Capítulo 37

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Amália

- Eu achei ele bem gente boa, o cara é trabalhador mesmo - Matheus dizia no carro, estavamos comentando sobre o boy da Tina

- Ai, ela deve está tão feliz

- Também acho e ele ainda disse que iria assumir o filho

Ele entrou no estacionamento do prédio

- Espero que assumam mesmo. Ela merece

Ele estacionou o carro e descemos. Matbeus pegou a minha mão e subimos de mãos dadas no elevador.

Chegamos lá em cima, eu caminhei até a porta, e abri.

- Apareceu a margarida - Thiago disse fazendo graça

- Cadê a Tina ? - Perguntei

- Tô aqui - Ela saiu da cozinha já me abraçando - Como é bom está de volta.

- Fico muito feliz por isso também - Falei

- Deixa eu chamar o Arthur pra vocês se conhecerem - Só pelo nome que é muito especial pra mim, eu já gostei. Me virei pra pegar uns docinhos onde a gente tinha decorado, enquando ela foi chamar ele na cozinha.

Coloquei um brigadeiro na boca e engoli.

- Amália - Tina me chamou e eu virei

Meu coração congelou e rapidamente meus olhos se encheram de lágrimas e logo pude sentir elas descendo pelo meu rosto

Meu coração começou a acelerar e junto com ele minha respiração

- Arthur... - Corri e abracei ele chorando igual criança- Meu deus é você - Ele chorava muito também- Meu deus

impossível de descrever, eu pensei que ele tinha morrido, lembrei de vários momentos da nossa infância e da última cez que vi ele aquela noite, dormindo na cama e eu nem o acordei. O abracei tão forte que veio á tona a dor de ter perdido meus pais e a Alice que era tão nova, eu só queria todos juntos de novo.

- cadê o pai e a mãe? a Alice? - Ele me perguntou - Cadê todo mundo Amália?

Respirei fundo e neguei com a cabeça

- Eles se foram no desabamento, eu pensei que você também, eu...eu...pensei que tinha te perdido pra sempre - eu disse entre soluços e lágrimas, não queria saber de ninguém ao meu redor era o meu irmão, e ele estava vivo

- Eu também pensei que tinha perdido você - Ele me abraçou de novo- Eu queria tanto que eles estivessem aqui

- Eu também- falei - mas com certeza estão felizes com nosso reencontro.

- Eu posso sentir que estão

- eu também sinto

Ele beijou minha testa e eu i abracei outra vez, só queria sentir que aauilo realmente era real de verdade.

- Eu te amo tanto, meu irmão, tanto...Não vai pra longe mais, por favor.

- Eu te amo também, pequena, eu estou aqui - Eu chorava muito- Estou aqui, estou aqui agora.

A camisa dele estava tocha encharcada de lágrimas, catarro e tudo mais, eu chorava de soluçar e ele também.

Matheus estava fazendo um sinal pra que todo mundo aguardasse, só ele e a Nathi sabia do ocorrido e ela estava em prantos.

- Como você veio pra cá Amália?

- Eu fui levada para um hospital e lá uma mulher, que foi como uma mãe pra mim me deu abrigo. Mãe da Nathi - apontei pra ela- fiquei morando lá por alguns meses, arrumei um emprego e vim morar com a Tina. Estou estudando arquitetura, pra construir, projetar qualquer tipo de casa e de qualquer coisa que você imaginar. Conheci essas pessoas maravilhosas, e agora eu descubro que meu irmão tá vivo - ele enxugou minhss lagrimas

- Você é um anjo, minha irmã, que bom que encontrou alguém pra te ajudar.

- E você? como conseguiu? Me falaram que você estava morto! Eu vi o corpo dos nossos pais, da Alice, menos o seu Arthur.

- a correnteza me levou e quando eu vi estava acordado na superfície, andei pedindo abrigo em vários lugares mas só a dona Regina me acolheu. E eu fiquei lá na fazenda trabalhando

- Eu voltei Amália, eu sempre volto lá, mas só o que encontro é destroços da nossa casa. - Ele disse chorando

- Estamos juntos agora - Falei e ele assentiu e beijou minha testa.

- Amália, você nunca falou nada dos seus pais, de como chegou aqui, eu nunca imaginaria isso...- Tina disse- Mas eu fico feliz, eu...- Ela começou a chorar- Eu senti que esse bebê veio com um propósito lindo de juntar vocês de novo

Abracei ela e depois o Arthur abraçou ela também.

AMÁLIAOnde histórias criam vida. Descubra agora