C.P 23

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† Benna †

Seu corpo estava sentado na beira da cama, mas sua mente há milhões de distância. Ela não acreditava no que havia acontecido, estava traumatizada. Era tudo tão assustador e.. piscicopata. Sim. Piscicopata. Por que quem teria coragem? Quem teria a capacidade?

No momento em que ele falou que no lago havia corpos, Benna tentou manter sua postura, tentou não demonstrar medo. Mas agora.. agora ele não está aqui. Suas mãos ainda tremiam e sua boca estava seca. E naquele momento, Benna jurou para si mesma que nunca mais iria pular em qualquer lago que fosse.

A porta do quarto foi aberta bruscamente, tirando Benna de seus devaneios. Automaticamente, Benna olhou para ele e sentiu os pelos de seus braços e nuca se arrepiarem.

– O jantar. - ele falou e saiu do quarto.

Benna bufou e saiu logo em seguida.

Adentrou a cozinha e viu o Piscicopata em pé, ao lado do microondas e com os braços cruzados.

Ela o ignorou e abriu a geladeira, á procura dos ovos. Seus olhos correram pela geladeira inteira e a única coisa que Benna encontrou, foi um pacotinho de orégano. Pegou-o e o encarou. Estava embolorado.

Benna fez careta e jogou o pacotinho no lixo. Fechou a geladeira e olhou para o Piscicopata.

Os olhos escuros já estavam presos nela a muito tempo, e enquanto ela encarava aquele pequeno pacote de orégano, o piscicopata se amaldiçoava por ter tido aquela ideia, e se odiava por ainda não ter mudado de ideia.

– Não tem nada aqui. - Benna falou pausadamente e o Piscicopata se aproximou um pouco. Benna ficou em alerta.

– Vamos ao supermercado. - ele falou e passou por Benna.

Os olhos de Benna se arregalaram e ela colocou a mão na boca.

Oh meu Deus, minha chance de ser livre... - Benna pensou e um sorriso grande se formou em seus lábios rosados. Então, Benna se apressou a segui-lo.

Quando Benna chegou na sala, ele não estava lá. Então apenas esperou. Depois de vários minutos, que Benna considerou horas, ele apareceu com algo em suas mãos.

Ele se aproximou e puxou o pulso de Benna, alí, ele grudou uma pulseira preta. Benna olhou confusa para o objeto e franziu as sobrancelhas.

Ele está me dando um presente!? - Benna pensou e ficou incomodada com o frio que passou pela sua barriga.

– Aí! - Benna gritou quando sentiu algo penicar seu pulso, como se fosse um ferrão de besouro entrando ali. Benna segurou seu  pulso e uma careta se formou em seu rosto. Ardia.

– Você vai sentir isso em seu corpo inteiro se tentar fugir. - o Piscicopata falou alto e Benna estremeceu. Ela não queria sentir aquilo de novo.

Então eles saíram da pequena casa e caminharam pra trás da mesma. Ali, havia um carro preto estacionado. Benna franziu as sobrancelhas.

Não sabia que Piscicopatas tinham carros. - seu pensamento irônico a fez sentir vontade de rir, mas Benna colocou a mão na boca e empurrou a risada para dentro.

Um Pscicopata ApaixonadoOnde histórias criam vida. Descubra agora