D.C. Cap. 009.

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Rosa. _ É isso, filho!

Samu. _ Não é possível. Como é isso? Hum? Alguém me explica, por favor.

Rosa. _ Eu tive um lance com o pai do Lobo, o Dário, anos atrás, foi aí que eu engravidei de você. Vocês são irmãos por parte de pai. - explica.

Samu. _ Quer dizer que eu sou filho de um dos maiores traficantes do estado de São Paulo? É isso, mãe? - diz sério e surpreso.

Rosa. _ Sim!

Samu. _ Meu Deus do céu! E por que a senhora nunca me contou isso, mãe? - diz ao sentar-se no sofá. 

Rosa. _ Tive medo, receio de você não aceitar o fato de ser filho de um trafi-
cante, como você mesmo acabara de dizer.

Samu. _ Pois é, nunca pensei nessa hipótese. Como se não bastasse um pai; agora, tenho um irmão trafican-
te e dono de um morro. Sério.

Lobo. _ Ei, nem vem, mano. Sem jul-
gamentos, por favor! Eu não te julgo pelo fato de ser gay. Julgo?

Samu. _ Não! Mas também, olha só, cara. Não é fácil, viu, descobrir de uma hora pra outra, que tenho um imão.

Lobo. _ Eu entendo, mas também não precisa me condenar, né, só pelo fato deu ter escolhido essa vida.

Samu. _ Não, pelo contrário, eu não lhe condeno. Cada um com seu cada qual, né. A escolha foi sua. Quem sou eu pra te julgar?

Lobo. _ É isso aí, mano. Eu não te julgo e nem você me julga. Assim vamos seguindo. Será que eu posso a menos ter um abraço seu? - diz o olhando.

Samu. _ Claro.

Os dois se abraçam.

Lobo. _ Massa, viu, ter-te como irmão. -  o olhando sorridente.

Samu. _ Que bom! Que bom!

Lobo. _ Olha só, tenho que te contar algo. Caio esse garoto...

Samu. _ O que tem ele? De onde você o conhece? Fala, Lobo! - intrigado e curioso.

Lobo. _ Calma. Eu vou te contar. Bom. O advogado que te livrou...

Samu. _ Espera! Foi você? Foi você que me livrou da prisão, pagou a fiança? - o questiona.

Lobo. _ Sim! Fui eu. O Caio, foi ele quem acionou a policia naquela noite na boate. Dias atrás ele veio até a mim, e comprou drogas sintéticas, disse que era pra prejudicar alguém, só que esse alguém era você. Pedi pra que um de meus homens, que o seguisse. Ele seguiu e descobriu que a vítima era você. Sem que você notas-
se, ele pôs drogas em seu bolso. Foi aí, que esse meu homem, derramou bebida em você...

Samu. _ César! - ao lembrar-se.

Lobo. _ Exato! Ele retirou a droga de seu bolso, e livrou-se dela. Caio queria que você fosse preso por tráfico, por está portando drogas. Foi isso!

Samu. _ Meu Deus do céu! Isso é surreal. - em choque.

Lobo. _ Sinto muito, mas é a pura ver-
dade. Esse moleque não presta. Ele é ruim. Afinal, o que ele tem contra ti, hein? O que você fez pra ele?

Samu. _ Nada. Juro. Ele estuda onde eu estudo, e vive a me atazanar, sem motivos, melhor, motivos que eu desconheço, de verdade.

Lobo. _ Não! Tem que ter um motivo. Ninguém odeia alguém por nada. Aí tem, viu.

Samu. _ Se tem, eu vou descobrir.

Lobo vê algo em seu celular, e avisa que irá embora... despede-se do irmão.

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