Você tentou me matar! Nunca pensei que você fosse capaz disso. Eu sempre cuidei de ti, te tratei como um filho, troquei tuas fraudas, garoto. E dessa forma que tu me agradece? - seria o encarando.

Lobão. - Eu sei eu errei. Te peço per-
dão por isso. Foi mal, eu estava em choque com a sua revelação, você não tem noção da gravidade daquilo que havia me dito. Eu e Alicia, nós tran-
samos, nos amamos e, de repente, surge essa bomba, de que somos irmãos.

Rosa. - Mas isso não justifica o que você fez, ter me empurrado daquela forma.

Lobão. - Eu sei e me arrependo muito por isso. Só espero que um dia você possa me perdoar.

Rosa. - Será mesmo, Lobo? Até porque aquele seu amigo, ele sim queria terminar seu serviço.

Lobão. - O Cesar... como você...? Vem cá, como você sobreviveu? Eu te vi lá, morta! - intrigado.

Rosa. - Eu não estava morta! Só des-
maiada, um desmaio rápido, e vocês nem sequer testaram minha pulsação.
Convenhamos que ambos foram burros em relação a isso. E pra fina-
lizar, ainda tiveram a indelicadeza de me ambandonar num lugar desértico.

Lobão. - E como você conseguiu sair de lá?

Rosa. - Celular, lembra? Liguei pra uns amigos e eles me levaram de lá.

Lobão. - Sinto muito, de verdade, per-
dão! Me perdoa, por favor!

Rosa. - O meu perdão, por agora, você não terá, Lobo. Ainda estou muito magoada e abalada com tudo que me aconteceu.

Lobão. - Eu lhe entendo, consigo me colocar em seu lugar.

Rosa. - Não, não consegue, não. Só quem já passou pelo que eu passei sabe. Você não!

Lobão. - Ok. Bom. Eu preciso voltar pro morro.

Se vira para ir em direção a porta, Rosa o chama atenção.

Rosa. - Espera! Quero falar sobre a Alicia.

Ele se volta a ela.

Lobão. - O quê?

Rosa. - Vocês não são irmãos! - dispra.

Lobão. - Quê? Mas você disse que nós éramos irmãos! - sem entender.

Rosa. - E são, mas não de sangue, apenas de criação.

Lobão. - Não é possível.

Rosa. - Alícia é minha filha de coração eu a amamentei, por conta que sua mãe de sangue havia perdido todo seu leite. Não se preocupe, vocês não cometeram insesto. Já pode ir.

Lobão. - Ok. Obrigado por me revelar a verdade.

Rosa. - De nada!

Lobão. - Até mais! Tchau! - vai embora.

..........

Dia seguinte.

Lídia liga para Cesar e pede pra que ele venha até ela imediatamente.

Lídia. - Oi. Entra. - o puxa pelo braço para entrar.

Cesar. - Ou. Que foi, vadia? Eu, hein! Que foi, vai me dizer que o fantasma do Hugo apareceu novamente pra ti?.

Destinos Cruzados. Onde histórias criam vida. Descubra agora