C.P 8

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† Pscicopata †

- Por favor, pare... - ela pediu novamente, tirando as lembranças que eu tento não recordar

Lentamente virei e fitei seu rosto, Seus olhos cor de mel me imploram para que eu pare, sua boca é rosada até demais e está completamente seca e posso ver alguns cortes pequenos na mesma,  alguns fios de seu cabelo castanho escuro estão colados em sua testa por conta do suor, ela soluça, posso sentir suas mãos tremendo envolta de meu quadril, seu nariz perfeitamente desenhado tem um pouco de suor encima do mesmo, suas bochechas estão rosadas, uma lágrima desce de seus olhos lentamente, andando por sua bochecha, só agora percebo, que ela tem algumas sardinhas embaixo das olheras que tinha embaixo de seus olhos, completamente vermelhos por conta do choro.

Ela continua me olhando, ainda com lágrimas nos olhos. Seus olhos começam a se fechar lentamente, mas ela luta para deixá-los abertos, porém, não adianta, seus olhos fecham e ela vai direto para o chão, com o corpo mole, porém, eu a seguro antes que ela caia.

Ela desmaiou...

Olho para a pequena garçonete e vejo que ela está com os olhos arregalados e não vejo nenhum movimento saindo de seu peito.

Ela morreu.

Sorrio ao ver o quanto ela sofreu.

Ela está com uma das pernas com um buraco enorme na coxa por conta do tiro que atingiu a mesma, e na mesma, com algumas machadadas. Seu rosto está com muitos cortes, em sua bochecha direita tem um corte tão profundo que dá para ver a parte de dentro da boca dela através do corte. O resto de seus rosto está completamente cortado, vários e vários cortes fizeram seu rosto, que antes era bonito, agora ficar horrível. De sua mão ainda não parou de vazar sangue do lugar onde antes, havia um dedo.

Olho para a garota desmaiada em meus braços e me assusto com a minha atitude. Por que raios eu a segurei para que ela não caísse no chão? Merda.

Tiro minhas mãos dela e rapidamente, ela cai no chão como se estivesse morta. Mas ela não está morta, não ainda...

Saio da sala onde estava e sigo em direção às escadas. Saio do porão e tranco a porta.

Benna

Abro meus olhos lentamente e dou de cara com uma escuridão imensa.

Passo minhas mãos em meu rosto e elas voltam um pouco úmidas. Passo-as novamente em meu rosto e tento tirar o resto do suor colado no mesmo. Passo as mãos em meus cabelos tentando arruma-los de alguma forma, porém, falho. Eles estão completamente sujos, ressecados e sem nenhum tipo de 'brilho'

Não há nenhuma luz onde estou, está TUDO completamente escuro!
Me levanto meio grogue e me sinto tonta... O que aconteceu?

Continuo andando em frente, parece que não há nenhum móvel onde estou, estou andando faz alguns segundos e não bati em nada até agora.

Com as mãos a frente de meu corpo, eu ando mesmo sem ver nada e sem saber onde estou indo.

Sinto algo gelado em minhas mãos, muito gelado.

O que é isso?

Passo minhas mãos nesse mesmo objeto e sinto fios de... Cabelo. Estão molhados.

Uma lembrança horrívelmente orrepilante percorreu em minha mente, me deixando completamente arrepiada e com medo. O pavor toma conta de meu corpo me fazendo estremecer e eu grito. Rapidamente me distâncio da "coisa" gelada que agora sei que é uma garota. Que droga, não acredito que coloquei as mãos em uma garota que... Obviamente está morta.

Um Pscicopata ApaixonadoOnde histórias criam vida. Descubra agora