C.P 12

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† Pscicopata †

Saio do porão com passos largos e pesados, posso sentir meus ombros tensos e meu maxilar travado, a raiva aumenta á cada passo que dou. Eu não acredito que travei quando fui mata-la! Eu nunca, em toda a minha vida, eu nunca travei quando fui matar alguém, nunca! Nem mesmo no começo de tudo.

Isso não deveria ter acontecido!

Eu não acredito que não a matei.

Isso não deveria ter acontecido! Não deveria!

Eu simplesmente travei quando fui passar a faca em seu pescoço fino e úmido. Isso nunca aconteceu, isso não deveria ter acontecido. O que essa garota tem? Por que eu não consigo mata-la?

Quando fui passar a faca em seu pescoço, algo me impediu de fazer isso e a faca foi para o outro lado da cela como um ímã.

Isso não deveria ter acontecido.

Paro bruscamente e fito a porta á minha frente. Passo a língua pelos lábios molhando-os enquanto tento tranquilizar minha respiração que ficou ofegante por conta da minha raiva.

Eu sinto tanta raiva dela, mas eu não consigo a matar. Maldição!

Isso não vai ficar assim.

Essa garota está tendo controle sobre mim, e ela vai pagar seriamente por isso.

Que porra está acontecendo?

Isso não deveria estar acontecendo!

Sem pensar mais, ando em direção ao canto de minha casa onde fica um taco de beisebol, ele está manchado de sangue. O pego e rapidamente ando em direção ao porão com passos firmes.

Abro o porão com pressa pois não sei até quando essa coragem vai continuar á abitar em mim. Assim que chego na frente de sua cela, à vejo de pé e com a faca que deixei no porão por ter esquecido, em sua barriga.

Sua cabeça está erguida e seus olhos fechados, suas mãos estão trêmulas segurando o cabo da faca com força. Os fios de cabelo que antes estavam colados em sua testa agora não estão mais, e sim ao lado de sua face. Seus ombros parecem relaxados e sua respiração tranquila.

Ela empurra a faca contra sua barriga e continua do mesmo jeito, seus olhos se apertam por conta da dor que sentiu. Olho para sua barriga e vejo o líquido vermelho que tanto admiro, mas por um motivo, que não sei exatamente qual é, eu não gostei de ver o sangue dela.

Abro a cela devagar para que ela não ouse em enfiar a faca em sua barriga quando ouvir o barulho da cela se abrindo. Sei que o motivo para ela estar fazendo isso é sua vida sofrida e por estar presa em uma cela.

Me aproximo atrás dela com passos longos e silenciosos. Quando fico a uns cinco centímetros dela, vejo que ela faz um impulso para que a faca perfure seu estômago, mas sou mais rápido que ela e bato com o taco de beisebol em sua cabeça.

Ela vai ao chão rapidamente, o barulho da faca caindo no chão da cela ecoou pelo porão inteiro, mas não me incomodou.

Me aproximo dela lentamente. Olho para o chão que agora está manchado com o sangue de que sai de sua cabeça lentamente por conta da força em que bati com o taco na mesma.

Ela ia se matar, e quem irá fazer isso será eu! Eu que vou mata-la!

Viro seu corpo para o lado e olho para o mesmo. Ela está magra demais. Posso ver os ossos de sua costela por cima da camisa branca que ela usa.

Não sei a quanto tempo ela ficou sem alimentação, mas isso vai parar por aqui, pois isso está a matando aos poucos. Ela está muito fraca...

Em um movimento rápido, a pego no colo e tiro alguns fios de cabelo de seu rosto molhado de suor e pálido.

Um Pscicopata ApaixonadoOnde histórias criam vida. Descubra agora