D.C. Cap. 026.

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Dias depois...

Médicos comunicam a Caio sobre seu estado de saúde. Àtila encontra-se ao lado de seu filho, sentado ao leito da cama.

Médico. - Olá! Caio, como se sente? - o questiona.

Caio. - Bem, só minhas pernas... elas... mas acho que deva ser efeito da anestesia, não é? - o encara.

Médico. - É justamente sobre isso que eu vim até aqui...

Caio. - O que ele está querendo dizer, pai? - olha para Àtila.

Àtila. - Ouve, mas você precisa ser forte, e saiba que eu estou aqui pra o que der e vier. - aperta sua mão.

Médico. - O seguinte: Caio, você sofreu uma lesão muito forte em sua medula e por conta disso; você... infelizmente, você está paraplégico. - anuncia.

Lágrimas escorrem sobre o rosto de Caio.

Caio. - Quê? Não! Não pode ser, pai, eu estou aleijado? Não, não, não! Eu não quero! - se desespera.

Àtila. - Sim, filho, mas se acalme, por favor! - o olha agustiado.

Caio. - Sai. Quero ficar só. Saiiii! - grita.

Àtila. - Filho...

Médico. - Melhor sairmos, é bom pra ele pensar e digerir o que acabou de ouvir. Demos esse espaço a ele. Venha.
Àtila. - Tudo bem. Vamos.

Caio aos prantos, chora, com muita raiva soca sua cochas.

Caio. - Por quê? Por que meu Deus?! - grita se maldizendo.

Fábio acorda vira-se para o lado e não encontra Cesar, levanta-se completa-
mente nu. Segue rumo ao banheiro e o encontra tomando banho. Entra no box, o agarra por trás, o surpreen-
dendo.

Fábio. - Gostoso! - ao pé do ouvido de Cesar.

Cesar. - Eu sei, eu se pudesse me pega-
va! - rir.

Fábio. - Convencido, não?

Fábio o vira pra si e o beija.

Cesar. - Nada como uma boa dose de amor próprio, meu caro! Isso é tudo! Bom-banho, tenho que ir agora! - se afasta e sai do box o deixando.

Fábio. - Não vai ficar comigo? - o olha.

Cesar. - Aproveita o banho e lava os ouvidos, está precisando. Quando sair bate a porta, tá? Tchau! - sai do banheiro.

Cesar chega ao galpão de Lobão.

Lobão. - Até que enfim chegou! - diz ao vê-lo.

Cesar. - Isso tudo é saudade? - tira sarro.

Lobão. - Não! Mas tu trabalha pra mim, não? - serio.

Cesar. - Claro. E então, qual é da vez?

Lobão. - Tu vai me acompanhar até o hospital. Hoje é dia de tirar o sangue pro teste de DNA.

Cesar. - É serio que tu vai se prestar a isso, Lobão?

Lobão. - Vou, até porque essa garota é minha filha, e também eu quero es-
fregar o resultado na cara daquele babaca!

Cesar. - Já que tu quer... bora.

Lobão. - E aquele cara, que se diz ser seu irmão? - Questiona.

Cesar. - O que tem? - o olha sem entender.

Lobão. - Cadê ele?

Cesar. - ficou lá em casa! Por quê?

Lobão. - Nada, só não fui com a cara dele! - serio.

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