† Pscicopata †Seus cabelos escuros estão colados em seu rosto por conta do suor e do vômito, ela tenta dizer algo, mas não consigo entender claramente. A pego no colo e levo-a até a cama.
– A...a...goa... - ela continua tentando dizer algo.
Respiro fundo e passo as mãos em meu cabelo.
Agoa?
Ela volta a vomitar. Seu vômito é apenas um líquido branco, muito branco e quase seco.
Ela vomita algumas bolas brancas na cama e eu me distancio.Começo a sentir meu sangue ferver e mordo o lábio inferior com força, me aproximo novamente e quando vou passar a mão em seu rosto, paro. Eu não sei se devo toca-la.
Levo minha mão lentamente até seu rosto e toco sua pele, ela está completamente gelada. Tiro alguns fios que estavam colados em seu rosto e olho em seus olhos.
– Ago...a. - ela diz novamente e fica com a boca entreaberta.
Agoa.. Água!
Saio do quarto às pressas e vou até a cozinha, pego uma jarra de água na geladeira e vou até o quarto novamente.
Ao chegar, vejo que ela está se debatendo, me aproximo rapidamente e levando-a num impulso, levo a jarra até sua boca e ela toma água com vontade e com dificuldade. A cama encharca a cama e ela também, mas no momento nem eu e muito menos ela estamos nos importando com isso.
Depois de uns cinco minutos tomando água, ela empurra a jarra lentamente e me olha nos olhos, seus olhos me fitam seriamente e posso ver tristeza, muita tristeza em seu olhar.
Coloco a jarra fazia no criado mudo e olho para ela novamente, sua boca ressecada está entreaberta e seu rosto continua pálido, muito pálido!
O cheiro de vômito é insuportável, então eu penso que ela terá de tomar mais um banho.
– A quanto tempo você não tomava água? - pergunto e me distancio um pouco dela.
Ela suspira longamente enquanto eu espero uma resposta pacientemente.
– Dois dias. - ela diz e sua voz sai mais como um sussurro.
Pisco rapidamente algumas vezes e desvio meu olhar. Eu não acredito que ela ficou dois dias sem tomar água. Eu estava levando a porra da água pra ela! Que caralho.
Respiro fundo, tentando ter paciência e não explodir.
– Porra, eu levava água pra você! Por que caralho você não tomou? - grito já sem um pingo de paciência. Ela estremece na cama e me olha com lágrimas nos olhos.
– Me responde seu rato! - grito novamente e avanço nela.
Ela se encolhe e estremece novamente, começa a chorar compulsivamente colocando o rosto no travesseiro. Seus soluços aparecem rapidamente e ecoam pelo quarto.
Respiro fundo e tento ter paciência, mas isso não acontece, então me levanto da cama e saio do quarto, batendo a porta com força.
† Benna †
Eu quero morrer.
Eu simplesmente quero morrer.
Meu corpo todo sujo de vômito me incomoda demais. Ele realmente acha que eu sou um rato, e isso me dói demais. Não que ele me atinja de alguma forma, e sim por que eu sei que isso é verdade. Eu sou um rato. Sujo, sozinho, solitária e vazio por dentro. Podre.
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Um Pscicopata Apaixonado
RandomE se um Psicopata se apaixonar por uma vítima? • Um homem frio, e sem coração [ pelo menos é o que todos pensam ] • Uma garota solitária, com o coração em pedaços e a alma carregada de tristeza. [Ele é frio como o ar do inverno.] [Ela é solitária...