† Piscicopata †Não precisou se esforçar para gravar o endereço em sua mente.
Quando chegou em casa, arrumou tudo o que ia precisar e tomou um banho longo e gelado, a noite seria longa.
De volta á cidade, ele entrou em um bar completamente cheio de bêbados com dentes podres e bafos fortes de bebida alcoólica.
Andou ligeiramente até o balcão, dando cotoveladas em homens que ficavam em sua frente. Estava com pressa e ansioso para poder, finalmente, ter Benna novamente perto de si, e fazê-la sofrer.
O estranhamento e o medo foram perceptíveis no rosto do único barmen que estava atendendo no local lotado.
- Uma garrafa da bebida mais forte e fodida que tiver. - o Piscicopata se pronunciou, irritado com o semblante do homem em sua frente. Ele estava apenas com uma mísera máscara. Qual o problema disso, afinal?
O barmen pigarreou e em seguida, assentiu.
- É muito forte, solicito que não exagere. - o homem falou, após bater a bebida no balcão de madeira escura.
O Piscicopata apenas lhe lançou um olhar assassino e levantou da cadeira, jogou duas notas de cinquenta no balcão e saiu daquele bar imundo o mais rápido que conseguiu.
Entrou no carro e saiu cantando pneus. Quando chegou em frente a casa amarela, ele a encarou durante segundos, ou minutos, talvez meia hora.
Então, ele pegou a garrafa e bateu com força a porta do veículo. Com o indicador, ele abriu a garrafa com facilidade e a virou guela baixo, sua garganta ardeu como nunca havia ardido antes, ele a sentiu rasgando como se estivesse sendo rasgada lentamente por um facão. E como nunca havia feito antes, ele fez careta. Realmente, era muito forte. Porém, ele gostou.
Com um sorriso macábro nos lábios carnudos, o Piscicopata pulou com facilidade o muro pequeno da casa e se apressou até chegar nos fundos. Suas mãos formigavam por pura pressa.
Por pura sorte, ou pelo bairro não ser nada perigoso - ele não soube - a porta dos fundos estava aberta. Adentrou lentamente, ainda com a garrafa nas mãos, e ficou em alerta quando ouviu vozes se aproximando. Rapidamente, ele se pôs atrás de um armário alto.
A voz doce de Benna ecoou em sua mente e ele se viu perdido por alguns segundos, mas logo se recuperou e manteve os ombros relaxados.
- Certo, espere mais um pouco! - ele falou irritado em pensamento, para si mesmo.
- Então, você faz o macarrão com almôndegas e eu faço a lasanha. - uma voz desconhecida se pronunciou.
- Tudo bem. - a voz de Benna saiu alegre.
Certo... - ele pensou. - Mais um pouco...
- Vou ao banheiro, espere eu voltar antes de começar, quero te dar algumas dicas. - a voz desconhecida falou novamente, dessa vez, se afastando.
- Ok, vou ao quarto pegar um elástico para prender o cabelo. - Benna falou, com certa empolgação na voz.
As duas saíram da cozinha e o Piscicopata se apressou em subir as escadas, mas sem fazer barulho. Ele era rápido e lento ao mesmo tento, e completamente ágil.
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Um Pscicopata Apaixonado
RandomE se um Psicopata se apaixonar por uma vítima? • Um homem frio, e sem coração [ pelo menos é o que todos pensam ] • Uma garota solitária, com o coração em pedaços e a alma carregada de tristeza. [Ele é frio como o ar do inverno.] [Ela é solitária...