Capítulo 93

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Matheus

Meu pai sempre foi o maior vilão da minha vida. Ele sempre me fez se sentir pequeno perto do Bruno. Ele sempre foi pai do Bruno do que de mim. Quando eu perdi minha mãe e a Mel estava do outro lado do mundo, eu fiquei sozinho, enquanto ele pagava de bom pai pro Bruno. Ele nem me abraçou no momento mais difícil da minha vida. Bruno é mais velho que eu, eu fui na formatura dele, meu pai entrou com ele, subiu no palco para homenagea-lo, na minha só estava a minha mãe orgulhosa de mim.

Amália é uma das pessoas mais importantes da minha vida. Ela era o amor da minha vida e saber que ela escondeu isso de mim foi pior do que quando ela me abandonou no hotel e entrou no carro do meu pai.

Ali eu me senti abandonado, agora eu me sinto traído.

- Chegamos - Bia disse parando em frente ao cemitério

- Valeu Bia - Ela foi tirando o cinto mas eu queria mesmo ficar sozinho- Não precisa Bia, eu queria ficar sozinho

- Mas você está sem seu carro

- Mel leva depois pra minha casa

- Eu te espero aqui fora, sem problemas - Ela insistiu

- Bia, valeu mesmo, mas eu me viro daqui

- Tudo bem, te ligo amanhã- Assenti

- Valeu aí - Desci rapidamente do carro.

Fui caminhando até a entrada do cemitério, e caminhei até o túmulo da minha mãe.

- Puta que pariu mãe, eu tô perdido pra caralho e a senhora nem tá aqui

Comecei a chorar

Mel

Eu me olhava no espelho do lavabo incrédula, como assim o Bruno é meu irmão?

Se meus pais eram casados a mais tempo que ele, a Nádia traiu a minha mãe e passou todos esses anos se figindo de amiga. Ela era até a minha madrinha de batismo. Que nojo.

Respirei fundo e voltei pra a porra do maldito chá, vi que a Amália e o Matheus foram embora, coitado, deve está devastado com isso, ele odeia o Bruno

- Filha? - Meu pai apareceu na minha frente- Viu seu irmão?

- Qual deles? - Perguntei debochada

- Matheus

- Deve está por aí lamentando seu adultério - Ele se espantou

- O que?

- Vergonha na cara você não tem né? Nem a Nádia, meu Deus, quanto fingimento dentro de uma casa - Falei

- Melissa...- Interrompi ele

- Melissa é o caralho, eu tentei de verdade te dar uma chance, até tentei fazer com que o Matheus também te desse, mas porra - Sorri - O senhor consegue se superar

- Marcelo...como você tem coragem de...- Nádia chegou no corredor e eu nem deixei ela terminar de falar

- chegou a amante - Bati palmas

- Olha aqui Melissa, esse momento já está sendo difícil demais pra mim - Ela disse

- ah, está? Na hora de fingir ser amiga da minha mãe enquanto deitava com o marido dela não foi difícil né?

- Filha, só foi uma vez por acidente

- NÃO ME CHAMA DE FILHA- Gritei

- Melzinha, ainda vamos sentar e conversar - Nádia disse

- Conversar com você? Deus me livre dessa cobra falsiane que você é Nádia. Caralho...eu te achava tão boa, tão generosa. Mas olha aí a mascara caindo Brasil

AMÁLIAOnde histórias criam vida. Descubra agora