Capítulo 23

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Amália

- Poxa amiga, você não conhece a Pietra..- Nathi tentou explicar mas logo interrompi

- Não quero saber Nathi, quero que o Matheus faça o que ele quiser, as vezes acho uma coisa e ele vem e me mostra outra, ben escrota, por sinal

- Ele gosta de você, dá pra ver nele

- É, gosta mesmo - disse irônica- Mas olha, preciso te contar, ontem Bruno me levou pra jantar, me pediu em namoro, eu falei que tinha ficado com o Matheus e que não gosto do Bru da mesma forma que ele gosta de mim, ele ficou magoado, disse coisas horríveis e me largou lá, inclusive me pediu pra ficar longe dele

- É o qu? ignora que ele volta ao normal e aceita depois, ele basicamente se iludiu sozinho

- Com isso, eu atencipei a minha saída e estou dividindo o apê com a Tina

- O QUE? Quanto tempo eu dormi?

- Sério, tô falando porque tu é a minha irmã de consideração e não quero que chegue em casa e veja o quarto vazio

- Eu já sabia que isso iria acontecer, e tô orgulhosa de você e sua coragem

- Sua mãe disse a mesma coisa - Abracei ela

- nós amamos você

- E eu amo vocês- disse

- Aquela vadia, olha Amália, se você ficar na mágoa por causa daquela vadia...- Thaís chegou super bolada

- Amiga, relaxa, essa menina pra mim é nada - Falei e a gente foi caminhando pra aula.

Eu estava um pouco puta com aquela situação da menina, porque ele passou o dia me dando uma força, mostrando que era companheiro e amigo além de tudo e a noite transa com aquela menina. As vezes tenho a impressão que ele só quer me iludir, e por ser o primeiro da minha vida que eu sinto vontade de ficar junto, não sei se gosto, mas por isso eu fico com medo dele me foder emocionalmente.

Assisti minhas aulas em paz e larguei mais cedo e fui para a empresa, assinei minha presença, vesti meu uniforme e comecei o trabalho. Uma hora depois Matheus passa enquanto eu estou limpando uma mesa e vem em minha direção.

Rapidamente me viro dando as costas, mas não adiantou nada

- Amália - respirei fundo e olhei pra ele já sem paciência, no meu trabalho não!

- O que você está fazendo aqui? Eu estou trabalhando, some daqui

- Aqui é a empresa do meu pai e tenho apresentação marcada

- Que com certeza não é na área de alimentação

- Qual é, vai ficar assim comigo? não vamos nem conversar sobre o que rolou hoje?

- Vou, vou ficar nessa sim, porque eu te tratei como prioridade quando fui conversar com o Bruno e você não me tratou, mas a gente só ficou um fim de semana não é mesmo? Então ótimo, não tem mais prioridade

- Claro que tem - Ele disse

- Claro que não, fique com quem você quiser Matheus, agora some daqui

- Mas eu só quero ficar com você

- Não quer, e eu não quero, não quero criar expectativas na minha cabeça em cima de você

- Amália, deixa pelo menos eu me explicar...- por sorte um diretor sentou na mesa um pouco longe da que eu limpava, deixei os produtos lá, peguei meu bloquinho pra atender

- vai-embora - falei pausadamente e caminhei pra atender o cliente.

Terminei todo o meu trabalho, bati o ponto, guardei e limpei tudo e fui esperar meu ônibus pra voltar pra casa.

Cheguei no apê super cansada e a Tina estava arrumando tudo pra festa.

- vai se arrumar logo

- ai amiga, tá tudo lindo

- Está, e ainda chamei dois meninos que conheci a uns dias, gente nova né

- sério?

- Sim, precisamos de mais machos pra não entrarmos em suruba outra vez

- Que ?

- ah, deixa pra lá, vai logo se arrumar.

Assenti sorrindo e fui pro quarto. Tomei um banho que me renovou. Vesti um top faixa preto e um short jeans, com um casaco por cima aberto, fiz uma make, soltei meus cabelos, coloquei duas argolas e me perfumei. Voltei pra sala e ajudei a Tina.

A campanhia tocou e ela foi atender, eu estava de costas e ouvi as vozes de dois homens, quando virei desvirginei na hora de tão lindos.

- Miga, esses são o Biel e o Cristiano - (mídia)

- Olá - cumprimentei todos

- Sou o Cristiano, mas todos me chamam de Nano

- Eu sou a Amália - sorri - fiquem a vontade, querem beber o que?

- Whisky- Biel falou e eu dei dois copos pra eles se servirem

A campanhia tocou de novo e dessa vez eu fui lá atender, meu corpo tremeu quando dei de cara com aquele ser humano.

- Bruno? - Perguntei

- Sua amiga me chamou e eu acho que precisamos conversar - assenti e fiz o sinal pra ele entrar

- fica a vontade - fechei a porta e fui ajeitar umas coisas na cozinha, ouvi uma gritaria e logo deduzi que meus amigos tinham chegado, voltei pra sala, as luzes estavam apagadas mas a da varanda estava acessa então não ficou muito escuro.

AMÁLIAOnde histórias criam vida. Descubra agora