Capítulo 14 - Angra 3

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- Caiu a ficha de que pra o Bruno é melhor pra você, sabe, depois que tu me contou tua história eu fiquei mal pelo jeito que te tratei e percebi que... ah mano... foda-se

Ele ficou meio desconfortável no sofá

- Você ficou com pena de mim? ou assustado? Porque sinceramente...

- Não Amália, porra. Tu é toda perfeitinha e o caralho, o Bruno sempre consegue tudo que eu quero, então é melhor eu nem tentar

- Tentar o que?

- ficar numa boa com você - comecei a rir ironicamente de novo, porra Matheus

- Porra Matheus, me poupe, não vai ficar numa boa comigo por causa do Bruno? Realmente é muito difícil de te entender. Você não simplifica nada

Levantei já estressada e fui lavar o meu prato na pia.

- Qual é Amália - Ele disse entrando na cozinha

- O que? eu só queria ficar sem esse clima tenso, ficar numa boa com você e você não colabora por causa dessa sua cisma com o Bruno

Ele se aproximou de mim, estava lavando a louça e ele veio por trás colocando as mãos na minha cintura e deixando o prato lá

Senti a respiração dele no meu pescoço

- Eu não vou lavar a sua louça - Falei e suas mãos desligaram a torneira.

- Olha pra mim - Ele falou baixinho no meu ouvido.

Não sabia se virava ou não, porque ele, porra...

- Olha pra mim, Amália - Ele repetiu e eu virei e o olhei

- Fala

- Estamos aqui, no meu lugar favorito do mundo, já cheguei fazendo muita merda, brigando com pessoas importantes, sou explosivo, bipolar, eu sei... desculpa

- Você não pode fazer suas coisas e simplesmente ser desculpado depois sempre, mas se é pela paz e boa convivência, tá bom

- As vezes parece impossível uma boa convivência entre você e eu

- Porque?

- Porque sempre acontece isso - Senti os lábios dele nos meus, pedindo passagem e eu dei, óbvio, ele me levantou e me apoiou na pia e começou a passear suas mãos pelo meu corpo. Nosso beijo era devagar mas ao mesmo tempo cheio de vontade e selvagem, cruzei as pernas na sua cintura e foda-se que ele estava só de toalha, eu queria muito ele... Sua boca desceu até o meu pescoço e eu me arrepiei toda, soltei um gemido baixinho, e puxei ele de volta para o beijo. Só paramos pela falta de ar - Agora sim

- O que? - disse ofegante

- Agora sim o decreto de paz e boa convivência foi dado

- seu idiota - Rimos e eu desci da pia e ele me agarrou

- Vamos curtir esse final de semana juntos, pirralha - disse e me roupou um selinho

- Vamos - Ele me agarrou e começamos outro beijo, mas eu interrompi - mas você vai lavar a sua louça

- você me espera? - assenti

Sentei lá no banco e fiquei observando ele lavar, o que foi bem rápido. Ele enxugou as mãos e subimos agarrados.

- Boa noite - Falei e ele sorriu, me encostou na parede e começou um beijo lento e demorado, finalizou com dois selinhos e um beijo na minha testa

- Agora sim, boa noite - rimos e eu fui para o quarto. Me deitei do lado da Tina e agarrei no sono.

.

Acordei com a Tina me balançando

- Amália - Tibe um susto com a cara dela de acabada, ela era tão linda deve ser a ressaca

- Que susto...

- já vieram aqui nos chamar duas vezes, vamos pegar uma praia

- Que horas são?

- Não faço ideia, mas tá muito cedo - Levantei meio grog- Vamos nos arrumar

Tina era bem legal e doida, nós conversamos pouco esse tempo, mas eu gostava dela

- Olha esse biquíni, comprei em Los Angeles, toma pra você, está novo, então é um presente - Ela me tirou da mala e me deu, e ele era lindo

- Ai que graça, obrigada. Vou usar hoje. Você morava em los angeles?

- Na Florida

- Porque voltou?

- Ah, fiz um vestibular á distância e passei, sem falar que minha relação com meu namorado estava ruim

- você namora?

- agora eu não sei ao certo se sim, ele me pediu em casamento e eu recusei, o clima ficou tenso, ele ficou saindo e voltando bêbado, resolvi voltar e estudar, até hoje ele não falou comigo

- Nossa... Vai estudar o que?

- Relações internacionais

- Uau! Bem sua cara mesmo

- Extamente, acho que vou curtir. Você estuda algo?

- Arquitetura.

- Mora com a Nathi né?

- Sim, a mãe dela é uma grande amiga, me ajudou quando perdi meus pais

- Realmente, a Nádia é foda!

- Mas tô procurando um lugar pra mim, um loft, algo que dê pra pagar, sou garçonete no restaurante da empresa do pai da Mel

- Nossa! sério? Aquela empresa é enorme, eu amava ir lá quando era pequena.

- É sim

- Eu tenho um apê, aluguei, mas vou entrar com uma quantia para comprar, vou ficar até me formar lá, se você quiser pode ir visitar, tenho um quarto sobrando, se gostar pode ficar lá, a gente só divide as despesas da casa mesmo.

- Sério?

- Sim, garota

- Assim que voltar a gente marca então

- Beleza, agora vamos nos arrumar

Me arrumei, vesti o biquíni e um short, coloquei alguns acessórios, peguei minha bolsa com tudo que eu precisava e descemos.

- Que demora do caralho - Thiago foi logp falando e a Mel deu uma tapa nele. Matheus me olhava fixamente e eu sorri pra ele. Fomos andando para praia e percebi a Nathi um pouco afastada

- O que foi mana ?

- Ontem eu transei com o Nando, de novo...

- E qual problema? ele é gato, gente boa

- O problema é que toda vez eu juro que não vou beber da água e quando vejo já tô numa cachoeira - rimos

- Ele é gente boa e parece gostar de você

- Também curto ele, mas porra... Não sei explicar, tenho medo

- Deixa rolar, com naturalidade

- É, isso mesmo

- Não ignora o coitado - Olhamos pra ele já com uma ice na mão

- De coitado não tem nada - Ela disse e eu ri

Chegamos na praia, fiquei de boca aberta em como era lindo, a água era azul cirstalina, ai, muito lindo!

- Que lugar, Brasiiil - Thaís gritou

- Foda demais né - Matheus disse, organizamos uns dois guarda sol, cangas pra todo mundo ficar no chão, um jbl, uma mesinha e nosso isopor com bebidas e alguns petiscos. Sentamos lá.

Thaís e Mel tiraram o biquíni e deitaram pra pegar un bronze, Nathi ficou com o Nando e eu e a Tira tiramos fotos ali mesmo.

AMÁLIAOnde histórias criam vida. Descubra agora