D.C. Cap. 024.

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Lobão, intrigado, assustado, encara Cesar, que encontra-se ao lado do corpo de Rosa.

Lobão. - Cesar? O que você está fazendo aqui? - o encarando.

Cesar. - Eu te seguir, daí acabei presenciando isso tudo.

Lobão. - E agora? O que eu faço? Eu matei a mãe do Samuel! - em desespero.

Cesar. - Calma. Fica calmo, tá, relaxa. Eu vou acabar com tudo isso.

Lobão. - Como?

Cesar saca sua arma, aponta em dire-
ção ao corpo de Rosa, com o dedo no gatilho prestes a atirar. Lobão é mais ágil e consegue desarmá-lo.

Lobão. - Que porra tu está fazendo, caralho? - serio.

Cesar. - Te ajudando, a gente atira nela, forja um assalto e pronto!

Lobão. - Não! Ela é como uma mãe pra mim, não posso fazer isso! - um lágrima escorre em seu rosto.

Cesar. - Lobo, que isso, cara? Eu nun-
ca te vi assim, chorando, com senti-
mentos. Porra é essa, mano? - sem entender.

Lobão. - Qual é, cara, eu também sou humano. Tenho meus sentimentos. Eu a adorava, nunca me fez mal, sempre cuidou de mim, me tratava como se fosse um filho. Não posso fazer isso com ela.

Cesar. - Mas ela já está morta; cara!

Lobão. - Foi um acidente, eu... eu agi por impulso, por um momento de desespero após fazer uma descoberta.
Cesar. - É, eu vi e ouvi. Você e a Alicia são irmãos. Que foda, hein. Vamos fazer o seguinte: a gente abandona ela em um lugar qualquer e vaza.

Lobão. - Tudo bem.

Cesar. - Beleza, agora me ajuda aqui a leva-la até o carro. Bora.

Os dois a levam no ombro até o carro, a colocam dentro e seguem até um campo desértico, onde a deixam jogada.

Lobão. - Sinto muito, Rosa. Descanse em paz! - observando seu corpo no chão.

Cesar. - Vamos!

Os dois voltam para o carro e vão embora.

Um carro preto se aproxima do campo, para, de dentro descem dois caras, que pegam o corpo de Rosa, e levam para o carro, que dá partida e sai.

Lídia desperta do desmaio, um pouco zonza, segue até a cozinha, toma um copo de água. Fala consigo mesma.

Lídia. - Que tontura é essa? Tenho que fazer uma bateria de exames e logo hoje. - decidida.

Pedro deitado em sua cama, olhando para o teto, pensativo, em sua mente vem o beijo que dera em Samuel e nos momentos juntos que tiveram. Sorri ao lembrar.

Lídia num quarto de hospital, tira sangue para exames.

enfer. - Pronto, sangue coletado! - diz ao tampar o tubo de sangue.

Lídia. - Ah. Que bom. Qual a previsão dos resultados, enfermeiro? - o questiona.

Enfer. - Final da tarde, você já fica a saber. - anota algo em uma ficha.

Lídia. - É? Como eu faço? Venho aqui, buscá-los? - diz o olhando.

Enfer. - Que nada, precisa nem sair de casa. É simples: você nos passa seu e-mail e te enviaremos o resultado do exame.

Lídia. - Maravilha, avanço da tecnologia. - sorridente.

Enfer. - pois é. Bom. É isso. Você passa na recepção e deixa seu e-mail lá.

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