Capítulo 12 - Angra 1

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Amália

- tomem cuidado, por favor - Nádia dizia enquanto eu e a Nati estávamos na sala esperando os meninos chegarem no carro

- Amália - Bruno me chamou e eu fui até ele

- Oi

- Cuidado por lá, tá?

- Tá bom, valeu - Disse e o abracei

- quando voltar eu vou te sequestrar de novo - Ele disse e eu ri, ele chegou perto e tentou me dar um aelinho mas virei o rosto e pegou na bochecha.

Eu só não sentia vontade de beijá-lo, por mais que eu o amasse, mas não era do mesmo jeito que ele me amava.

- Chegaram - Nati disse - Tchau mami, fchau maninho- Ela piscou, eu acenei e descemos. Guardamos as malas e nos dividimos.

Thaís, Nando, Eu e Tina no carro do Nando. Matheus, Mel, Nati e Thiago no carro do Matheus. Seguimos o caminho, que era longo demais até o RJ. Pra de lá pegar um jatinho pra Angra.

........

Chegamos na casa do Mathheus e da Mel em Angra e ela era muito linda, toda rústica com um jardim e uma piscina enorme.

- Quatro quartos aqui, vamos nos dividir? - Mel falou

- Eu, Nathi e Amália ficamos em um. Você, a Thaís em outro e os meninos se dividem em dois - Tina disse

- Eu fico com Thiago e o Nando dorme sozinho, vá que a Nathi queira dar umas fugidinhas pra lá - Matheus disparou e todo mundo riu

- Amália, ven preparar a comida comigo? - Mel me chamou e eu assenti.

Estávamos mortos de fome mesmo, os meninos ficaram limpando tudo e a gente ficou fazendo uma macarronada com queijos, batata frita e suco.

Terminamos tudo e colocamos na mesa, Nando tinha ido na quitanda perto e trouxe bolo, carne para churrasco e claro, cachaça.

Sentamos na mesa e comemos

- Isso aqui tá demais, Amália, puta merda - Thiago disse se lambuzando com o resto minha macarronada

- ela cozinha muito bem mesmo, já fez muita coisa lá em casa - Nathi disse, embrei na hora da minha mãe, que sempre me ensinou tudo.

- Valeu gente

- E esse churras na piscina ? - Tina falou

- Vou logar o som e organizar a churrasqueira- Matheue disse

- vou com você, quero mexer muito a minha raba. - Tina disse e foi atrás dele

- Agora vocês organizem a mesa, eu e a Mel vamos colocarbo biquíni - Falei

- pouco mandona - Thiago falou rindo

- Quando voltar quero ver isso aqui um brinco- ele me olhou feio e eu ri, subi com a Mel para colocar os biquínis e observei o quanto a casa é linda, toda de madeira pintada na cor clara..- essa casa é maravilhosa

- minha mãe desenhou cada canto dela - Mel falou cheia de orgulho - todo final de semana estávamos aqui, eu,ela o pai e o Matheus, só agora depois de dois anos que eu vim

- sério?

- Sim, meu pai quis vender mas o Mat bateu de frente e desde então tínhamos esquecido dela - Ela suspirou

- Agora você tá aqui, aproveita - Pisquei e ela riu

Vestimos os biquínis e descemos só de biquíni mesmo. Chegamos na parte de fora e parecia que algo tinha possuído eles, estavam chapadões dançando.

Mel

Desci e dei de cara com o Matheus fumando com a Tina e o Thiago, Nathi tava no colo do Nando e a Thais sentada, Amália foi pra perto dela.

Subiu um ódio quando vi eles fumando, não tenhonada contra, mas era a primeira vez no lugar preferido da minha mãe depois de dois anos.

- Matheus caralho - puxei ele e ele me olhou feio

- o que é porra? toma no cu

- Dá pra falar direito, seu imbecil? - Disse e ele me olhou feio - Você não tem vergonha na porra dessa cara? como pode não está sentindo nada? olha onde a gente tá seu idiota! como você não tá sentindo nada?

- Melissa - ele olhou no fundo dos meus olhos- Tu pegou tua malinha cor de rosa quando a mãe morreu e foi dar esse cu pros gringos, eu que cuidei dessa casa durante anos, eu que sofri sozinho e levei coisa na cara do idiota do nosso pai. Tu quer me fazer um favor? toma bem no olho do seu cu - deu as costas

Meus olhos ficaram cheio de lágrimas, corri pro banheiro mas um branço me puxou

- Ei - virei e era o Thiago - tá tudo bem? - assenti - Não mente pra mim

- Tá tudo uma merda

- Quer conversar?

- não

- Quebrar alguma coisa?

- Quero sair daqui, dessa casa... Não consigo respirar aqui

- Vamos pra praia - Ele estendeu a mão e eu peguei. Fomos andando até a praia, sentamos na areia de frente pro por do sol do mar

- Tem um cigarro aí?

- mas tu não fuma, Melissa

- Agora eu fumo- ele estendeu um e acendeu pra mim, na primeira tragada que eu dei engasguei e ele começou a rir - Só foi a primeira

dei a segunda e engasguei de novo, devolvi o cigarro pra ele

- foda-se essa merda - encarei o mar com raiva

- Tá se sentindo melhor ?

- Não, esse lugar é nostálgico demais pra mim, não deveria ter vindo...

- Se diverte e ignora o passado, mantém essa cabeça ocupada

- estou rodeada de pessoas e mesmo assim vivo só, quando precisavam do meu apoio eu fui covarde e fui embora, hoje nem sou importante mais pra eles - estava me referindo ao meu pai e meu irmão

- Pra mim você é demais

- só tá falando isso porque tá bêbado - rimos

- sempre fui amarradão em você, mas sou todo estido foido pra porra e tu toda princesa...mimada demais

- mimada?

- é, seu menor brinco deve ser o preço da minha casa - rimos - sem falar que tu é importante demais pra ligar pra coisas simples, caras simples assim...

- você é meu amigo e pensa esse absurdo de mim? - Perguntei e ele riu

- óbvio, quando é que eu sendo eu vou ter coragem pra beijar a mina que eu fiz beijar o filho do governador?

gargalhei e dei um tapa no braço dele

- vai se foder Thiago, até parece que você é afim de mim.

- e se fosse verdade?

- ai você tomaria coragem pra me beijar, porque porra, a pessoa mais direta que eu conheço tá aqui comigo

- impossível ser direto com uma garota que faz tantas curvas - ele disse sério e meu sorriso se desfez

- Acho melhor voltar - levantei e ele também, senti a mão dele por trás indo até minha cintura e seus lábios na minha bochecha. Por um segundo achei que ele fosse me beijar mesmo.






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