C.P 16

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† Benna †

Eu não sei o que o fez se distânciar bruscamente, mas eu o agradeço mentalmente por isso.

Estávamos prestes a unirmos nosso lábios, mas ele se afastou, e quando o fez, eu senti raiva de mim mesma por não ter o feito antes.

Desvio o olhar e sinto minhas bochechas queimarem, o que houve? Ele é um Piscicopata, maníaco que mata as pessoas e que está me mantendo presa no porão de sua casa, eu devo odiá-lo! E não permitir que ele se aproxime de mim.. assim...

Olho para ele e o vejo tentando acalmar a respiração, eu faço o mesmo, e só então percebo que estou encostada na pia.

Passo as mãos pelo meu rosto e sinto ainda mais raiva por não ter interferido quando ele se aproximou. Sinto raiva por ter deixado aqueles olhos me aquecerem.

Eu não sei o que fazer, então, a única coisa que faço é ir até a geladeira, pegar os ovos e o bacon e começar a preparar o jantar para ele, o que eu já havia preparado antes.

Pego dois pimentões da geladeira e começo a lava-los, para fazer como salada junto com três tomates, já que não tem alfaces.

† Piscicopata †

Que porra que quase aconteceu aqui?

Eu estou perdendo o controle! Eu quase beijei ela! Eu me aproximei e quase beijei a minha prisioneira! Não! Isso não poderia ter acontecido!

A pergunta é: Que merda está acontecendo comigo?!

Respiro fundo e saio da cozinha, indo em direção á sala, me sento no sofá e começo a assistir algo, que eu não estava prestando atenção, pois a única coisa que vem em minha cabeça, é o que acabou de acontecer. Não deveria.

Mas o problema, é que eu perco totalmente meu controle quando estou perto dela, e então... A melhor coisa á se fazer é manter distância, claro que eu vou ter que falar com ela algumas vezes, mas vou evitar o máximo que puder. Tenho que ser frio, como sempre fui.

Respiro fundo novamente e fecho os olhos, com a intenção de tirá-la de meus pensamentos, mas o que vem em minha mente, são as pequenas sardas claras que cobrem seu rosto e à deixam ainda mais bonita.

Seus olhos cor de mel me prendem à ela e quando eu os encaro, eu simplesmente não consigo desviar o olhar.

Suas bochechas rosadas combinam claramente com sua boca, também rosada, e seu cabelo negro se destaca entre sua pele branca. 

Balanço a cabeça rapidamente, tentando tirá-la de meus pensamentos, Mas que porra!

Me levanto do sofá e vou até a cozinha novamente, porém agora, mais certo de que não irei fazer bosta outra vez, como por exemplo me aproximar tanto assim.

Ao adentrar a cozinha, á vi picando pimentões. Sentei na mesa e me concentrei no cheiro dos ovos com bacon. Estou faminto.

O silêncio não me incomoda, pelo contrário, me deixa aliviado, eu não quero conversa agora.

– Aí! - ela exclama um pouco alto, a olho por impulso e à vejo com o dedo da mão esquerda na boca e com uma careta de dor. Sem pensar muito, me levanto e caminho em sua direção.

– Deixe-me ver. - peço, tirando devagar, seu dedo de sua boca. Ela pareceu vacilar por um momento, mas não me interrompeu. Um pequeno rastro de sangue surgi em seu dedo, e não levou muito tempo até aumentar. Merda. – Cuide disso,apenas. - falo e vou até a pia, para lavar as mãos e terminar o que ela mesma estava fazendo. E pelo meu olhar periférico, pude ver ela franzindo a testa.

Um Pscicopata ApaixonadoOnde histórias criam vida. Descubra agora