C.P 19

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† Piscico epata †

A cada passo que o Piscicopata dava, sua raiva e desejo aumentavam cada vez mais. Raiva do garoto que estava correndo desesperadamente, como se estivesse correndo de um monstro horripilante. De fato, estava! E Desejo de mata-lo.

Depois de alguns minutos andando lentamente pela floresta, o Piscicopata achou o garoto, e quando ele se aproximou para pegá-lo, o garoto o atingiu com um canivete. O acessório perigoso perfurou sua barriga, mas não foi necessário, ele não o atingiu por completo. Não o afundou.

Porém, ele sentiu uma ardência na parte atingida e se curvou, colocando a mão na mesma. O sangue logo apareceu, mas isso não o impediu de continuar correndo atrás do garoto, e ele jurou para si mesmo que a morte daquele garoto, a alguns metros de distância, seria a mais dolorosa possível.

O garoto, com a adrenalina e o pavor em seu sangue, aproveitou a deixa e se apressou a correr, tentando o máximo possível escapar do monstro que o perseguia. Seu desespero era maior que qualquer coisa, e a única coisa que ele conseguia fazer, era correr desesperadamente.

Seu sangue gelou quando ele sentiu seu corpo ser arremessado brutalmente contra o chão. Seus músculos adormeceram e sua cabeça doía demais. Logo sua visão escureceu.

O Piscicopata arrastou o garoto, segurando seus pés, para sua casa rapidamente, a voz em sua mente estava enfurecida e gritava cada vez mais alto, atormentando-o. E para ela sumir, o único jeito era matar. Então, ele apressou seus passos arrastando o garoto como se estivesse arrastando uma bagagem leve. E ele não se importou quando a cabeça do garoto bateu com força em um tronco, apenas acelerou seus passos e enfim chegou em casa.

Chutou com força a porta de madeira velha, acendeu a luz e deixou o corpo do garoto encima de uma mesa de metal. Ele amarrou as pernas e os braços do garoto rapidamente. Um corte profundo havia sido formado na cabeça do garoto, e o sangue pingava no chão.

A voz em sua mente aumentava. Ele tapou seus ouvidos, pressionando suas mãos com força, para que parasse. Mas apenas aumentou. Então ele pegou um machado grande, que estava pendurado na parede, e o arremessou com toda sua força na direção do garoto que havia acabado de acordar do desmaio, ele abriu os olhos lentamente, tentando se acostumar com a claridade, ele tinha acordado, mas não durou nem dez segundos e sua cabeça estava no chão, ao lado da cadeira em que seu corpo estava. A voz abaixou um pouco, mas continuava gritando.

MATE-OS!

– PARE! - o Piscicopata gritou alto e tapou seus ouvidos novamente. A voz aumentou. A voz atormentava sua mente e tirava sua sanidade. Se é que ele ainda tinha.

Ele saiu da sala de tortura e correu até seu quarto. Ao chegar, ele abriu a gaveta do criado mudo com força. A gaveta se desprendeu do móvel e caiu no chão, mas ele não se importou. Apenas pegou seu remédio e engoliu cinco pílulas de uma vez, sem precisar de água. A voz tinha que parar o mais rápido possível! Ele só queria que ela parasse.

A voz parou derrepente, trazendo um alívio para ele. Sua respiração estava ofegante e suas mãos ainda estavam em seus ouvidos, como se a qualquer momento a voz fosse voltar.

Ele se levantou, ainda com as mãos nos ouvidos e se sentiu ainda mais aliviado quando sua mão foi tirada de seu ouvido, e a voz não retornou.

Caminhou até a sala onde a diversão começa e sorriu ao ouvir os gritos de socorro, das duas garotas. Ele entrou na sala e examinou o estado das duas e o quanto elas estavam em choque, olhando para a cabeça ao lado da cadeira, onde o corpo magro do garoto estava agora, sem vida.

– Por que o choque? - o Piscicopata falou – O mesmo vai acontecer com vocês duas. - falou com indiferença e apontou para o corpo do outro garoto que estava encima da mesa longa de metal e emendou – E com aquele ali.

Um Pscicopata ApaixonadoOnde histórias criam vida. Descubra agora